Arquivos Arquitetura - Wikihaus https://wikihaus.com.br/category/arquitetura/ Uma incorporadora baseada na colaboração Thu, 15 Aug 2019 11:20:49 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://wikihaus.com.br/2020/wp-content/uploads/2024/05/cropped-favicon-wiki-32x32.png Arquivos Arquitetura - Wikihaus https://wikihaus.com.br/category/arquitetura/ 32 32 MENOS METROS QUADRADOS, MAIS NEGÓCIO: SAIBA QUANDO UM APARTAMENTO DE 60M² É MAIOR QUE UM DE 70M². https://wikihaus.com.br/menos-metros-quadrados-mais-negocio-saiba-quando-um-apartamento-de-60m%c2%b2-e-maior-que-um-de-70m%c2%b2/ https://wikihaus.com.br/menos-metros-quadrados-mais-negocio-saiba-quando-um-apartamento-de-60m%c2%b2-e-maior-que-um-de-70m%c2%b2/#respond Thu, 15 Aug 2019 11:20:49 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=52834 Não é raro ouvirmos “valor do metro quadrado” quando a conversa é sobre comprar um apartamento. Mas você sabia que, […]

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Não é raro ouvirmos “valor do metro quadrado” quando a conversa é sobre comprar um apartamento. Mas você sabia que, conforme a disposição dos espaços na planta, um apartamento de 60m², por exemplo, pode ser maior que um de 70m²?

 

Isso mesmo. Continue a leitura e aprenda a identificar uma situação dessas. Na hora de decidir entre um apartamento ou outro, dominar o assunto pode ser fundamental para garantir um bom negócio.

 

SUAS PRIORIDADES SEMPRE EM PRIMEIRO LUGAR.

A gente não cansa de repetir: comece sempre sabendo quais são as suas prioridades com relação ao apartamento. Uma dica bastante útil é fazer uma lista do que realmente importa, organizando tudo em 4 grupos:

 

  • O que é essencial?
  • O que eu gostaria de ter mas posso abrir mão?
  • O que eu NÃO gostaria que meu imóvel tivesse, mas posso aceitar se o imóvel me agradar.
  • O que meu imóvel NÃO deve ter de forma alguma?

 

A partir daí, fica mais fácil entender o que você precisa e, também, avaliar a planta do seu apartamento ideal.

 

OS ESPAÇOS ESTÃO SENDO BEM APROVEITADOS?

 

Essa é a grande pergunta neste caso. Por exemplo: quanto as áreas de circulação do apartamento representam na metragem privativa?

 

Um apartamento de 70m² que tenha um corredor de 10,5m² acaba oferecendo menos área realmente útil aos moradores. Eventualmente, é mais interessante um apartamento de 60m² que não tenha corredor…

 

Outra situação: o apartamento de 70m² apresenta uma área de serviço com 13m². Já o apartamento de 60m² conta com uma lavanderia e bicicletário compartilhados no prédio: tudo isso significa que você pode “tirar de dentro de casa” todos os itens que costumam ficar nestes locais, aproveitando melhor os espaços privativos para ampliar seu conforto.

 

E nesse quesito, o conforto pode significar coisas diferentes conforme o perfil de cada morador. Uma área social grande faz mais o tipo de quem gosta de receber os amigos. Existem ótimas plantas com livings grandes e quartos menores.

 

Já quem prefere manter o apartamento como um refúgio só seu, a área íntima ganha mais peso. E aí um apartamento com uma suíte grande e um living menor e integrado pode até ser mais interessante.

 

Tem aqueles que estão buscando um home office (escritório de trabalho em casa). E aí o melhor imóvel vai permitir criar um espaço para organizar mobília e equipamentos de trabalho, e até mesmo realizar a recepção de uma pessoa.

 

Claro, tudo isso precisa fazer sentido para você. Suas necessidades determinam a importância de cada um dos fatores avaliados.

 

Às vezes, você pode encontrar uma flexibilidade maior no layout interno de um apartamento menor…

 

E você? Já encontrou o imóvel do tamanho certo para sua vida? Conte pra gente aqui nos comentários.

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Na hora de procurar apartamento, você vai acabar olhando muitas opções. Tem que ser assim, mesmo que boa parte da sua pesquisa aconteça pela internet. E não vai ser difícil encontrar boas alternativas em imóveis vendidos na planta.

 

A questão é que nem sempre você vai poder contar com um apartamento decorado para poder sentir como vai ser viver naquele lugar. Nessa hora, saber avaliar a planta do apartamento pode ser muito útil para definir rapidamente se aquele imóvel atende ou não às suas necessidades. Conforme o resultado, você nem perde a visita.

 

Até aí, tudo certo. Só um pequeno detalhe: a maioria das pessoas não tem o hábito de analisar plantas. Muito menos de comprar imóveis com frequência. Então, como avaliar uma planta e quais detalhes analisar antes de fechar negócio? Confira a seguir no nosso post.

 

A PRIMEIRA PERGUNTA: VOCÊ SABE O QUE É A PLANTA?

 

A planta, ou planta baixa, é a forma de representar a estrutura de uma casa. Imagine que você está olhando uma casa de cima, e conseguiu tirar o telhado e a laje para ver o interior. É um desenho feito em escala que ilustra como será a distribuição de espaço entre cômodos, pisos, ambientes internos e externos, os acessos.

 

Além de permitir essa visualização dos espaços, a planta é uma forma eficiente de avaliar vários detalhes importantes: vai dar para acomodar a mobília que você já possui? Há um bom aproveitamento da luz natural? Você vai querer integrar ou adaptar algum ambiente?

 

LENDO A PLANTA.

 

Muitas plantas baixas são desenhadas com uma sugestão de mobília e elementos básicos (chuveiro, vaso sanitário, local do fogão…). Isso serve para mostrar o potencial do espaço. Fique atento, principalmente em apartamentos menores. Analise a escala dos espaços e, também, dos móveis. Ao redor do desenho, você encontrará as medidas de cada parede ou cada cômodo, qual a distância entre parede e porta, e assim por diante.

 

Cada cômodo traz escrito o que ele será: quarto, cozinha. As portas são representadas por um traço grosso e contínuo com um arco. Esse arco mostra para que lado a porta deve abrir e marca o espaço de abertura dela. As larguras mais comuns de porta são: 70cm para banheiros, 80cm para cômodos internos e 90 cm para as portas externas. Caso isso não esteja na planta, questione quem estiver apresentando o empreendimento para você.

 

O QUE OBSERVAR AO AVALIAR A PLANTA?

 

  • Distribuição dos cômodos

Observe a distribuição de espaço entre os cômodos. Alguns apartamentos possuem, por exemplo, quartos minúsculos e banheiros enormes, o que faz com que o imóvel tenha grandes áreas inutilizadas.

 

Nessa mesma linha, um outro ponto: quanto as áreas de circulação do apartamento representam na metragem privativa? Um apartamento de 60m2 que tenha um corredor de 10m2 acaba oferecendo menos área realmente útil. Eventualmente, é mais interessante uma planta de 55m2 sem corredor, por exemplo. Outras vezes, você vai encontrar plantas onde todos os espaços foram bem aproveitados, porém os cômodos são pequenos.

 

Seu jeito de viver também influencia essa análise. Se você gosta de receber os amigos ou ficar com toda a família, uma área social generosa faz mais sentido. Procure por plantas com livings amplos, existem ótimas opções. Neste caso, geralmente os quartos acabam sendo um pouco menores.

 

Você pode preferir uma suíte enorme e um closet, mesmo que, para isso, precise integrar living, cozinha e varanda. Sua empresa está proporcionando flexibilidade de horário? Home office também? Nesse caso, procure na planta um espaço para organizar suas coisas de trabalho, e até mesmo para receber algum contato ou realizar uma pequena reunião.

 

  • Distribuição dos móveis

Tente imaginar como seria a distribuição da mobília nos espaços do apartamento. Você pode se deparar tanto com situações onde não vai conseguir acomodar seus móveis como situações em que a planta parece ter sido feita sob medida para eles.

 

  • Pisos e pavimentos

Se o imóvel tem mais de um pavimento (como coberturas ou duplex), você precisa analisar a planta de cada um. Não deixe de avaliar cada uma, principalmente se precisar fazer adaptações e reformas futuras.

 

  • Orientação solar e aproveitamento da luz natural

As aberturas são amplas? Isso permite a entrada de luz natural e ventilação durante diferentes momentos do dia. Além de deixar os ambientes mais acolhedores, também representa uma economia com luz no fim do mês.

Sobre a posição do apartamento com relação ao sol, os que recebem o sol da tarde têm mais chances de ficarem muito quentes por um período maior do dia. Em geral, os imóveis que recebem o sol da manhã são mais valorizados.

 

  • Espaços externos

Algumas plantas também ilustram a sua vaga de garagem e os espaços comuns do condomínio (salão de festas, piscina e academia, playground)… Mas nem sempre elas são apresentadas. Por isso, ao avaliar a planta da unidade, pergunte também sobre a existência de plantas dessas áreas.

 

A PLANTA DO MOMENTO.

 

A gente está vendo um monte de transformações acontecendo por todos os lados. É interessante analisar que as mudanças da sociedade refletem em novos modelos de plantas e apartamentos. Há 30 anos, um apartamento de 70 m² era considerado pequeno. Hoje, é grande.

 

No mesmo período, vimos os modelos familiares se multiplicarem e cada vez mais as pessoas se voltarem para o lar, principalmente pela ausência de segurança em grandes cidades. Isso vem permitindo também uma mudança radical na planta dos imóveis. A forma de morar das pessoas vêm se tornando cada vez mais prática e funcional, e esse estilo de vida também pede uma resposta das incorporadoras.

 

Ter flexibilidade no layout do apartamento é uma boa pedida para quando você decidir mudar a decoração, precisar hospedar algum familiar, ou ver a família aumentar com a chegada de um baby. São as suas necessidades que ditam o que é importante ou não. Uma planta versátil facilita a convivência e permite adaptar a casa à uma nova rotina, sem precisar mudar.

 

As áreas comuns do prédio também mudaram. Em muitos condomínios, a área de serviço dos apartamentos está sendo substituída por máquinas de lavar e secar compartilhadas. Prédios com infraestrutura mais inteligente oferecem um uso mais coerente das áreas comuns. Isso possibilita viver melhor mesmo em uma planta de metragem menor, com a vantagem de pagar menos no IPTU e no condomínio.

 

Avaliar a planta de um apartamento é uma experiência que mexe com a nossa imaginação. Mas antes de avaliar bem uma planta, você precisa avaliar qual o momento atual da sua vida. Reflita sobre onde você está agora e qual caminho deseja seguir num futuro próximo. Entenda o que você precisa. Como vai ser sua rotina ali dentro?

 

Assim fica mais fácil saber que tipo de planta de apartamento se encaixa mais no seu perfil.

 

Você já teve alguma experiência avaliando plantas? Então compartilhe sua história aqui nos comentários.

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6 lugares abandonados que foram transformados em lindos parques públicos https://wikihaus.com.br/6-lugares-abandonados-que-foram-transformados-em-lindos-parques-publicos/ https://wikihaus.com.br/6-lugares-abandonados-que-foram-transformados-em-lindos-parques-publicos/#respond Thu, 03 Jan 2019 14:00:17 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51814 “Eu acredito que espaços públicos vivos e agradáveis são a chave para planejar uma boa cidade.” A frase é de […]

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“Eu acredito que espaços públicos vivos e agradáveis são a chave para planejar uma boa cidade.” A frase é de um TED Talk com Amanda Burden, que chefiou a pasta de planejamento urbano em Nova York na gestão de Michael Bloomberg. Confira aqui a palestra inteira.

 

Burden teve participação ativa e importante na revitalização de Lower Manhattan, da orla do Brooklyn e no projeto do High Line. O último, aliás, é um dos melhores exemplos de como é possível transformar lugares abandonados em espaços públicos de qualidade. A história do High Line é tão legal que motivou um artigo inteiro em nosso blog — confira aqui.

 

Para a ex-chefe de planejamento urbano de Nova York, mais importantes que os prédios são os espaços públicos entre eles. O problema é que nem todos os gestores públicos têm essa visão e a prioridade, na ocupação da superfície urbana, costuma ser criar mais vias para os automóveis.

 

Diante desse cenário, uma alternativa é ampliar o campo de visão e procurar alternativas. É aí que entram os lugares abandonados, como ferrovias inativas, usinas e fábricas desativadas, depósitos de lixo e outras áreas esquecidas, mal cuidadas ou sem uso.

 

Se esses lugares estão ociosos, por que não transformá-los em espaços para as pessoas se encontrarem, conviverem, praticarem esportes e se divertirem?

Iniciativas transformadoras pelo mundo

Conscientizar nossos leitores quanto à importância de ressignificar espaços públicos para termos cidades mais humanas é um dos nossos assuntos preferidos aqui no blog. Mas se você nos acompanha, sabe que também procuramos destacar a responsabilidade de cada um de nós nessas questões.

 

O primeiro passo é tomar conhecimento de iniciativas inovadoras ao redor do mundo, que nos mostram que é possível fazer diferente. Com criatividade, colaboração, mobilização e boa vontade, é possível transformar lugares abandonados em áreas para as pessoas. Veja, a seguir, 6 exemplos sensacionais de projetos desse tipo.

Promenade Plantée (Paris, França)

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O Coulée verte René-Dumont, mais conhecido como Promenade plantée (algo como “calçadão arborizado” em francês) é um parque elevado que percorre 4,7 km no 12º arrondissement de Paris.

 

O Promenade plantée é um lindo jardim suspenso, semelhante ao High Line — ambos foram construídos em linhas ferroviárias desativadas. Porém, é anterior ao parque nova-iorquino, pois foi inaugurado em 1993. Outra diferença é que, apesar de ter um grande potencial para isso, o parque parisiense não é um ponto turístico tão conhecido.

Gas Works Park (Seattle, Estados Unidos)

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O Gas Works Park é um lindo parque que oferece aos visitantes uma visão panorâmica de Seattle. Ele foi construído no terreno de uma usina de gás, desativada em 1956. Em 1962, a administração da cidade adquiriu o local, encomendou um projeto com o paisagista Richard Haag e abriu o parque ao público em 1975.

 

O grande diferencial é que os equipamentos da usina de gaseificação não foram totalmente removidos: há várias peças que permanecem lá, compondo um bonito contraste com o gramado verde, perfeito para fazer um piquenique. O solo, aliás, teve que passar por um tratamento especial por conta da poluição recebida durante os anos de atividade da usina.

Red Ribbon (Qinhuangdao, China)

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O Tanghe River Park é o lar do premiado projeto Red Ribbon, um banco vermelho sobre uma passarela que serpenteia por meio quilômetro dentro do parque. Quem visita o local hoje não imagina que, antes da criação do Tanghe River Park, em 2006, a área era de difícil acesso e abrigava um depósito de lixo. Atualmente, é um ponto de recreação de toda a comunidade da região.

Landschaftspark Duisburg-Nord (Duisburg, Alemanha)

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Esse parque alemão é parecido com o Gas Works Park, de Seattle, pois foi construído no terreno de duas usinas (uma de carvão e outra de aço), mantendo parte da sua estrutura.

 

Quando a usina de aço foi abandonada, em 1985, a cidade de Duisburg resolveu fazer algo diferente e criou um projeto inovador de paisagismo e recuperação da água e solo contaminados. Hoje, o parque é um enorme jardim onde ocorrem exposições de arte, gastronomia e até eventos esportivos.

Sugar Beach (Toronto, Canadá)

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Tudo bem que não é possível nadar no Lago Ontário, mas só o fato de ter uma área na beira dele, com guarda-sóis, cadeiras de praia e areia, já é muito legal. Estamos falando da Sugar Beach, um espaço público inaugurado em 2010 em Toronto. Antes de ser transformado em praia, o local abrigava um estacionamento em uma zona industrial em decadência.

Baana (Helsinque, Finlândia)

 

O Baana é uma via separada de ruas, avenidas e rodovias, aberta 24 horas por dia. Assim como o High Line e o Promenade Plantée, o local abrigava uma linha ferroviária, construída na última década do século 19 e desativada em 2009.

 

Após a desativação, toda a comunidade — moradores, universitários e órgãos municipais — foi envolvida no debate sobre qual destino a área teria. Acabou prevalecendo a ideia de criar um corredor para pedestres e ciclistas, aberto em 2012, com aproximadamente 1,5 km de extensão.

 

 

Esperamos que esses exemplos tenham inspirado você a olhar para os lugares abandonados de uma outra maneira. Será que, com colaboração e mobilização, não é possível transformá-los em espaços públicos de qualidade, para tornar a cidade mais humana?

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Mobiliário urbano: referências inovadoras pelo mundo https://wikihaus.com.br/mobiliario-urbano-referencias-inovadoras-pelo-mundo/ https://wikihaus.com.br/mobiliario-urbano-referencias-inovadoras-pelo-mundo/#respond Thu, 13 Dec 2018 14:00:14 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51840 Em locais sem um bom mobiliário urbano, pensado para tornar melhor a experiência de viver em uma cidade, parece que […]

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Em locais sem um bom mobiliário urbano, pensado para tornar melhor a experiência de viver em uma cidade, parece que está todo mundo apenas indo de um ponto a outro. Se você sempre viveu em um lugar assim, pode parecer difícil entender o que há de errado nisso.

 

Mas será que não estamos perdendo nada aí? Será que a rua é somente um espaço de transição até chegarmos em casa, no trabalho ou em estabelecimentos como restaurantes, lojas e shoppings? E o que o mobiliário urbano tem a ver com isso?

O que é mobiliário urbano?

Mobiliário urbano é um conjunto de elementos que são instalados em espaços públicos para cumprir determinada finalidade, idealmente colaborando com a convivência entre as pessoas e tornando a vida na cidade mais organizada e confortável.

 

A função de um elemento do mobiliário urbano pode ser separar e orientar a circulação de pedestres e veículos, oferecer áreas de descanso e lazer, embelezar a paisagem urbana, proporcionar serviços de utilidade pública, sustentar peças de comunicação, entre tantas outras.

 

Por isso, a lista de itens que podem ser considerados mobiliário urbana é extensa: desde bancos e áreas de descanso até pontos de ônibus, passando por postes de iluminação, canteiros e lixeiras.

Por que é importante falar em mobiliário urbano?

O mobiliário urbano de uma cidade diz muito sobre a maneira como ela é pensada. Infelizmente, ainda prevalece em muitos lugares a ideia de que o mais importante é pensar em estruturas para o tráfego de veículos automotores: ruas, avenidas, sinalização, semáforos, rótulas, viadutos…

 

E quanto aos pedestres? Constrói-se passarelas e pinta-se faixas de pedestre para que eles possam atravessar em segurança de um lado para o outro da via. Mas e depois disso?

 

Em cidades humanas, existe a preocupação com o bem-estar do cidadão depois que ele atravessa a rua e chega no passeio público. Será que ele encontra um ambiente convidativo, bom de circular e até mesmo de passar algum tempo desfrutando do ar livre?

 

Felizmente, não faltam bons exemplos no mundo de mobiliários urbanos inovadores, pensados para que as pessoas aproveitem mais a cidade onde vivem e se sintam à vontade para caminhar por ela.

 

A seguir, você conhece algumas dessas criações. Procuramos diversificar a lista, para apresentar soluções em vários tipos de elementos do mobiliário urbano.

9 exemplos positivos de mobiliário urbano pelo mundo

Bancos para ter onde sentar

Em Dandenong, subúrbio da cidade australiana de Melbourne, a Lonsdale Street foi totalmente revitalizada. Além das árvores, o destaque fica para os vários bancos de madeira instalados no passeio público, que convidam as pessoas a sentarem e tornam a avenida muito mais viva.

mobiliario-urbano-lonsdale-street

Luz e sombra

Em Jerusalém, o calor incomoda bastante. Na Vallero Square, um espaço que fica em frente ao Mahane Yehuda Market (local de grande circulação de pessoas), foram instaladas essas incríveis estruturas em forma de flor, que abrem ou fecham, dependendo da estação e da hora do dia.

 

Quando está quente, as pétalas abertas fornecem sombra para quem quiser sentar e aproveitar a praça. À noite, as lâmpadas das flores fornecem luz artificial para tornar o local mais convidativo aos pedestres.

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Incentivando o uso da bicicleta

Na capital americana Washington, D.C., tiveram uma ideia muito legal: aproveitar parquímetros velhos para fazer bicicletários — estruturas onde os ciclistas podem “estacionar” e prender o cadeado em suas bicicletas. Além de reaproveitar o equipamento, incentiva o uso desse meio de transporte sustentável.

mobiliario-urbano-bicicletario

Cobertura contra o sol

O Metropol Parasol é ao mesmo tempo uma estrutura que oferece conforto térmico aos transeuntes por filtrar a luz do sol e um ponto turístico. Desenvolvido pelo arquiteto alemão Jürgen Mayer-Hermann, é uma obra monumental que fica na Plaza de La Encarnación e é considerada a maior estrutura construída em madeira do mundo.

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Ponto de ônibus criativo

Outra estrutura de madeira que chama a atenção é esse ponto de ônibus em Baltimore, nos Estados Unidos. Trata-se de um grande letreiro que forma a palavra BUS (“ônibus” em inglês). Além de permitir que as pessoas sentem nas partes vazadas das letras, é um local onde muitos param para tirar fotos.

mobiliario-urbano-ponto-onibus

Iluminação elegante e minimalista

Mais uma vez o High Line — parque elevado construído sobre uma antiga linha férrea em Manhattan — figura em uma lista aqui do blog. Dessa vez, por conta da solução que os designers encontraram para iluminar o local à noite: com lâmpadas instaladas embaixo dos bancos, sem precisar instalar postes, que dariam uma carga visual maior ao lugar.

mobiliario-urbano-iluminacao

Lixeiras inteligentes

Fechamos a lista com mais um bom exemplo de mobiliário urbano vindo da Austrália: as lixeiras Bigbelly. Elas compactam automaticamente o lixo jogado dentro delas, oferecendo uma capacidade até oito vezes maior que uma lixeira de rua comum. Como se não bastasse, as engrenagens funcionam por meio de energia solar e a lixeira está integrada com um sistema inteligente de coleta.

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Convivência e diversão

O parque Discovery Green, em Houston, Estados Unidos, recebeu em 2016 uma instalação temporária que era ao mesmo tempo mobiliário e parque de diversões. Foram 20 estruturas chamadas Los Trompos, inspiradas nos piões mexicanos, estimulando as brincadeiras, a convivência e a alegria no local.

mobiliario-urbano-los-trompos

Porto Alegre também está na lista

Em Porto Alegre, um exemplo legal de mobiliário urbano criativo está na Rua da Cultura, inaugurada no campus da PUCRS em junho de 2018. Ela faz parte de um movimento que pretende criar um novo polo cultural e gastronômico para a cidade.

 

O mobiliário do local conta com decks, arquibancadas e o assento em forma de rede, como ilustra a foto abaixo. Tudo estimular a convivência não apenas entre a comunidade acadêmica, mas na população de Porto Alegre em geral.

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PUCRS inaugurou um bom exemplo de mobiliário urbano pensado para o conforto das pessoas. Foto: Camila Cunha

 

Já pensou como seria a sua cidade com mais soluções como essas no mobiliário urbano? Se você gostou do artigo, compartilhe com seus amigos nas redes sociais e deixe um comentário com sua opinião sobre o assunto.

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Cultura e arquitetura: diferentes estilos pelo mundo https://wikihaus.com.br/cultura-e-arquitetura-diferentes-estilos-pelo-mundo/ https://wikihaus.com.br/cultura-e-arquitetura-diferentes-estilos-pelo-mundo/#respond Fri, 19 Oct 2018 19:45:52 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51682 “Arquitetura é um produto da cultura para a qual foi projetada.” Essa interessante frase (em tradução livre) abre o texto […]

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Arquitetura é um produto da cultura para a qual foi projetada.” Essa interessante frase (em tradução livre) abre o texto Architecture Reflects Culture, publicado no site PDH Academy.

 

Cultura, nesse caso, é o conjunto de “hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”, parafraseando a definição do antropólogo Edward Burnett Tylor.

 

Cada sociedade tem seus hábitos e capacidades, que acabam inspirando uma arquitetura própria. Afinal, a arquitetura é muito mais que projetar construções fortes e robustas. Ela consiste na criação de ambientes dos quais as pessoas possam se beneficiar de diferentes maneiras.

 

Por isso a forte conexão entre arquitetura e cultura, o que nos permite encontrar estilos arquitetônicos tão diferentes mundo afora.

Além dos modismos

A história da arquitetura é marcada por épocas em que determinados estilos e conceitos ganharam destaque em algum canto do planeta e, vez ou outra, acabaram influenciando as construções de outros países.

 

O estilo das casas inglesas no reinado da rainha Vitória, no século 19, é exemplo de um tipo de arquitetura marcante de determinado período, que acabou sendo difundido em vários lugares do mundo graças à expansão do Império Britânico.

 

Em 1919, surgiu a Bauhaus, uma escola de design alemã que teve grande importância na arquitetura moderna. Na mesma época houve o apogeu do estilo art déco, com seus cantos curvos e formas estilizadas.

 

A arquitetura dessas épocas influenciam projetos até hoje, mas queremos falar sobre estilos e características bem mais perenes, que dificilmente vão deixar de ter relevância, já que estão arraigados nas culturas locais há muito tempo.

5 estilos marcantes de arquitetura pelo mundo

1. Arquitetura japonesa

Apesar dos encantadores telhados curvos, a arquitetura japonesa tem tudo a ver com simplicidade e minimalismo. Os ambientes internos são projetados para serem limpos, arejados, claros e quase sem adornos. Muito disso se deve à cultura zen, contrária ao apego e às distrações desnecessárias.

 

Paredes móveis, boa marcenaria e integração com a natureza (plantas e jardins bem cuidados) são outras características importantes. Lares mais tradicionais contam com um cômodo (ou uma pequena construção à parte do restante da casa) destinada à cerimônia do chá.

 

Com a grande densidade demográfica no Japão atual, não há mais tanto espaço para essa sala, mas os conceitos de simplicidade e minimalismo continuam.

2. Arquitetura islâmica

São comuns, nas construções das culturas árabe e islâmica, os pátios internos com jardins. Entre esses ambientes e a área construída interna há muitas colunas, arcos e cúpulas. A grande beleza desses prédios, principalmente nas mesquitas, está nos mosaicos e arabescos.

 

Mas é impossível falar em arquitetura árabe sem mencionar os muxarabis, que são paredes vazadas com bonitos desenhos, que proporcionam privacidade (quem está de dentro enxerga fora, mas não o contrário), ventilação e iluminação (filtrando, porém, a luz solar) ao mesmo tempo. Um recurso belíssimo e, ao mesmo tempo, funcional.

3. Arquitetura nórdica

A Península Escandinava, região da Europa onde ficam Noruega, Suécia e Finlândia, tem invernos rigorosos. O clima hostil inspira a arquitetura do essencial. Assim como a arquitetura japonesa, a nórdica foca na simplicidade, organização e praticidade. E o material preponderante também é a madeira.

 

Enquanto no exterior é comum a cor vermelha, no interior predominam tons neutros e claros, para beneficiar a iluminação dos cômodos. Janelas grandes e muitas luminárias na decoração também são características marcantes, já que o inverno em latitudes altas é de pouca luz.

4. Arquitetura italiana

Enquanto as igrejas e prédios oficiais antigos da Itália, com influência grega e romana, são cheios de ornamentos, o estilo mais conhecido de suas habitações é o visual rústico da Toscana.

 

São traços simples, compondo ambientes aconchegantes que têm tudo a ver com a vida tranquila do interior. Esses conceitos estão muito presentes em regiões de colonização italiana no Rio Grande do Sul.

 

Uma característica que merece destaque na arquitetura de influência italiana é a cozinha ampla, por motivos extremamente culturais. Além da relação sempre muito próxima dos italianos com a culinária, e cozinha costuma ser, nos lares italianos tradicionais, o local de socialização mais importante.

5. Arquitetura grega

Não poderia faltar, na nossa lista, a ornamentada arquitetura grega clássica e suas colunas nos estilos dórico, jônico e coríntio, com recursos como cornijas, frisos, capitéis e bases. Na Grécia Antiga, a matemática foi utilizada pela primeira vez na arquitetura, para encontrar proporções ideais para os ambientes.

 

Esse estilo influenciou a civilização romana e, a partir daí, a arquitetura de igrejas e prédios oficiais na Europa toda. Com a exploração do “novo mundo”, a influência grega veio também para as colônias americanas.

 

Hoje em dia, são comuns em bairros luxuosos do Brasil os prédios no estilo neoclássico, que buscam resgatar o refinamento arquitetônico da Grécia Antiga.

Projeto premiado no Menino Deus foca no bem-estar

Até agora, falamos sobre características culturais que acompanham determinadas regiões do mundo há muito tempo. Mas a verdade é que a cultura muda — e a arquitetura também.

 

Os arquitetos, porém, sempre vão se inspirar em ideias que deram certo no passado e ainda fazem sentido. Sempre com o objetivo de proporcionar bem-estar às pessoas que ocuparão as construções.

 

Esse é um dos conceitos por trás do iO Menino Deus, projeto da Wikihaus que foi vencedor do International Property Awards, um dos mais renomados prêmios de arquitetura e design do mundo. Acesse esta página e conheça mais sobre o projeto que mistura pessoas, natureza, conveniência, gastronomia, lazer e mobilidade.

 

Se você quiser saber mais sobre como a arquitetura e o urbanismo influenciam na nossa qualidade de vida, navegue pelos demais conteúdos do blog. Caso tenha alguma dúvida ou sugestão, deixe um comentário abaixo ou entre em contato conosco.

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Quando há um lugar abandonado na sua cidade, muita gente pensa apenas em evitá-lo. É como se aquela área deixasse de existir. Até o dia que alguém compra o terreno, derruba o que ainda está em pé e construa algo novo no lugar.

 

Quantas vezes você viu esse roteiro acontecendo perto de onde você mora? E o resultado muitas vezes é a construção de uma torre espelhada de imóveis corporativos.

 

Nada contra, o problema é que, não raro, acaba-se perdendo uma grande oportunidade de criar um lugar de convivência para população. Iniciativas que tornam as cidades mais humanas e melhoram a qualidade de vida nesses locais.

 

No texto sobre a ressignificação do espaço público abordamos essa questão e citamos o High Line — um parque construído em uma antiga ferrovia elevada em Nova York — como um dos exemplos em que o conceito foi aplicado.

 

A ideia da sua criação e o modo como ela foi executada são tão legais e tão exemplares que o High Line merece um texto à parte.

 

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High Line é uma das principais atrações turísticas de Nova York. Foto: Iwan Baan

Uma Nova York mais humana

A ilha de Manhattan, na cidade de Nova York, é a área com a maior densidade demográfica nos Estados Unidos. Com prédios de todos os tamanhos, de ponta a ponta, é a verdadeira selva de pedras — exceto pelo Central Park, um oásis verde no meio da ilha de concreto.

 

Nos últimos anos, porém, o poder público promoveu várias alterações na paisagem urbana de Manhattan. Com simples mudanças no mobiliário urbano — em iniciativas como a “pedestrização” da Times Square —, a cidade tem se tornado mais humana, com mais espaço para ciclistas e pedestres e menos para carros.

 

Certamente a criação do High Line contribuiu bastante para essa mudança de mentalidade.

História do High Line

O local fica em uma linha férrea que passa por cima de ruas e avenidas e entre prédios no bairro de Chelsea. A partir de sua desativação, em 1980, a ferrovia passou a se degradar e servir como área de prostituição e tráfico e consumo de drogas.

 

Até que Joshua David e Robert Hammond, moradores da vizinhança, perceberam ali um potencial muito grande e criaram a organização sem fins lucrativos Friends of the High Line, em 1999.

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Ferrovia elevada foi desativada em 1980. Foto: Kalmbach Publishing Company

A instituição passou a promover campanhas para a preservação da antiga linha férrea e transformação em um espaço público, aberto, convidativo a toda a população. Em 2003, foi criada uma competição que recebeu 720 ideias de como a ferrovia poderia ser utilizada, o que contribuiu para dar visibilidade à causa.

 

Em 2004, o então prefeito Michael Bloomberg engajou-se na causa e, junto com o conselho da cidade (City Council, órgão equivalente à nossa Câmara de Vereadores), tomou medidas para facilitar o uso do High Line como um parque público.

 

Em 2005, a empresa CSX Transportation, proprietária da ferrovia, doou a estrutura à cidade de Nova York e, em 2009, o primeiro trecho do parque foi aberto ao público. O projeto foi desenvolvido por três empresas de arquitetura e design.

Parque é atração turística imperdível

Desde então, outros trechos da ferrovia foram abertos ao público. Hoje, o parque High Line percorre 19 quadras, totalizando 2,3 quilômetros. É como se fosse um calçadão suspenso, com design moderno, bancos, lixeiras, gramados e mais de 500 espécies de plantas e árvores.

 

Em um ponto, os visitantes têm uma bela vista do Rio Hudson. É um passeio imperdível, tanto que se tornou uma das principais atrações turísticas da cidade que está entre as mais visitadas no mundo.

 

A manutenção, operação e gestão da agenda do local são feitas pela Friends of the High Line, em parceria com o Departamento de Parques e Recreação de Nova York. Na programação do parque estão atrações e performances artísticas dos mais variados tipos, abertas a todos e sempre com o engajamento da comunidade local.

 

Hoje, o High Line é, sem dúvida alguma, um ícone do urbanismo contemporâneo, que inspira iniciativas no mundo todo. Quer fazer um passeio virtual pelo parque? Navegue abaixo pelas imagens do Google Street View e imagine como seria percorrer a antiga via férrea pegando um sol e apreciando um bom chimarrão.

 

Faça a sua parte

Acorda, toma café da manhã, faz seu ritual de higiene, pega o carro, vai para o trabalho e, terminado o expediente, pega o carro novamente, volta para casa e descansa. Se quiser fazer um exercício, usa a academia do condomínio.

 

Essa é a rotina de muita gente, que acaba passando muito tempo no trânsito e pouco tempo aproveitando o ar livre. Você acha que isso é saudável?

 

Não é segredo para ninguém que sair para caminhar, encontrar outras pessoas e ter contato com o verde é uma receita infalível contra o estresse e, consequentemente, em benefício da saúde.

 

A mudança nesse estilo de vida passa pela existência de espaços públicos de qualidade. O que não é responsabilidade exclusiva do poder público. A Friends of the High Line, por exemplo, foi criada por dois membros da sociedade civil, sem cargos na administração municipal de Nova York.

 

Quer transformar a sua cidade? Então pense no que você mesmo pode fazer para alcançar esse propósito. Um bom ponto de partida é a leitura deste artigo sobre empoderamento coletivo, em que mostramos como criar um plano de ação e promover transformações positivas.

 

Você já conhecia o High Line? O que achou? Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, deixe um comentário abaixo. Não esqueça de compartilhar o conteúdo com seus amigos nas redes sociais 🙂

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Por que preservar e restaurar o patrimônio histórico? https://wikihaus.com.br/por-que-preservar-e-restaurar-o-patrimonio-historico/ https://wikihaus.com.br/por-que-preservar-e-restaurar-o-patrimonio-historico/#respond Fri, 14 Sep 2018 17:37:38 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51527 Na noite do dia 2 de setembro de 2018, o fogo começava a consumir as estruturas e o acervo do […]

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Na noite do dia 2 de setembro de 2018, o fogo começava a consumir as estruturas e o acervo do maior museu de história natural e antropológica da América Latina: o Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

 

Mais do que abrigar uma insubstituível coleção de itens que contavam a história do Brasil e do mundo, o próprio prédio tinha enorme valor histórico: nele se instalou a família real portuguesa quando aqui desembarcou, em 1808, fugindo das tropas napoleônicas.

 

As causas do incêndio ainda não foram divulgadas, mas de lá para cá governo federal e UFRJ (responsável pela administração do museu) trocaram acusações e o Ministério Público Federal pediu a interdição imediata de seis outros museus federais do Rio de Janeiro, até que eles adotem medidas de prevenção contra incêndios.

 

Anunciou-se a liberação de milhões para a reconstrução do Museu Nacional, mas o maior legado que a tragédia poderia proporcionar aos brasileiros seria a disseminação de uma mentalidade de preocupação real com a preservação do patrimônio histórico. Para que ações paliativas não fossem necessárias.

O que é patrimônio histórico?

Patrimônio histórico é um termo usado para se referir a bens naturais e físicos que contribuem para um maior entendimento e apreciação da riqueza histórica e cultural de uma nação. O que inclui sítios arqueológicos, ruínas, prédios, praças, monumentos, templos religiosos e outros.

 

No Brasil, o patrimônio histórico é protegido pelo Decreto-Lei Nº 25, de 1937, que em seu primeiro artigo o define da seguinte maneira (com a redação da época):

 

“Art. 1º Constitue o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interêsse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.”

 

Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto (MG)

Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto-(MG), é um exemplo de patrimônio histórico brasileiro. Foto: Antonio Correa

Por que é importante preservá-lo?

Parte da resposta está no trecho de lei que acabamos de transcrever. Segundo o artigo, a conservação é de interesse público pela sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil e “por seu excepcional valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico”.

 

Além de ajudar a montar o quebra-cabeça da história, o patrimônio histórico está repleto de informações sobre tradições e saberes da cultura de um povo e é importante fonte de pesquisa para diversas áreas do conhecimento.

 

Quem não tem o menor interesse nisso tudo ainda pode estar tentando entender qual a utilidade em preservar um prédio antigo como o do Museu Nacional, um palacete da primeira década do século 19.

 

Para esses, vale citar o velho chavão: “povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la”. A repetição, nesse caso, é no mau sentido, de passar novamente por episódios negativos que ocorreram no passado.

 

Em vez de esquecer, relembrar para não permitir que aquilo se repita. É por isso que, na Alemanha, a memória do nazismo, uma página negra na história do país, é tão preservada.

 

Há motivos mais concretos e imediatos para desejar a preservação de nosso patrimônio histórico: o principal é a qualidade de vida. Estamos falando de bens intimamente relacionados com a identidade do local e que, por isso, ajudam a construir em nós uma sensação de pertencimento, muito importante em um mundo cada vez mais homogêneo.

 

Isso tudo sem contar na beleza insuperável que a maioria das construções antigas possui. Veja, abaixo, a foto do Theatro São Pedro, de Porto Alegre, um prédio concluído em 1858, e diga se não é uma construção digna de uma demorada contemplação.

 

Theatro São Pedro, Porto Alegre

Theatro São Pedro, em Porto Alegre. Foto: Cristina Gehlen

 

O aspecto estético, às vezes mais que os aspectos cultural e histórico, também fomentam o turismo. Sem as ruas e casas bem preservadas do centro histórico de Ouro Preto e do Pelourinho, em Salvador, será que esses seriam destinos turísticos tão visitados?

Restaurando um prédio histórico

A estrutura já se deteriorou. O tempo passou e os responsáveis por conservar o patrimônio histórico não fizeram seu trabalho. E agora? Além de lamentar e apontar dedos para os culpados, há muitos casos em que vale a pena investir na restauração.

 

Esse é um processo que precisa ser feito por pessoas especializadas, com muita responsabilidade e cuidado, e sem interferir nas características da obra original. Na medida do possível, devem ser utilizados os mesmos métodos construtivos e materiais da época em que a construção foi feita.

 

Em seu blog, a empresa canadense Heather & Little, especializada na restauração de construções históricas, listou quais considera os cinco principais desafios nesse trabalho:

 

  1. Não provocar danos irreparáveis ao patrimônio enquanto o restaura;
  2. Avaliar quando o ideal é substituir e não Remendar;
  3. Não fazer acréscimos inadequados no prédio;
  4. Atender ou superar normas modernas de construção sem arruinar o prédio;
  5. Encontrar uma equipe de restauração que fará o trabalho direito.

 

Alguns podem perguntar como fica a questão ambiental. Com a necessidade de construções mais sustentáveis, prédios antigos ainda têm espaço em nossas cidades?

 

No Brasil, muitas casas antigas eram feitas com terra e tinham pés-direitos altos, características que beneficiam a circulação do ar e a manutenção de uma temperatura agradável em meio ao verão tropical. Exige-se muito menos do ar condicionado, portanto.

 

Sem contar que, demolindo um prédio para construir outro, há um impacto ambiental enorme, com geração de resíduos que serão descartados na natureza e gastos com energia, transporte, materiais e ferramentas para a construção.

 

E quanto ao dinheiro, o que é mais barato? Pode até acontecer de uma restauração ser tão complexa que custa mais dinheiro do que destruir a construção e fazer uma nova. Mas e o valor histórico e cultural do qual falamos antes, será que não deveria entrar nessa conta?

 

Para quem se preocupa tanto com o dinheiro, uma coisa é certa: os esforços constantes para a conservação, uma ação preventiva, custam dezenas de vezes menos que a restauração ou que construir uma obra nova no local. E ainda preserva melhor as características originais.

 

Que tal, então, começar a se preocupar mais com o impacto positivo de prezar pelo patrimônio histórico da sua rua, bairro, cidade e país?

 

Se você ficou com alguma dúvida ou sugestão sobre o tema, deixe um comentário abaixo. Gostou do artigo? Compartilhe com seus amigos nas redes sociais 🙂

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Complexo Vila Flores explora novas possibilidades no 4º Distrito https://wikihaus.com.br/complexo-vila-flores-explora-novas-possibilidades-no-4o-distrito/ https://wikihaus.com.br/complexo-vila-flores-explora-novas-possibilidades-no-4o-distrito/#respond Fri, 27 Apr 2018 15:57:45 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=50852 As cidades e seus elementos estão em constante transformação. O que arquitetos e urbanistas pensam para atender às demandas de […]

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As cidades e seus elementos estão em constante transformação. O que arquitetos e urbanistas pensam para atender às demandas de hoje pode não fazer sentido daqui a algumas décadas. Mas a transformação não precisa ser a derrubada de tudo e construção de soluções novas do zero. O complexo arquitetônico Vila Flores mostra que há alternativas.

 

Localizado na esquina da Rua São Carlos com a Rua Hoffmann, no bairro Floresta, o conjunto consiste em três edificações e um pátio. O terreno de 1.415 metros quadrados compreende, hoje, uma das principais iniciativas inovadoras e colaborativas do 4º Distrito de Porto Alegre.

 

A gestão do espaço é dividida entre três equipes: Administração e Imobiliário, que gerencia os aluguéis dos espaços fixos; Arquitetura, um corpo técnico responsável pelas obras e pelo projeto arquitetônico; e Associação Cultural Vila Flores, entidade sem fins lucrativos que gerencia atividades sociais e culturais.

 

Além disso, há os vileiros. É assim que são chamados os artistas e empreendedores de diversas áreas que instalaram seus negócios no complexo. Eles pagam uma taxa de contribuição associativa mensal e participam das decisões sobre as atividades realizadas e sobre questões de infraestrutura dos prédios.

Complexo arquitetônico Vila Flores. Foto: Fernando Banzi e Lauro Rocha

Exemplo de integração e colaboração

Muita gente ainda associa iniciativas como o Vila Flores ao poder público. O imóvel, no entanto, é privado. Ele está inventariado, pertence a uma família que optou por preservar o máximo possível de seu patrimônio arquitetônico e abrir as portas para os empreendedores da área criativa, cultural e social. E faz isso sem perder a sustentabilidade financeira.

 

Mas a ideia atravessa os muros do terreno. A relação com o entorno imediato do bairro Floresta e com toda Porto Alegre também está no ethos do complexo. “O Vila Flores tem essa missão de ser algo que reverbera outras possibilidades de modos de trabalho, de vida e de convivência para o resto da cidade.”

 

A frase é de Aline Bueno, membro e uma das fundadoras da Associação Cultural Vila Flores. Por conta dessas características, ela define o Vila Flores como um projeto de inovação social, que busca construir novas relações e se alimentar delas para fazer as coisas de um jeito diferente.

 

E a colaboração ocupa um papel importante nesse cenário. Não apenas nos eventos promovidos no complexo, como o tradicional Arraial, que conta com a contribuição de todos os vileiros (entenda melhor lendo este post) mas também em iniciativas como os mutirões de limpeza, que estimulam comportamentos colaborativos também nos moradores do bairro.

Agenda cultural intensa

A agenda de eventos, cursos e outras atividades gerenciadas pela Associação Cultural Vila Flores é uma das marcas do complexo. Nos dias 28 e 29 de abril, por exemplo, ocorre o festival #Deslocamentos4D, que promove a visibilidade de iniciativas culturais e sociais no 4º Distrito. Aqui, você confere mais informações.

 

A programação ainda tem atividades como oficinas de dança, aulas de capoeira, projeção de filmes, apresentações musicais, palestras… Enfim, múltiplas possibilidades para quem quiser aprender, divertir-se ou fazer as duas coisas ao mesmo tempo. E, acima de tudo, criar conexões.

 

Aline Bueno destaca que o fato de que, apesar do complexo Vila Flores ser um espaço privado, boa parte dessas atividades são gratuitas. O que acaba transformando-o em um verdadeiro centro cultural. E o acesso a essa programação tem uma grande força transformadora.

 

Segundo ela, os benefícios do Vila Flores para a comunidade nem sempre são tangíveis. “Mesmo que o impacto seja a longo prazo, é uma sementinha que a gente está plantando. Uma criança de cinco anos que vê um espetáculo de teatro aqui, por exemplo, leva isso para a vida”, reflete.

História do complexo Vila Flores

As edificações do complexo Vila Flores foram construídas pelo alemão José Franz Seraph Lutzenberger. Emigrado para o Brasil em 1920, o engenheiro e arquiteto foi responsável por outros projetos importantes na cidade de Porto Alegre, como a Igreja São José, o Palácio do Comércio e o Instituto Pão dos Pobres.

Fachada do Vila Flores

Fachada do complexo arquitetônico Vila Flores na Rua Hoffmann. Foto: Fernando Banzi e Lauro Rocha

Originalmente, o conjunto era destinado a “casas de aluguel” para pessoas e famílias, em uma época em que o 4º Distrito estava em franca expansão industrial. Os prédios continuaram sendo utilizados por muitas décadas para fins residenciais e comerciais. Mas, com o passar dos anos e a falta de manutenção, as construções se degradaram.

 

Em 2009, foi feita a divisão de bens do espólio da família proprietária. O complexo passou para os irmãos Antonia Chaves Barcellos Wallig e João Felipe Chaves Barcellos Wallig, que compreenderam a importância arquitetônica, cultural e história da construção após muito estudo.

 

Surgiu a ideia de transformar o complexo em um espaço multifuncional. Em 2011, o arquiteto João Felipe Wallig e seus colegas começaram a trabalhar no projeto arquitetônico. No final de 2012, o local recebeu o primeiro evento e, a partir daí, começou a ser desenhado um projeto cultural.

 

Hoje, o projeto do Vila Flores está tramitando na Lei de Incentivo à Cultura. As suas diretrizes são a preservação e restauro do patrimônio arquitetônico, a diversidade de uso, a acessibilidade (não apenas física, mas referente ao acesso da comunidade a projetos culturais e sociais) e a adaptação do espaço para uma infraestrutura que abrace as formas de uso contemporâneas do complexo.

 

No início da conversa que Aline teve com a gente, ela alertou que, para explicar de fato o que é o Vila Flores, precisaria de duas horas. Melhor que isso é convidar você a conhecer o local e conferir ao vivo toda essa complexidade. Então acesse a agenda de atividades, programe-se e convide seus amigos!

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Permeabilidade urbana integra prédios e espaço público https://wikihaus.com.br/permeabilidade-urbana-integra-predios-e-espaco-publico/ https://wikihaus.com.br/permeabilidade-urbana-integra-predios-e-espaco-publico/#comments Fri, 23 Mar 2018 16:06:58 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=50610 Há quem enxergue a cidade como uma série de terrenos privados, entre os quais passam as vias urbanas. Ou seja, […]

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Há quem enxergue a cidade como uma série de terrenos privados, entre os quais passam as vias urbanas. Ou seja, a rua é uma coisa e a propriedade particular é outra. E o passeio público (calçadas) é visto como mais um elemento à parte, ou como mera extensão do imóvel.

 

O conceito de permeabilidade urbana propõe pensar na cidade de uma outra maneira: como um ambiente de integração. Segundo o dicionário Michaelis, permeável é aquilo “que pode ser atravessado, transpassado”.

 

Como a terra. Quando um agricultor irriga sua plantação, a água não fica acumulada sobre a superfície, mas é absorvida pelo solo, que é poroso e não maciço (impermeável) como o asfalto e concreto.

 

Quando o assunto é permeabilidade urbana, estamos utilizando o termo como metáfora para definir uma qualidade muito interessante de determinadas construções: a integração com o espaço público e a visibilidade de parte de seu interior.

 

É como se o prédio fosse a terra e a água fosse o espaço público. Uma construção permeável é aquela que é irrigada por áreas de livre circulação, onde o fluxo de pessoas é facilitado e estimulado.

Projetos que convidam visitantes

Em um edifício permeável, o prédio se mistura com a rua e a rua se mistura com o prédio. Há uma interação da construção com o seu entorno que não é por acaso, mas sim deliberada. Mesmo que seja um imóvel residencial, que não é aberto à visitação de estranhos, essa harmonia é importante.

 

A residência pode contribuir para melhorar a qualidade de vida e a experiência cotidiana de quem circula pelo local. O resultado é um local mais movimentado e, consequentemente, mais seguro, o que beneficia a todos, moradores e transeuntes.

 

É importante observar que, assim como o projeto do edifício leva em conta o que está à sua volta, a presença da construção também influenciará o entorno. Por isso, tudo deve ser planejado com muita responsabilidade, respeitando a vida que acontece ali e pensando em estimular mudanças positivas na rua.

 

Um ótimo exemplo de prédio permeável é o Museu de Arte de São Paulo (Masp), localizado na Avenida Paulista. Além de ser um dos mais importantes museus do Brasil, está entre os principais exemplares da arquitetura brasileira.

 

O terreno para a construção do Masp, que é uma instituição privada, foi doado pela prefeitura com a condição de que fosse mantida a vista para o centro da cidade, a partir do mirante 9 de julho.

 

A solução encontrada pela arquiteta Lina Bo Bardi foi fazer o prédio suspenso, de modo que o espaço público da calçada da Avenida Paulista e o acesso ao mirante fossem mantidos. A área localizada abaixo do museu ficou conhecida como vão do Masp, um lugar bastante vivo e movimentado.

Masp

Prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), projetado por Lina Bo Bardi.

O Copan, outra das construções mais famosas do Brasil, é mais um exemplo de permeabilidade urbana. O térreo do icônico prédio projetado no centro de São Paulo por Oscar Niemeyer é uma grande galeria com comércio e serviços, que pode ser atravessada.

 

Combinado com as passagens existentes nos terraços do edifício Itália (segundo mais alto da capital paulista) e edifício Conde Penteado, forma uma quadra permeável, de intenso movimento de pedestres.

Copan

Edifício Copan, projetado por Oscar Niemeyer, no centro de São Paulo.

Movimento no comércio e cidadania

Para que o ambiente seja realmente convidativo e acessível, é preciso reduzir os obstáculos físicos. Em Life Between Buildings (A Vida Entre Edifícios), Jan Gehl, arquiteto dinamarquês, escreveu que é importante que seja fácil entrar e sair das habitações. Segundo ele, quando a passagem é difícil – exigindo o uso de escadas ou elevadores, por exemplo – o número de visitas cai.

 

Mesmo parques que não são cercados podem ser mal planejados nesse sentido. Apesar de serem espaços abertos, às vezes possuem muitos canteiros funcionando como barreiras (limitando o número de entradas) em vez de terem a grama se encontrando diretamente com o calçamento do passeio público por toda a extensão do parque.

 

Para o comércio, a motivação para desenvolver projetos permeáveis é muito clara. Como já dissemos, um prédio que está integrado com o espaço público estimula a circulação de pessoas. Portanto, maior será o número de clientes em potencial passando pelo local. Tente lembrar: você nunca deixou de entrar em uma loja porque imaginou que não se sentiria confortável dentro dela?

 

Já nos prédios de instituições públicas, como câmaras legislativas, fóruns e outros tantos, utilizar os princípios da permeabilidade urbana é fomentar o sentimento de cidadania entre a sociedade. Se um órgão é público, ele deve funcionar em prol da comunidade, portanto a população deve ser bem-vinda em seus prédios.

 

Em entrevista à revista aU, o renomado arquiteto Fábio Penteado (falecido em 2011) contou uma experiência que tem muito a ver com isso. Para desenvolver o projeto do Fórum de Araras (cidade do interior paulista), Penteado visitou um já construído, em uma cidade vizinha. A impressão causada foi forte.

 

“Procurei usufruí-lo como um homem comum, um trabalhador que ali chegava por obrigação, para tirar um documento ou registrar um filho, e me senti muito triste. A impressão era que quem entrasse ali já estava ‘condenado’, à mercê da má vontade de um guarda ou do garoto do cartório, que se sente uma autoridade. A minha idéia, então, foi abrir o espaço e dissipar aquela sensação de medo e humilhação.”

Penteado projetou um prédio que, originalmente, não tinha portas nem saguão. Era uma espécie de praça coberta, na qual as pessoas podiam sentar e conversar. Hoje, a construção abriga a Câmara de Vereadores do município.

Projeto do Fórum de Araras

Projeto original do Fórum de Araras, concebido por Fábio Penteado.

Permeabilidade urbana aumenta a segurança

A permeabilidade urbana não é apenas a capacidade de uma construção de ser transposta. Antes disso, ela deve ser vista. Um prédio permeável permite o contato visual dos transeuntes com o seu interior. Em vez de muros, possui por grades, alambrados ou, melhor ainda, jardins. Em vez de vidros refletivos, tem brises e cobogós.

 

Jan Gehl, no mesmo livro citado anteriormente, afirma que o contato entre o que acontece no espaço público e dentro dos edifícios enriquece as possibilidades de experiências em ambas as direções. O resultado é um maior movimento, fator que tem relação direta com a segurança do local.

 

Você já tentou caminhar em uma quadra que possui um muro alto em toda a sua extensão? Muitos condomínios são construídos assim para garantir a segurança de quem está dentro, sem pensar em contribuir para uma rua, quadra, bairro e cidade mais segura.

Muro

Muros altos diminuem a sensação de segurança em uma rua.

“Tu caminhas por dois quilômetros e ninguém te vê, ninguém te cuida. Esse é um problema de planejamento urbano e construção da cidade, pois são as pessoas que tornam a cidade segura”, opina Adalberto da Rocha Heck, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisinos Porto Alegre.

 

Assim, pensar nessa permeabilidade visual é, também, uma maneira de tornar a rua mais movimentada, o que leva a um círculo virtuoso. Segundo Gehl, a própria animação de uma rua atrai mais pessoas. Não são apenas as crianças que se interessam por lugares em que outros pequenos estão brincando – Os adultos também são assim.

 

Concorda com esse ponto de vista e acha que construções mais permeáveis ajudam a construir uma cidade melhor? Então compartilhe o artigo com seus amigos nas redes sociais. Se ainda tem dúvidas sobre a permeabilidade urbana, deixe um comentário abaixo 🙂

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Novo Urbanismo: como essa corrente pode inspirar grandes cidades? https://wikihaus.com.br/novo-urbanismo-como-essa-corrente-pode-inspirar-grandes-cidades/ https://wikihaus.com.br/novo-urbanismo-como-essa-corrente-pode-inspirar-grandes-cidades/#respond Mon, 08 Jan 2018 10:00:50 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=50157 Você já ouviu falar que as tendências vivem de ciclos, certo? Que a moda está sempre se apropriando do passado […]

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Você já ouviu falar que as tendências vivem de ciclos, certo? Que a moda está sempre se apropriando do passado para se reinventar, inovar e ressignificar. Mesmo em um mundo cada vez mais digitalizado e moderno, onde as relações basicamente se sustentam por dispositivos eletrônicos, onde o tempo de vida útil dos aparelhos vem caindo drasticamente e onde o temor de perder o emprego para um robô já desponta no horizonte, alguns hábitos tendem a retomar um pretérito (nem tão distante).

 

Câmeras analógicas ressurgem com vinis e outros artigos vintage, numa tentativa de ligação com o real. Os mercadinhos de bairro voltam como um negócio inovador, em meio a grandes redes de varejo – focadas mais em números do que em humanização. Produções artesanais, em pequena escala, retomam a preciosidade da personalização.

 

São exemplos que demonstram nossa mais pura vontade de se aproximar mais, dos outros e do lugares onde estamos. Nessa linha, seria impossível deixarmos de notar que as formas de urbanas de habitação também tendem a voltar no tempo. Viver em comunidade, se sentir inserido em um contexto, estender a moradia para além da demarcação de um terreno e retomar a sensação de pertencimento são intenções não tão novas, mas que estão sendo resgatadas a partir de um conceito bem interessante: o novo urbanismo. Vamos entender um pouco mais sobre ele?

 

Um (não tão) novo urbanismo

“Nós defendemos a reestruturação das políticas públicas e práticas desenvolvimentistas que sustentem os seguinte princípios: as vizinhanças devem ser diversificadas em uso e população; devem ser projetadas para o pedestre como também para o carro; cidades grandes e pequenas devem ser conformadas por espaços públicos fisicamente definidos e universalmente acessíveis e por instituições de comunidade; os sítios urbanos devem ser moldados pela arquitetura do edifício e da paisagem, que celebram a história local, o clima, a ecologia, e a prática de edifício.”

 

Essa proposição bastante atual, na verdade, data de 1993. Sim, estamos falando de uma iniciativa estruturada há mais de 24 anos, mas projetada ainda antes, no início da década de 1980. Influenciados pelas organizações urbanas anteriores à popularização do automóvel, a partir da II Guerra Mundial, um grupo de urbanistas se uniu em torno de uma corrente nomeada Novo Urbanismo. Apesar da definição de 10 princípios básicos, o movimento se constituiu sobre dois pilares principais: a construção do senso de comunidade e o desenvolvimento de práticas sustentáveis.

 

O texto que lemos anteriormente é a abertura da Carta do Novo Urbanismo, redigida pelo Congresso do Novo Urbanismo, responsável por gerir o movimento de design urbano e influenciar diversas localidades ao redor do planeta. Nela já é possível notar as premissas da iniciativa, que vão desde o planejamento regional até o desenho de comunidades locais, convergindo na atenção para o equilíbrio nas construções, a fim de atender necessidades humanas e o ambiente natural, além da preservação do patrimônio histórico e da participação da comunidade na gestão dos espaços comuns.

 

Como pano de fundo, temos problemas emergentes relacionados com a urbanização dispersa (urban sprawl). Até meados do século XX, as cidades costumavam ser organizadas a partir das prioridades dos pedestres, sendo transitáveis pelos cidadãos sem impedimentos. O desenvolvimento dos transportes de massa, fez estender o alcance da cidade em linhas de trânsito, fazendo crescer as comunidades e espaçar o uso do territórios. O advento dos automóveis motivou uma transformação na organização das municípios, priorizando o fluxo e a presença desse tipo de transporte.

 

Um exemplo de ocupação dispersa, à esquerda, em contraste com o desenho da direita, que mostra uma situação proposta pelo Novo Urbanismo. O sistema viário organiza um conjunto de vizinhanças bem delimitadas. A igreja e os demais edifícios públicos definem os espaços livres, em vez de ficarem perdidos em meio aos estacionamentos.

 

Ainda que a organização do movimento do Novo Urbanismo tenha surgido anos depois, já na década de 1950 ativistas iniciaram suas críticas aos planejamentos modernistas. O filósofo e historiador Lewis Mumford, por exemplo, criticava o desenvolvimento anti-urbano da América pós-guerra. O livro Morte e Vida de Grandes Cidades, escrito por Jane Jacobs, no início da década de 1960 é outro exemplo: implorava aos urbanistas a reconsiderarem a habitação unifamiliar, os bairros dependentes de carro e os centros comerciais segregados.

 

Elementos do Novo Urbanismo

No cerne do movimento do Novo Urbanismo estão 13 princípios que, teoricamente, formariam um bairro autêntico.

 

  1. Centro marcante: é, frequentemente, uma praça, um jardim ou mesmo uma esquina importante. Nesse centro, pelo menos uma parada de ônibus deve existir.
  2. Fácil acesso: a maior parte das habitações deve ficar a cinco minutos do centro, num raio de 600 metros, aproximadamente.
  3. Variedades de moradia: casas isoladas, casas geminadas e apartamentos. Dessa forma, pessoas mais jovens e mais velhas, solteiros e casados, pobres e ricos possam achar lugares para viver.
  4. Variedades de comércio: dentro do bairro, devem existir diferentes tipos de varejo para prover as necessidades básicas.
  5. Pequena edificação no quintal: cada casa pode ter uma e ser usada como uma unidade de aluguel ou para pequeno comércio, escritório ou artesanato.
  6. Escolas próximas: assim, a maioria das crianças de caminhar de sua casa até este destino sem travessia de ruas.
  7. Zonas de recreação próximas: acessíveis para todas as idades e não distantes mais do que 200 metros.
  8. Redes conectadas de ruas: assim, se dispersa o tráfego ao prover uma variedade de rotas de pedestres e veículos a qualquer destino.
  9. Ruas estreitas e sombreadas por árvores: isto reduz a velocidade tráfico, ao mesmo tempo que cria um ambiente adequado para pedestres e bicicletas.
  10. Edifícios no centro perto da rua: enquanto criando um espaço ao ar livre bem definido.
  11. Estacionamentos e garagens não devem defrontar a rua: o estacionamento deve ser relegado à parte traseira de edifícios, normalmente acessados por ruelas.
  12. Locais preservados reservados para edifícios cívicos: esses devem servir para reuniões de comunidade, educação, e religiosos ou atividades culturais.
  13. Autonomia: assim é a organização do bairro. Caberá a uma associação formal o debate e a decisão sobre assuntos de manutenção, segurança, e mudanças físicas.

 

Parecem elementos muito utópicos e inimagináveis para a realidade atual? Saiba que já existem excelentes exemplos de aplicação do Novo Urbanismo pelo mundo. Locais que primam pelos pedestres, com transportes públicos eficientes e, claro, a sensação de comunidade. Sim, estando integradas à cidade, eleva-se a sensação de pertencimento, de parceria. Pessoas se conectam com às ruas e umas com as outras.

 

Alguns exemplos do Novo Urbanismo pelo mundo

Copenhage (Dinamarca)

Uma das melhores cidades para pedestres no mundo. Nos 40 anos desde que a rua principal de Copenhague foi transformada em uma via de pedestres, os planejadores da cidade têm dado muitos outros pequenos passos para transformar a cidade em um lugar mais amigável para o pedestres e menos orientada para o carro. A transformação de lotes de estacionamento em praças públicas, a redução gradual do tráfego e estacionamentos, o incentivo à vida dos estudantes e a promoção das bicicletas como principal meio de transporte são apenas alguns dos destaque do local.

Veneza (Itália)

Veneza é um ótimo exemplo de novo urbanismo. Na cidade, os carros nunca foram autorizados a entrar – a cidade inteira é composta de todas as ruas de pedestres. Veneza também tem o mais completo, mais variado e bonito tecido urbano contínuo. Cada bairro tem sua própria praça central ou campo que age como o seu coração e sua alma. Tudo está a uma curta distância de todos os moradores e oferecem uma gama completa de serviços, bem como as interações sociais.

Pedra Branca (SC)

A cidade universitária de Pedra Branca em Palhoça (SC), começou a ser construída em 1997 e trata-se de um município com infraestrutura completa (apartamentos, lojas, escritórios, universidade, escolas, bancos, restaurantes, parques, praças, hospital) ao alcance de todos. Os principais meios de deslocamento são a pé, de bicicleta ou transporte público. As quadras são configuradas com serviços que se complementam. A alta densidade e concentração de pessoas viabiliza o uso dos espaços públicos e proporciona preservação ambiental, pois reduz a emissão de gases.

Parque da cidade (SP)

O Parque da Cidade localizado em São Paulo surgiu como uma solução pela carência de áreas verdes e pela falta de interação entre as pessoas. Foi projetado para ser de uso múltiplo, onde as pessoas possam encontrar tudo que precisam de forma rápida, pelos diversos serviços agrupados no mesmo espaço, utilizando os conceitos da cidade compacta. Prioriza espaços feitos para as pessoas e conta com fácil acesso ao transporte público. A conectividade, além de aproximar os moradores, diminui o congestionamento e os impactos da poluição.

 

E então, que achou desse movimento? Já pensou em quanto você está realmente conectado ao lugar que você vive? Compartilhe esse conteúdo e inspire mais pessoas ao seu redor!

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