Arquivos Colaboração - Wikihaus https://wikihaus.com.br/category/colaboracao/ IMPACTOS POSITIVOS ALÉM DOS MUROS. Conheça na prática alguns empreendimentos já desenvolvidos pela Wiki. Fri, 16 Nov 2018 12:15:02 +0000 pt-BR hourly 1 https://wikihaus.com.br/2020/wp-content/uploads/2020/10/thumbWIKI.png Arquivos Colaboração - Wikihaus https://wikihaus.com.br/category/colaboracao/ 32 32 6 lugares abandonados que foram transformados em lindos parques públicos https://wikihaus.com.br/6-lugares-abandonados-que-foram-transformados-em-lindos-parques-publicos/ https://wikihaus.com.br/6-lugares-abandonados-que-foram-transformados-em-lindos-parques-publicos/#respond Thu, 03 Jan 2019 14:00:17 +0000 https://wikihaus.com.br/?p=51814 “Eu acredito que espaços públicos vivos e agradáveis são a chave para planejar uma boa cidade.” A frase é de um TED Talk com Amanda Burden, que chefiou a pasta de planejamento urbano em Nova York na gestão de Michael Bloomberg. Confira aqui a palestra inteira.   Burden teve participação ativa e importante na revitalização […]

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“Eu acredito que espaços públicos vivos e agradáveis são a chave para planejar uma boa cidade.” A frase é de um TED Talk com Amanda Burden, que chefiou a pasta de planejamento urbano em Nova York na gestão de Michael Bloomberg. Confira aqui a palestra inteira.

 

Burden teve participação ativa e importante na revitalização de Lower Manhattan, da orla do Brooklyn e no projeto do High Line. O último, aliás, é um dos melhores exemplos de como é possível transformar lugares abandonados em espaços públicos de qualidade. A história do High Line é tão legal que motivou um artigo inteiro em nosso blog — confira aqui.

 

Para a ex-chefe de planejamento urbano de Nova York, mais importantes que os prédios são os espaços públicos entre eles. O problema é que nem todos os gestores públicos têm essa visão e a prioridade, na ocupação da superfície urbana, costuma ser criar mais vias para os automóveis.

 

Diante desse cenário, uma alternativa é ampliar o campo de visão e procurar alternativas. É aí que entram os lugares abandonados, como ferrovias inativas, usinas e fábricas desativadas, depósitos de lixo e outras áreas esquecidas, mal cuidadas ou sem uso.

 

Se esses lugares estão ociosos, por que não transformá-los em espaços para as pessoas se encontrarem, conviverem, praticarem esportes e se divertirem?

Iniciativas transformadoras pelo mundo

Conscientizar nossos leitores quanto à importância de ressignificar espaços públicos para termos cidades mais humanas é um dos nossos assuntos preferidos aqui no blog. Mas se você nos acompanha, sabe que também procuramos destacar a responsabilidade de cada um de nós nessas questões.

 

O primeiro passo é tomar conhecimento de iniciativas inovadoras ao redor do mundo, que nos mostram que é possível fazer diferente. Com criatividade, colaboração, mobilização e boa vontade, é possível transformar lugares abandonados em áreas para as pessoas. Veja, a seguir, 6 exemplos sensacionais de projetos desse tipo.

Promenade Plantée (Paris, França)

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O Coulée verte René-Dumont, mais conhecido como Promenade plantée (algo como “calçadão arborizado” em francês) é um parque elevado que percorre 4,7 km no 12º arrondissement de Paris.

 

O Promenade plantée é um lindo jardim suspenso, semelhante ao High Line — ambos foram construídos em linhas ferroviárias desativadas. Porém, é anterior ao parque nova-iorquino, pois foi inaugurado em 1993. Outra diferença é que, apesar de ter um grande potencial para isso, o parque parisiense não é um ponto turístico tão conhecido.

Gas Works Park (Seattle, Estados Unidos)

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O Gas Works Park é um lindo parque que oferece aos visitantes uma visão panorâmica de Seattle. Ele foi construído no terreno de uma usina de gás, desativada em 1956. Em 1962, a administração da cidade adquiriu o local, encomendou um projeto com o paisagista Richard Haag e abriu o parque ao público em 1975.

 

O grande diferencial é que os equipamentos da usina de gaseificação não foram totalmente removidos: há várias peças que permanecem lá, compondo um bonito contraste com o gramado verde, perfeito para fazer um piquenique. O solo, aliás, teve que passar por um tratamento especial por conta da poluição recebida durante os anos de atividade da usina.

Red Ribbon (Qinhuangdao, China)

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O Tanghe River Park é o lar do premiado projeto Red Ribbon, um banco vermelho sobre uma passarela que serpenteia por meio quilômetro dentro do parque. Quem visita o local hoje não imagina que, antes da criação do Tanghe River Park, em 2006, a área era de difícil acesso e abrigava um depósito de lixo. Atualmente, é um ponto de recreação de toda a comunidade da região.

Landschaftspark Duisburg-Nord (Duisburg, Alemanha)

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Esse parque alemão é parecido com o Gas Works Park, de Seattle, pois foi construído no terreno de duas usinas (uma de carvão e outra de aço), mantendo parte da sua estrutura.

 

Quando a usina de aço foi abandonada, em 1985, a cidade de Duisburg resolveu fazer algo diferente e criou um projeto inovador de paisagismo e recuperação da água e solo contaminados. Hoje, o parque é um enorme jardim onde ocorrem exposições de arte, gastronomia e até eventos esportivos.

Sugar Beach (Toronto, Canadá)

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Tudo bem que não é possível nadar no Lago Ontário, mas só o fato de ter uma área na beira dele, com guarda-sóis, cadeiras de praia e areia, já é muito legal. Estamos falando da Sugar Beach, um espaço público inaugurado em 2010 em Toronto. Antes de ser transformado em praia, o local abrigava um estacionamento em uma zona industrial em decadência.

Baana (Helsinque, Finlândia)

 

O Baana é uma via separada de ruas, avenidas e rodovias, aberta 24 horas por dia. Assim como o High Line e o Promenade Plantée, o local abrigava uma linha ferroviária, construída na última década do século 19 e desativada em 2009.

 

Após a desativação, toda a comunidade — moradores, universitários e órgãos municipais — foi envolvida no debate sobre qual destino a área teria. Acabou prevalecendo a ideia de criar um corredor para pedestres e ciclistas, aberto em 2012, com aproximadamente 1,5 km de extensão.

 

 

Esperamos que esses exemplos tenham inspirado você a olhar para os lugares abandonados de uma outra maneira. Será que, com colaboração e mobilização, não é possível transformá-los em espaços públicos de qualidade, para tornar a cidade mais humana?

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7 projetos sociais que enchem Porto Alegre de orgulho https://wikihaus.com.br/7-projetos-sociais-que-enchem-porto-alegre-de-orgulho/ https://wikihaus.com.br/7-projetos-sociais-que-enchem-porto-alegre-de-orgulho/#comments Thu, 25 Oct 2018 14:00:53 +0000 https://wikihaus.com.br/?p=51702 Assim como as riquezas, o sofrimento não é distribuído de forma igualitária entre a população. Alguns grupos sofrem mais, por conta do desemprego, preconceito, doenças e outras mazelas da sociedade.   Muito desse sofrimento pode, porém, ser extinto ou pelo menos aliviados a partir da mobilização da parcela da população que não é vulnerável a […]

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Assim como as riquezas, o sofrimento não é distribuído de forma igualitária entre a população. Alguns grupos sofrem mais, por conta do desemprego, preconceito, doenças e outras mazelas da sociedade.

 

Muito desse sofrimento pode, porém, ser extinto ou pelo menos aliviados a partir da mobilização da parcela da população que não é vulnerável a eles. E os projetos sociais são as melhores vias para essa mobilização se materializar.

 

No blog da Wikihaus, gostamos de destacar o impacto positivo. Em vez de falar sobre o individualismo, egoísmo e falta de empatia, preferimos destacar iniciativas de colaboração, coletividade e solidariedade.

Encontre tempo para se doar

No post sobre empreendedorismo social, falamos sobre negócios que têm como propósito uma causa social ao mesmo tempo que preservam seus fins lucrativos. Como exemplo, citamos a Revoada, empresa porto-alegrense que cria lindas bolsas, mochilas e carteiras reciclando câmaras de pneus e guarda-chuvas inutilizados.

 

Por circunstâncias da vida e da carreira profissional, porém, nem todo mundo consegue tirar seu sustento, seja como proprietário ou empregado, de uma empresa com propósito social.

 

Só que isso não é desculpa para não fazer a sua parte, pois é possível engajar-se em uma ONG ou projeto beneficente, doando nada mais que seu coração e seu tempo, sem interesse financeiro.

 

Enquanto o coração é, sabidamente, um “saco sem fundo” (sempre tem espaço para mais um), o tempo é um recurso limitado. Bem menos limitado do que as pessoas estão acostumadas a supor, no entanto.

 

Tomando cuidado para não generalizar — pois há pessoas que trabalham muito, estudam e ainda têm que cuidar de seus filhos, por exemplo —, a maioria das pessoas tem tempo livre suficiente na agenda para se dedicar regularmente a um projeto social.

 

Basta puxar a questão para cima na lista de prioridades. E nem é necessário abrir mão de seus momentos de lazer, porque dedicar-se um dia por mês já é um ótimo começo.

Projetos sociais de Porto Alegre

Porto Alegre conta com vários projetos sociais, que atendem a crianças, idosos, pessoas com deficiências, pessoas com doenças, moradores de rua e outros grupos vulneráveis. E também iniciativas colaborativas que têm o objetivo de transformar a capital gaúcha em uma cidade mais inclusiva e boa de morar.

 

A seguir, confira alguns projetos sociais que enchem os porto-alegrenses de orgulho.

Corrida Maluca de Cadeirantes

O fato de uma pessoa estar em uma cadeira de rodas não significa que ela não possa participar de brincadeiras. A Corrida Maluca é uma iniciativa da Smile Flame em que 16 crianças cadeirantes soltam a imaginação na hora de se fantasiar e montar seus carrinhos.

 

Elas selecionam seus corredores (geralmente pais e outros familiares), que os conduzem no dia da corrida. O evento é patrocinado por empresas e conta com a ajuda de voluntários. Acesse a página para saber mais.

corrida maluca

Skate no Asilo

Outra iniciativa da Smile Flame é esse campeonato de skate totalmente descontraído, que acontece no Asilo Padre Cacique. Quem avalia e dá notas às manobras dos skatistas são os vovôs que residem na casa.

 

Além dos 16 skatistas participantes (que competem pelo prêmio da “bengala de ouro”), o evento conta com pipoca, música e muita diversão. Acesse a página para saber mais.

skate no asilo

Hackatown

O Hackatown não é exatamente um projeto social, mas se propõe a transformar, por meio da colaboração, Porto Alegre em uma cidade melhor. Trata-se de um espaço de cocriação aberto a todos, que ocorre em três dias de imersão, em que o objetivo é criar soluções que gerem impacto positivo para a comunidade.

 

Um exemplo de iniciativa gerada no Hackatown é o projeto Xixi Pendente, que busca criar uma rede de “vale xixi” entre comerciantes e moradores da Cidade Baixa, para que as pessoas que frequentam o bairro durante a noite não usem a rua como banheiro.

hackatown
Um dos encontros do evento Hackatown. Foto: Amanda Leal

Instituto do Câncer Infantil

Enquanto as iniciativas da Smile Flame e o Hackatown são abordagens criativas e diferentes, o Instituto do Câncer Infantil (ICI) é uma das instituições mais tradicionais de Porto Alegre. A organização sem fins lucrativos atua há mais de 26 anos com o propósito de aumentar os índices de cura e assistir crianças e adolescentes com câncer.

 

O ICI promove eventos como a Corrida pela Vida e ações que alertam e conscientizam a população para o diagnóstico precoce da doença. Acesse o site do instituto e saiba mais.

Instituto do Câncer Infantil

Parceiros Voluntários

É outro patrimônio da cidade de Porto Alegre. É uma ONG que atua como entidade de assessoramento a outras ONGs. Primeiro, com a capacitação: consultorias, seminários, palestras e espaços para a participação social que amplia o conhecimento dos participantes gratuitamente.

 

Segundo, atuando na mediação entre as pessoas que querem ajudar e instituições que precisam de voluntários. É a porta de entrada ideal para quem deseja contribuir com um projeto social em seu tempo livre. Acesse o site da Parceiros Voluntários e saiba como participar.

Parceiros Voluntários

O Pão dos Pobres

A Fundação O Pão dos Pobres tem “apenas” 123 anos de história. A partir do apoio financeiro de convênios públicos, empresas e sociedade civil, a instituição atua atendendo a mais de 1,4 mil crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

 

Suas ferramentas são programas socioeducativos de acolhimento institucional, centro de atendimento integral e centro de educação profissional. Acesse o site e saiba como apoiar.

Fundação Pão dos Pobres

 

Associação Sol Maior

A associação civil sem fins lucrativos surgiu em 2007 e atua na educação musical gratuita de jovens em situação de vulnerabilidade social, por acreditar no papel transformador da arte.

 

As mais de 400 crianças e adolescentes atendidas têm aulas de música (instrumental e canto coral) e dança em oficinas que acontecem duas vezes por semana no Multipalco do Theatro São Pedro.

 

No final do ano, a Sol Maior realiza um espetáculo que envolve mais de 100 alunos, no palco principal do tradicional teatro. Além disso, promove apresentações durante o ano em parques e outros espaços públicos. Para saber mais, acesse o site da instituição.

Associação Sol Maior

 

Essas são apenas algumas das diversas iniciativas e projetos sociais de Porto Alegre. Com tantas opções, com certeza você vai encontrar uma possibilidade de voluntariado, seja quais forem suas habilidades e áreas de interesse. Basta querer.

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Conheça o High Line em NY: exemplo de colaboração e espaço público de qualidade https://wikihaus.com.br/conheca-o-high-line-em-ny-exemplo-de-colaboracao-e-espaco-publico-de-qualidade/ https://wikihaus.com.br/conheca-o-high-line-em-ny-exemplo-de-colaboracao-e-espaco-publico-de-qualidade/#comments Fri, 05 Oct 2018 18:39:13 +0000 https://wikihaus.com.br/?p=51641 Quando há um lugar abandonado na sua cidade, muita gente pensa apenas em evitá-lo. É como se aquela área deixasse de existir. Até o dia que alguém compra o terreno, derruba o que ainda está em pé e construa algo novo no lugar.   Quantas vezes você viu esse roteiro acontecendo perto de onde você […]

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Quando há um lugar abandonado na sua cidade, muita gente pensa apenas em evitá-lo. É como se aquela área deixasse de existir. Até o dia que alguém compra o terreno, derruba o que ainda está em pé e construa algo novo no lugar.

 

Quantas vezes você viu esse roteiro acontecendo perto de onde você mora? E o resultado muitas vezes é a construção de uma torre espelhada de imóveis corporativos.

 

Nada contra, o problema é que, não raro, acaba-se perdendo uma grande oportunidade de criar um lugar de convivência para população. Iniciativas que tornam as cidades mais humanas e melhoram a qualidade de vida nesses locais.

 

No texto sobre a ressignificação do espaço público abordamos essa questão e citamos o High Line — um parque construído em uma antiga ferrovia elevada em Nova York — como um dos exemplos em que o conceito foi aplicado.

 

A ideia da sua criação e o modo como ela foi executada são tão legais e tão exemplares que o High Line merece um texto à parte.

 

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High Line é uma das principais atrações turísticas de Nova York. Foto: Iwan Baan

Uma Nova York mais humana

A ilha de Manhattan, na cidade de Nova York, é a área com a maior densidade demográfica nos Estados Unidos. Com prédios de todos os tamanhos, de ponta a ponta, é a verdadeira selva de pedras — exceto pelo Central Park, um oásis verde no meio da ilha de concreto.

 

Nos últimos anos, porém, o poder público promoveu várias alterações na paisagem urbana de Manhattan. Com simples mudanças no mobiliário urbano — em iniciativas como a “pedestrização” da Times Square —, a cidade tem se tornado mais humana, com mais espaço para ciclistas e pedestres e menos para carros.

 

Certamente a criação do High Line contribuiu bastante para essa mudança de mentalidade.

História do High Line

O local fica em uma linha férrea que passa por cima de ruas e avenidas e entre prédios no bairro de Chelsea. A partir de sua desativação, em 1980, a ferrovia passou a se degradar e servir como área de prostituição e tráfico e consumo de drogas.

 

Até que Joshua David e Robert Hammond, moradores da vizinhança, perceberam ali um potencial muito grande e criaram a organização sem fins lucrativos Friends of the High Line, em 1999.

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Ferrovia elevada foi desativada em 1980. Foto: Kalmbach Publishing Company

A instituição passou a promover campanhas para a preservação da antiga linha férrea e transformação em um espaço público, aberto, convidativo a toda a população. Em 2003, foi criada uma competição que recebeu 720 ideias de como a ferrovia poderia ser utilizada, o que contribuiu para dar visibilidade à causa.

 

Em 2004, o então prefeito Michael Bloomberg engajou-se na causa e, junto com o conselho da cidade (City Council, órgão equivalente à nossa Câmara de Vereadores), tomou medidas para facilitar o uso do High Line como um parque público.

 

Em 2005, a empresa CSX Transportation, proprietária da ferrovia, doou a estrutura à cidade de Nova York e, em 2009, o primeiro trecho do parque foi aberto ao público. O projeto foi desenvolvido por três empresas de arquitetura e design.

Parque é atração turística imperdível

Desde então, outros trechos da ferrovia foram abertos ao público. Hoje, o parque High Line percorre 19 quadras, totalizando 2,3 quilômetros. É como se fosse um calçadão suspenso, com design moderno, bancos, lixeiras, gramados e mais de 500 espécies de plantas e árvores.

 

Em um ponto, os visitantes têm uma bela vista do Rio Hudson. É um passeio imperdível, tanto que se tornou uma das principais atrações turísticas da cidade que está entre as mais visitadas no mundo.

 

A manutenção, operação e gestão da agenda do local são feitas pela Friends of the High Line, em parceria com o Departamento de Parques e Recreação de Nova York. Na programação do parque estão atrações e performances artísticas dos mais variados tipos, abertas a todos e sempre com o engajamento da comunidade local.

 

Hoje, o High Line é, sem dúvida alguma, um ícone do urbanismo contemporâneo, que inspira iniciativas no mundo todo. Quer fazer um passeio virtual pelo parque? Navegue abaixo pelas imagens do Google Street View e imagine como seria percorrer a antiga via férrea pegando um sol e apreciando um bom chimarrão.

 

Faça a sua parte

Acorda, toma café da manhã, faz seu ritual de higiene, pega o carro, vai para o trabalho e, terminado o expediente, pega o carro novamente, volta para casa e descansa. Se quiser fazer um exercício, usa a academia do condomínio.

 

Essa é a rotina de muita gente, que acaba passando muito tempo no trânsito e pouco tempo aproveitando o ar livre. Você acha que isso é saudável?

 

Não é segredo para ninguém que sair para caminhar, encontrar outras pessoas e ter contato com o verde é uma receita infalível contra o estresse e, consequentemente, em benefício da saúde.

 

A mudança nesse estilo de vida passa pela existência de espaços públicos de qualidade. O que não é responsabilidade exclusiva do poder público. A Friends of the High Line, por exemplo, foi criada por dois membros da sociedade civil, sem cargos na administração municipal de Nova York.

 

Quer transformar a sua cidade? Então pense no que você mesmo pode fazer para alcançar esse propósito. Um bom ponto de partida é a leitura deste artigo sobre empoderamento coletivo, em que mostramos como criar um plano de ação e promover transformações positivas.

 

Você já conhecia o High Line? O que achou? Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, deixe um comentário abaixo. Não esqueça de compartilhar o conteúdo com seus amigos nas redes sociais 🙂

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Do empoderamento individual ao coletivo https://wikihaus.com.br/do-empoderamento-individual-ao-coletivo/ https://wikihaus.com.br/do-empoderamento-individual-ao-coletivo/#respond Thu, 09 Aug 2018 14:13:10 +0000 https://wikihaus.com.br/?p=51404 Empoderamento é uma palavra que está na moda. Às vezes, é usada indiscriminadamente e de modo deturpado, o que a faz conquistar a implicância de alguns.   A verdade é que se trata de uma ideia que tem o potencial de transformar a sociedade. Para isso, é importante que todo mundo entenda o que empoderamento […]

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Empoderamento é uma palavra que está na moda. Às vezes, é usada indiscriminadamente e de modo deturpado, o que a faz conquistar a implicância de alguns.

 

A verdade é que se trata de uma ideia que tem o potencial de transformar a sociedade. Para isso, é importante que todo mundo entenda o que empoderamento quer dizer e quais são as possibilidades que o conceito traz.

O que é empoderamento?

Diferentes fontes trazem definições ligeiramente distintas sobre o que é empoderamento. Entre elas, podemos destacar — por sua simplicidade — a definição do verbo empoderar que encontramos no site Significados:

 

“Empoderar é um verbo que se refere ao ato de dar ou conceder poder para si próprio ou para outrem.”

 

Dicionários enfatizam que essa tomada de poder geralmente ocorre com a finalidade de promover mudanças de ordem social.

 

Essa observação é importante, porque empoderar não é adquirir poder pelo poder, para levar vantagem, colocar-se acima ou subjugar os demais.

 

Empoderamento é justamente quando integrantes de grupos mais vulneráveis e discriminados entendem que não precisam se curvar diante do poder dos outros nem de limitações impostas pela sociedade. O que o empoderado quer é apenas lutar pelos seus direitos.

Do indivíduo para a sociedade

Você reparou que falamos em duas possibilidades: do empoderamento individual e do coletivo? Eles podem ser independentes, mas os casos mais transformadores acontecem quando uma coisa leva a outra.

 

A pessoa se empodera, ajuda a empoderar seus semelhantes e isso culmina com a criação ou integração em um grupo que defende a mesma bandeira.

E aí acontece a mágica da colaboração, de que tanto falamos aqui no blog. Porque empoderar a si mesmo é ótimo, mas só ajuda a resolver o próprio problema.

 

Além da luta pelos direitos, o empoderamento está relacionado com a ideia do “vai lá e faz”. De não esperar que os outros façam o que é possível realizar por conta própria.

 

E aí vale a mesma lógica: o empoderamento é mais transformador quando parte do individual para o coletivo. No tópico seguinte, vamos dar um exemplo.

Plano de ação

Para que você consiga visualizar melhor como acontece o empoderamento individual e como ele pode levar ao empoderamento coletivo, vamos imaginar um processo com três fases.

Fase 1: tomada de consciência

O indivíduo se dá conta do problema. Pode ser por uma experiência pessoal, por ver determinada notícia, por conta de um papo que teve com um amigo ou até pela leitura deste texto.

 

O ponto de partida é a pessoa se dar conta que tem a capacidade de fazer alguma coisa para mudar a realidade que lhe parece injusta.

Fase 2: refletir

É uma fase de reflexão, de fazer perguntas, de tentar entender qual é a origem do problema.

Fase 3: conversar

É hora de começar a conversar com outras pessoas que passam (ou enxergam) pelo mesmo problema. A fase 3 não marca o fim da fase 2. Na verdade a reflexão deve continuar, só que em diálogos em vez de monólogos.

 

É nessa fase que o indivíduo junta-se a um grupo de pessoas que têm o mesmo interesse. Ou então começa a mobilizá-las para criar um.

 

A reflexão segue em grupos, com a grande vantagem da diversidade cognitiva: mesmo que tenham os mesmos interesses, as pessoas têm maneiras distintas de processar a informação, o que lhes permite enxergar o problema por diversos ângulos.

empoderamento fase 3
Converse sobre empoderamento com pessoas que têm o mesmo interesse.

Fase 4: colocar em prática

Em algum momento vai chegar a hora de parar de refletir sobre a realidade e bolar um plano. O grupo se mobiliza para propor e executar ações de defesa de seus interesses.

 

Fazer isso colaborativamente é muito mais eficaz, pois dá força aos mais inibidos, que teriam dificuldade para colocar seus pensamentos em prática sozinhos.

Exemplo

Vamos usar um exemplo bem simples de como o empoderamento pode surgir em uma comunidade a partir de um indivíduo e levar — passando pelas quatro fases — um grupo a colocar as ideias em prática.

 

Imagine que um bairro periférico de uma grande cidade possua um parque público, daqueles com brinquedos para as crianças. Seria um lugar perfeito para levar o cachorro para passear, tomar um chimarrão e, é claro, brincar com os filhos.

 

Seria, mas o parque sofre com a falta de manutenção. A grama se transforma em capim, as lixeiras e bancos estão quebrados, os brinquedos enferrujados, etc. O que pode ser feito?

 

Fase 1: um morador do bairro fica incomodado com a situação e começa a pensar no que pode fazer para transformá-la.

 

Fase 2: ele reflete que qualquer parque fica deteriorado com o tempo. Para que siga em boas condições, o local precisa ser bem cuidado e receber manutenção periódica.

 

Fase 3: o mesmo morador começa a conversar com vizinhos sobre seus pensamentos. Ele fica sabendo que reclamações já foram direcionadas ao poder público, mas nada foi feito. Então começa a mobilizar mais pessoas para discutir como a própria comunidade pode ajudar a revitalizar o parque.

 

Fase 4: o grupo pode levar um abaixo assinado à prefeitura, fazendo pressão para que o parque seja reformado e melhor cuidado.

 

Tão importante quanto a revitalização seria fazer um bom aproveitamento do local, mantendo-o constantemente ocupado — talvez até com eventos —, evitando o abandono. Mas esse é outro assunto, sobre o qual também já falamos aqui no blog.

 

 

Não queremos comparar um parque mal cuidado com problemas como racismo, misoginia, homofobia e outras formas graves de discriminação.

 

O exemplo é apenas para que você perceba que sempre é possível se empoderar, unir-se e colaborar para melhorar o status quo.

 

Tem mais exemplos de empoderamento ou dicas de como se empoderar no dia a dia? Deixe um comentário abaixo.

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Empreendedorismo social: o propósito como ponto de partida https://wikihaus.com.br/empreendedorismo-social-o-proposito-como-ponto-de-partida/ https://wikihaus.com.br/empreendedorismo-social-o-proposito-como-ponto-de-partida/#comments Thu, 26 Jul 2018 11:54:09 +0000 https://wikihaus.com.br/?p=51360 Se compararmos com o cenário de décadas atrás, nunca foi tão fácil abrir uma empresa. No mundo todo, o acesso ao crédito foi ampliado e, graças à internet, conhecimento e comunicação foram democratizados. Por conta disso, a concorrência também nunca foi tão grande.   É uma realidade que leva muita gente a crer que todas […]

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Se compararmos com o cenário de décadas atrás, nunca foi tão fácil abrir uma empresa. No mundo todo, o acesso ao crédito foi ampliado e, graças à internet, conhecimento e comunicação foram democratizados. Por conta disso, a concorrência também nunca foi tão grande.

 

É uma realidade que leva muita gente a crer que todas as áreas nas quais se pense em empreender já estão ocupadas por companhias com uma certa trajetória, conhecidas pelo público.

 

Mas não é bem assim. Se ampliarmos nosso olhar além do óbvio, vamos perceber que nossa sociedade ainda tem uma série de questões mal resolvidas:

 

  • Acesso à saúde e educação;
  • Desigualdade econômica;
  • Desemprego;
  • Manejo de resíduos;
  • Geração de energia;
  • Aquecimento global;
  • Mobilidade urbana.

 

Mesmo as nações mais ricas têm deficiências evidentes nessas e em outras tantas áreas. O problema é que poucos empreendedores enxergam aí oportunidades de negócio.

 

Veja bem, não estamos falando em se aproveitar das mazelas da população, explorando-as comercialmente, mas justamente do contrário: colaborar para acabar com elas. Porque esperar que o poder público se encarregue disso não é a única opção.

 

Neste artigo, vamos mostrar como o empreendedorismo social é capaz de fazer uma diferença positiva frente a esses problemas e ainda gerar lucro.

Lucro não é o propósito

Alguns leitores podem achar contraditório falarmos em lucro e iniciativa social para descrever o mesmo empreendimento. Afinal, convencionalmente, as organizações são separadas em três grupos distintos:

 

  • Primeiro setor: o poder público, que deve agir em prol do bem comum e é financiado pelo dinheiro da população.
  • Segundo setor: a iniciativa privada, empresas que desenvolvem e comercializam produtos e serviços visando o lucro.
  • Terceiro setor: composto pelas organizações não governamentais (ONGs) e outras instituições de caráter social e sem fins lucrativos.

 

Hoje, é cada vez mais comum ouvir falar de empresas do setor 2.5, ou seja, que ficam no meio do caminho entre o segundo e o terceiro setor, pois têm finalidade social e visam lucro ao mesmo tempo.

 

Como isso é possível? O segredo de tudo está o propósito. Sim, o lucro se faz presente no empreendedorismo social, mas a diferença é que ele não é o centro de tudo. Em uma empresa 2.5 é o social que vem primeiro.

O “porquê” em primeiro lugar

O consultor britânico Simon Sinek bolou uma maneira simples e inspiradora para explicar a importância do propósito. Segundo ele, todas as pessoas e organizações com grande potencial para inovar e liderar seguem um padrão, que ele codificou no que chamou de Golden Circle. A ideia foi apresentada em um famoso TED Talk em 2009:

Golden Circle

Traduzindo: Why = Por quê?; How = Como?; What: O quê?.

 

É interessante notar que Why também pode ser traduzido como “porquê”. Assim, junto e com acento, ele é um substantivo que significa causa, motivo. O que nos remete novamente a ele, o propósito.

 

A ideia do Golden Circle é mostrar como algumas organizações são capazes de inspirar e outras não. E a conclusão é que, enquanto a maioria começa pela questão mais fácil — respondendo primeiro “por que”, depois “como” e por último “o que” —, líderes inspiradores fazem o contrário: pensam, agem e se comunicam de dentro para fora.

 

Quer um exemplo? Sinek apresenta da seguinte maneira o jeito Apple de fazer as coisas:

 

  • Por quê? Acreditamos em desafiar o status quo e em pensar de forma diferente.
  • Como? Com produtos bem projetados, fáceis de usar e com uma interface amigável.
  • O quê? Acabamos fazendo excelentes computadores. Quer comprar um?

 

Se usasse a lógica de outros fabricantes de computadores, a Apple iria se comunicar assim:

 

  • O quê? Nós fazemos ótimos computadores.
  • Como? Eles são lindamente projetados, fáceis de usar e têm uma interface amigável. Quer comprar um?

 

Sequer chegaria ao porquê e perderia, portanto, seu grande diferencial.

E o empreendedorismo social?

Note que, ao falar do Golden Circle e da Apple, em nenhum momento citamos o lucro, porque ele não é o propósito, é sempre o resultado. É claro que isso não é o suficiente para tornar a icônica fabricante dos MacBooks, iPhones e iPads em um exemplo de empresa do setor 2.5, por mais que pensemos que esses produtos tornam a nossa vida melhor.

 

O que acontece é que, no empreendedorismo social, pensar de dentro para fora do Golden Circle é uma necessidade, não um diferencial de mercado. E a resposta para o WHY sempre será uma causa social.

 

Para que você entenda melhor, vamos apresentar uma empresa porto-alegrense, a Revoada, que cria produtos estilosos como bolsas, mochilas e carteiras a partir de materiais como câmaras de pneus inutilizadas e náilons de guarda-chuvas quebrados.

Revoada
Revoada produz bolsas, carteiras e mochilas com materiais reutilizados. Foto: Facebook/Divulgação

Analisando-a a partir do Golden Circle, percebemos a empresa pensa, age e se comunica de dentro para fora. Veja:

 

  • Por quê? Queremos diminuir o impacto ambiental e valorizar o trabalho dos recicladores.
  • Como? Usamos o design para dar um novo propósito ao lixo.
  • O quê? Criamos lindas bolsas, mochilas e carteiras. Quer comprar uma?

 

O propósito está na primeira resposta. E na última está o lucro. Eis o empreendedorismo social, eis o setor 2.5: o lucro pode não ser o objetivo primeiro, mas o negócio tem a intenção de obtê-lo, sim.

 

Antes disso, porém, está a meta de causar um impacto social positivo. No final, essa e outras empresas mostram é que é possível conciliar as duas coisas.

Consumidores conscientes

A empresa que tem um propósito social e consegue fazer com que essa identidade seja reconhecida pelo público externo entra em um círculo virtuoso. Porque os consumidores estão cada vez mais atentos a isso.

 

Em uma pesquisa recente, a Sprout Social entrevistou mais de mil consumidores americanos sobre qual o posicionamento que esperam das marcas frente aos grandes problemas da sociedade. Dois terços responderam que querem marcas engajadas em questões políticas e sociais.

 

No Brasil, em estudo da Edelman Earned Brand, divulgado em novembro de 2017, 56% dos entrevistados afirmam que consomem ou boicotam marcas segundo seu posicionamento diante de questões sociais relevantes.

 

Felizmente, companhias com grande potencial de investimento têm reconhecido essa nova realidade e, se não incorporam um propósito social em seu produto ou serviço, pelo menos incentivam empresas e instituições que fazem isso.

 

A marca de whisky Chivas, por exemplo, tem um concurso anual chamado Chivas Venture, que premia com US$ 1 milhão startups que impactam o mundo de maneira positiva. Na edição de 2018, a porto-alegrense Revoada representou o Brasil na final mundial.

 

Já a Oi mantém o instituto Oi Futuro, que investe em ações inovadoras e colaborativas que melhoram a vida das pessoas e da sociedade das áreas de educação, cultura, inovação social e esporte. Outra iniciativa que podemos destacar é o Instituto C&A, que dá apoio técnico e financeiro para fortalecer organizações e outros agentes de mudança.

Todo mundo pode ser um agente da mudança

Você já parou para pensar que não precisa ser um investidor nem um empreendedor social para colaborar? Basta assumir o desafio de ser um consumidor mais consciente, prestando atenção no propósito das marcas consumidas.

 

Se as ideias comunicadas não se manifestam no modo de agir da organização, o propósito não passa de um marketing raso — ou propaganda enganosa para alguns. Para identificar quem se preocupa com o social de maneira verdadeira, é preciso se preocupar também. E apurar os sentidos.

 

Ficou com alguma dúvida ou tem algum comentário a fazer sobre o empreendedorismo social e as empresas do setor 2.5? Deixe um comentário abaixo ou entre em contato conosco.

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