Arquivos qualidade de vida - Wikihaus https://wikihaus.com.br/tag/qualidade-de-vida/ IMPACTOS POSITIVOS ALÉM DOS MUROS. Conheça na prática alguns empreendimentos já desenvolvidos pela Wiki. Tue, 27 Nov 2018 20:16:32 +0000 pt-BR hourly 1 https://wikihaus.com.br/2020/wp-content/uploads/2020/10/thumbWIKI.png Arquivos qualidade de vida - Wikihaus https://wikihaus.com.br/tag/qualidade-de-vida/ 32 32 Mobiliário urbano: referências inovadoras pelo mundo https://wikihaus.com.br/mobiliario-urbano-referencias-inovadoras-pelo-mundo/ https://wikihaus.com.br/mobiliario-urbano-referencias-inovadoras-pelo-mundo/#respond Thu, 13 Dec 2018 14:00:14 +0000 https://wikihaus.com.br/?p=51840 Em locais sem um bom mobiliário urbano, pensado para tornar melhor a experiência de viver em uma cidade, parece que está todo mundo apenas indo de um ponto a outro. Se você sempre viveu em um lugar assim, pode parecer difícil entender o que há de errado nisso.   Mas será que não estamos perdendo […]

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Em locais sem um bom mobiliário urbano, pensado para tornar melhor a experiência de viver em uma cidade, parece que está todo mundo apenas indo de um ponto a outro. Se você sempre viveu em um lugar assim, pode parecer difícil entender o que há de errado nisso.

 

Mas será que não estamos perdendo nada aí? Será que a rua é somente um espaço de transição até chegarmos em casa, no trabalho ou em estabelecimentos como restaurantes, lojas e shoppings? E o que o mobiliário urbano tem a ver com isso?

O que é mobiliário urbano?

Mobiliário urbano é um conjunto de elementos que são instalados em espaços públicos para cumprir determinada finalidade, idealmente colaborando com a convivência entre as pessoas e tornando a vida na cidade mais organizada e confortável.

 

A função de um elemento do mobiliário urbano pode ser separar e orientar a circulação de pedestres e veículos, oferecer áreas de descanso e lazer, embelezar a paisagem urbana, proporcionar serviços de utilidade pública, sustentar peças de comunicação, entre tantas outras.

 

Por isso, a lista de itens que podem ser considerados mobiliário urbana é extensa: desde bancos e áreas de descanso até pontos de ônibus, passando por postes de iluminação, canteiros e lixeiras.

Por que é importante falar em mobiliário urbano?

O mobiliário urbano de uma cidade diz muito sobre a maneira como ela é pensada. Infelizmente, ainda prevalece em muitos lugares a ideia de que o mais importante é pensar em estruturas para o tráfego de veículos automotores: ruas, avenidas, sinalização, semáforos, rótulas, viadutos…

 

E quanto aos pedestres? Constrói-se passarelas e pinta-se faixas de pedestre para que eles possam atravessar em segurança de um lado para o outro da via. Mas e depois disso?

 

Em cidades humanas, existe a preocupação com o bem-estar do cidadão depois que ele atravessa a rua e chega no passeio público. Será que ele encontra um ambiente convidativo, bom de circular e até mesmo de passar algum tempo desfrutando do ar livre?

 

Felizmente, não faltam bons exemplos no mundo de mobiliários urbanos inovadores, pensados para que as pessoas aproveitem mais a cidade onde vivem e se sintam à vontade para caminhar por ela.

 

A seguir, você conhece algumas dessas criações. Procuramos diversificar a lista, para apresentar soluções em vários tipos de elementos do mobiliário urbano.

9 exemplos positivos de mobiliário urbano pelo mundo

Bancos para ter onde sentar

Em Dandenong, subúrbio da cidade australiana de Melbourne, a Lonsdale Street foi totalmente revitalizada. Além das árvores, o destaque fica para os vários bancos de madeira instalados no passeio público, que convidam as pessoas a sentarem e tornam a avenida muito mais viva.

mobiliario-urbano-lonsdale-street

Luz e sombra

Em Jerusalém, o calor incomoda bastante. Na Vallero Square, um espaço que fica em frente ao Mahane Yehuda Market (local de grande circulação de pessoas), foram instaladas essas incríveis estruturas em forma de flor, que abrem ou fecham, dependendo da estação e da hora do dia.

 

Quando está quente, as pétalas abertas fornecem sombra para quem quiser sentar e aproveitar a praça. À noite, as lâmpadas das flores fornecem luz artificial para tornar o local mais convidativo aos pedestres.

mobiliario-urbano-vallero-square

Incentivando o uso da bicicleta

Na capital americana Washington, D.C., tiveram uma ideia muito legal: aproveitar parquímetros velhos para fazer bicicletários — estruturas onde os ciclistas podem “estacionar” e prender o cadeado em suas bicicletas. Além de reaproveitar o equipamento, incentiva o uso desse meio de transporte sustentável.

mobiliario-urbano-bicicletario

Cobertura contra o sol

O Metropol Parasol é ao mesmo tempo uma estrutura que oferece conforto térmico aos transeuntes por filtrar a luz do sol e um ponto turístico. Desenvolvido pelo arquiteto alemão Jürgen Mayer-Hermann, é uma obra monumental que fica na Plaza de La Encarnación e é considerada a maior estrutura construída em madeira do mundo.

mobiliario-urbano-parasol

Ponto de ônibus criativo

Outra estrutura de madeira que chama a atenção é esse ponto de ônibus em Baltimore, nos Estados Unidos. Trata-se de um grande letreiro que forma a palavra BUS (“ônibus” em inglês). Além de permitir que as pessoas sentem nas partes vazadas das letras, é um local onde muitos param para tirar fotos.

mobiliario-urbano-ponto-onibus

Iluminação elegante e minimalista

Mais uma vez o High Line — parque elevado construído sobre uma antiga linha férrea em Manhattan — figura em uma lista aqui do blog. Dessa vez, por conta da solução que os designers encontraram para iluminar o local à noite: com lâmpadas instaladas embaixo dos bancos, sem precisar instalar postes, que dariam uma carga visual maior ao lugar.

mobiliario-urbano-iluminacao

Lixeiras inteligentes

Fechamos a lista com mais um bom exemplo de mobiliário urbano vindo da Austrália: as lixeiras Bigbelly. Elas compactam automaticamente o lixo jogado dentro delas, oferecendo uma capacidade até oito vezes maior que uma lixeira de rua comum. Como se não bastasse, as engrenagens funcionam por meio de energia solar e a lixeira está integrada com um sistema inteligente de coleta.

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Convivência e diversão

O parque Discovery Green, em Houston, Estados Unidos, recebeu em 2016 uma instalação temporária que era ao mesmo tempo mobiliário e parque de diversões. Foram 20 estruturas chamadas Los Trompos, inspiradas nos piões mexicanos, estimulando as brincadeiras, a convivência e a alegria no local.

mobiliario-urbano-los-trompos

Porto Alegre também está na lista

Em Porto Alegre, um exemplo legal de mobiliário urbano criativo está na Rua da Cultura, inaugurada no campus da PUCRS em junho de 2018. Ela faz parte de um movimento que pretende criar um novo polo cultural e gastronômico para a cidade.

 

O mobiliário do local conta com decks, arquibancadas e o assento em forma de rede, como ilustra a foto abaixo. Tudo estimular a convivência não apenas entre a comunidade acadêmica, mas na população de Porto Alegre em geral.

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PUCRS inaugurou um bom exemplo de mobiliário urbano pensado para o conforto das pessoas. Foto: Camila Cunha

 

Já pensou como seria a sua cidade com mais soluções como essas no mobiliário urbano? Se você gostou do artigo, compartilhe com seus amigos nas redes sociais e deixe um comentário com sua opinião sobre o assunto.

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Cidades acessíveis para todos https://wikihaus.com.br/cidades-acessiveis-para-todos/ https://wikihaus.com.br/cidades-acessiveis-para-todos/#comments Thu, 23 Aug 2018 19:28:02 +0000 https://wikihaus.com.br/?p=51465 Quando ouvimos falar em cidades acessíveis, é comum pensar primeiro em pessoas com algum tipo de deficiência. Isso é ótimo, pois geralmente esses são os indivíduos que mais sofrem com ambientes urbanos mal planejados.   E não estamos falando de pouca gente: segundo dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6,2% […]

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Quando ouvimos falar em cidades acessíveis, é comum pensar primeiro em pessoas com algum tipo de deficiência. Isso é ótimo, pois geralmente esses são os indivíduos que mais sofrem com ambientes urbanos mal planejados.

 

E não estamos falando de pouca gente: segundo dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6,2% da população brasileira tem deficiência auditiva, visual, física ou intelectual. Isso equivale mais ou menos a uma em cada 16 pessoas.

 

O que vamos propor aqui, no entanto, é ampliar essa visão, pensar em cidades acessíveis para todos. Não se trata de menosprezar a luta de cadeirantes, cegos e outros, mas sim de não deixar ninguém de fora.

 

Uma pessoa com autismo, por exemplo, pode ter hipersensibilidade a sons, luzes e movimento. Se a cidade onde ele vive tem poluição sonora e visual, trata-se de um ambiente pouco convidativo e, por que não, pouco acessível.

 

Mas será que o autismo está na lista de deficiências intelectuais? É aqui que queremos chegar: não importa. Para o debate sobre as cidades acessíveis, tanto faz. O que interessa é que a pessoa com autismo tem o direito de viver em uma cidade acolhedora, como qualquer um.

 

No fim, todo mundo é beneficiado: pessoas com deficiência, idosos, pessoas com mobilidade reduzida, pessoas com estatura reduzida, pedestres em geral e até mesmo motoristas, pode acreditar. Porque a cidade acessível tem mobilidade, melhor sinalização e infraestrutura de trânsito, o que torna o tráfego de veículos muito mais organizado e seguro.

escada
Escadarias como essa são grandes obstáculos para cadeirantes quando não há outra opção.

O que caracteriza as cidades acessíveis

As cidades acessíveis são aquelas que ajudam — e não dificultam — a locomoção das pessoas. Que estimulam a interação entre a cidade e a população. São mais agradáveis e convidativas, menos opressivas.

 

Para ajudar na definição, podemos pegar emprestados os critérios do prêmio Access City Award, concedido pela União Europeia às cidades com mais disposição, capacidade e esforços para se tornarem mais acessíveis.

 

São premiadas as cidades que garantem acesso igual a direitos fundamentais, melhoram a qualidade de vida de sua população e asseguram que todo mundo — independentemente de idade, mobilidade ou capacidade — tenha igual acesso a todos os recursos e prazeres que a cidade tem a oferecer.

 

Esse tipo de definição, embora seja subjetivo, é mais completo do que normas, que nem sempre dão conta de todas as variáveis que tornam uma cidade realmente acessível. Ainda assim, é claro que as normas são muito importantes.

 

No Brasil, é a NBR 9050, da ABNT, que trata do tema acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

 

Para sermos um pouco mais objetivos, podemos citar as escadas, passeio público estreito e esburacado, meio-fio sem rampa e portas-giratórias como alguns dos principais obstáculos enfrentados por pessoas com deficiência em ambientes públicos e privados.

 

As cidades acessíveis, por outro lado, estão repletas de rampas de acesso, elevadores, corredores mais largos, transporte público adaptado, piso tátil, sinalização em braille, avisos sonoros, assentos para pessoas com obesidade e outros recursos que tornam os ambientes mais inclusivos.

piso-tatil
O piso tátil é muito importante para ajudar na locomoção das pessoas com deficiência visual.

Cidades mais acessíveis do Brasil

O Brasil ainda tem muita coisa para melhorar em termos de acessibilidade. Mas por que não focar no impacto positivo do que já foi implantado com sucesso? O site do governo brasileiro já destacou alguns dos principais exemplos, que mostramos a seguir.

São Paulo (SP)

Maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo, São Paulo ganha destaque na lista por conta de atrações como o Memorial da América Latina e o Museu do Futebol, que contam com áudio-guias, totens em braille, maquetes táteis, imagens em relevo, piso tátil e acesso para cadeirantes.

Rio de Janeiro (RJ)

A Cidade Maravilhosa se tornou uma das referências desde que sediou as Paralimpíadas, em 2016. Foram investidos R$ 75 milhões em obras de acessibilidade. Hoje, o turista com deficiência pode acessar sem problemas atrações como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor.

Salvador (BA)

A primeira capital brasileira tem muita história, mas soube se adaptar aos tempos modernos. O centro histórico da cidade, patrimônio cultural da humanidade, agora tem guias rebaixadas, rampas e elevadores, recursos que tornam possível transitar pelas famosas escadarias e ladeiras de Salvador.

Foz do Iguaçu (PR)

Com as maravilhosas Cataratas do Iguaçu, Foz reúne multidões de turistas de todos os cantos do mundo e é pioneira no turismo de inclusão no país. É um dos destinos com maior número de pontos turísticos acessíveis.

Uberlândia (MG)

Não são apenas as cidades turísticas que são adaptadas para terem maior acessibilidade. Uberlândia não consta na lista do site do governo brasileiro, mas não poderia ficar de fora por ser talvez a principal referência em acessibilidade no Brasil.

 

Com 600 mil habitantes, a cidade possui rampas de acesso em todas esquinas, tanto no centro quanto nos bairros, piso tátil por tudo e uma frota com 100% dos ônibus com elevadores para cadeirantes. Qualquer projeto para uma nova rua, prédio ou loteamento só é aprovado se tiver um plano de mobilidade.

Exemplos de cidades acessíveis pelo mundo

Para seguir melhorando nossas cidades, que tal ficar de olho em exemplos legais de outros países?

Chester (Inglaterra)

A cidade britânica de Chester venceu o Access City Award em 2017 e se tornou um grande case para a Europa por ter transformado um centro histórico bastante antigo em um ambiente totalmente acessível. Permite ao viajante não apenas visitar o lugar, mas também conferir cada pequeno detalhe.

Londres (Inglaterra)

Ainda na Inglaterra, Londres sempre foi uma cidade pioneira em sua milenar história. Em 1995, foi aprovada lá uma lei que declara crime a discriminação contra pessoas com necessidades especiais.

 

Hoje, mesmo com uma malha ferroviária centenária, a maioria das estações do metrô têm adaptações — e pessoas com deficiência não pagam pelo transporte público.

londres

Liubliana (Eslovênia)

Além de ser uma das cidades mais sustentáveis do planeta, Liubliana possui ônibus modernos, com sinais de aviso sonoro e visual para pessoas com deficiência visual e auditiva. Nos pontos, há painéis em braille.

 

O principal local turístico da cidade, o Castelo de Liubliana, é adaptado. No centro, é possível se deslocar com os Kavalir, pequenos veículos elétricos que transportam passageiros gratuitamente.

Dubai (Emirados Árabes Unidos)

Como é uma cidade moderna, a maioria dos prédios, restaurantes e atrações de Dubai têm ótima acessibilidade para cadeirantes. Seu sistema de metrô é livre de barreiras para pessoas com mobilidade reduzida e se conecta ao aeroporto.

 

Aeroporto que, aliás, é um dos melhores do mundo no quesito acessibilidade, com salas de espera acessíveis, triagem acelerada e filas exclusivas para cadeirantes.

Melbourne (Austrália)

O sistema de transporte público de Melbourne é altamente acessível. Além disso, a grande maioria dos pontos turísticos da cidade são desenvolvidos para que todos possam apreciar do mesmo jeito. Na Ilha Phillip, por exemplo, existe um mirante totalmente acessível para cadeirantes.

 

E para você, o que torna uma cidade acessível? Reflita sobre o que você pode fazer para contribuir. Se você gostou do conteúdo, compartilhe o artigo com seus seguidores nas redes sociais.

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Gehl People: design urbano para aumentar a qualidade de vida https://wikihaus.com.br/gehl-people-design-urbano-para-aumentar-qualidade-de-vida/ https://wikihaus.com.br/gehl-people-design-urbano-para-aumentar-qualidade-de-vida/#respond Fri, 13 Apr 2018 14:24:50 +0000 https://wikihaus.com.br/?p=50785 “Por que os arquitetos não se preocupam com as pessoas?”. Essa pergunta foi a semente para o arquiteto dinamarquês Jan Gehl mudar a sua perspectiva e deixar para trás o status quo de sua profissão na época. A partir daí, parou de focar no estilo e começou a pensar nas pessoas. Hoje, é um guru […]

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“Por que os arquitetos não se preocupam com as pessoas?”. Essa pergunta foi a semente para o arquiteto dinamarquês Jan Gehl mudar a sua perspectiva e deixar para trás o status quo de sua profissão na época. A partir daí, parou de focar no estilo e começou a pensar nas pessoas. Hoje, é um guru mundial do planejamento urbano.

 

A autora da seminal pergunta, feita no início da década de 1960, foi sua esposa Ingrid, uma psicóloga do desenvolvimento. Sem a provocação vinda de uma cabeça com formação distinta da sua, provavelmente a história de Gehl seria outra. Colher insights de outras áreas do conhecimento é um dos pilares do trabalho da Gehl People.

 

Assim são chamadas as equipes da Gehl Architects, fundada em 2000 em Copenhagen por Jan e sua aluna Helle Søholt. A empresa surgiu para colocar em prática na capital da Dinamarca as quatro décadas de pesquisa extensiva de Gehl. Após crescer e se internacionalizar, a organização hoje ajuda a melhorar a vida das pessoas em cidades do mundo todo.

 

Como atua a Gehl People

Em cada trabalho da Gehl People, o objetivo é sempre pensar em Cidades para Pessoas, que é o título do livro lançado em 2010 por Jan Gehl, já considerado um clássico do urbanismo. O trabalho é feito no sentido de criar um relacionamento benéfico entre as pessoas e o ambiente em que elas vivem, gerando qualidade de vida.

 

O conceito é transformado em projetos por uma equipe talentosa, dinâmica e internacional, com pessoas de diferentes origens. O segredo é uma abordagem aberta, otimista, curiosa e colaborativa, que passa por um viés não apenas da arquitetura, mas também das ciências sociais.

 

Como cientistas sociais, os membros da Gehl People observam como as pessoas utilizam o entorno onde vivem e como esse lugar impacta na sua qualidade e modo de vida. É investigado onde as pessoas andam, passam tempo e em que atividades se engajam. Dia e noite, durante a semana e também em sábado e domingo.

 

Como arquitetos, preocupam-se com a forma do ambiente construído e em atender às necessidades das pessoas. O trabalho sempre segue o princípio da cocriação, e as soluções obtidas para construir cidades para pessoas são encontradas justamente na intersecção entre a vida e a forma.

São Paulo para pessoas

As equipes da Gehl Architects desenvolvendo projetos de design urbano para prefeitos, ONGs e organizações públicas e privadas diversas. No Brasil, já prestaram serviços para um condomínio em Brasília e planejaram o espaço público de Pedra Branca (empreendimento de Palhoça, em Santa Catarina).

 

Além disso, os arquitetos da Gehl People fizeram trabalhos para a São Paulo Urbanismo, empresa pública do município de São Paulo. Em 2013, a equipe entregou uma série de projetos piloto para a maior cidade do Brasil, e dois deles foram implementados com sucesso.

Largo São Francisco

Um deles foi transformar um local público inutilizado em um espaço vibrante: o largo São Francisco. Além de estar no centro da cidade, onde naturalmente há um grande volume de pessoas circulando, no outro lado da rua fica a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

 

O largo, no entanto, não era um local convidativo, e os pedestres não se sentiam seguros em atravessar a rua. O projeto transformou uma área cercada em deck com espaço para descansar, guarda-sol, bicicletário, WiFi gratuito e banheiro público.

 

A sinalização de trânsito mudou, e foi pintada uma vistosa faixa de pedestres para facilitar a travessia. Hoje, a área tem 122% mais gente a ocupando. Se considerarmos apenas horário de pico, almoço e à noite, o volume de pessoas que transitam no local é 237% maior.

Largo do Paissandu

Outro projeto piloto que se tornou realidade foram as mudanças realizadas no Largo do Paissandu, também no centro, onde fica a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Antes, pedestres andavam apenas nos limites do largo, onde estão as paradas de ônibus. Com a instalação de bancos e decks de madeira, a área de dentro do largo também passou a ser frequentada.

Nova York, Estados Unidos

Departamento de Transporte de Nova York tinha como objetivo reduzir o trânsito e aumentar o número de ciclistas e pedestres. Na famosa Times Square, Gehl People descobriu que 89% do espaço era destinado às ruas e apenas 11% às pessoas fora de veículos.

 

Os estudos motivaram a transformação de vários espaços ao longo da Avenida Broadway, a partir de um design centrado nas pessoas, tornando caminhar e andar de bicicleta muito mais agradável.

Chongqing, China

Na China, vizinhanças que antes priorizavam as pessoas se transformaram, desde a década de 60, em vias para veículos automotores. Isso em um país em que a grande maioria da população não possui carro.

 

Com seus estudos na cidade de Chongqing, o objetivo da Gehl People, em colaboração com órgãos chineses de sustentabilidade, foi focar nos links entre desenvolvimento urbano, espaço público, transporte público e sustentabilidade.

Istambul, Turquia

Os turcos também procuraram Gehl para tornar a sua mais importante cidade um lugar melhor para se viver e trabalhar. Os arquitetos descobriram que, na comparação com outras cidades, a península histórica de Istambul não oferece muito espaço público. As estratégias propostas já começaram a ser implementadas, com a “pedestrização” de mais de 200 ruas.

Para conhecer outros cases de projetos da Gehl People para construir cidades para pessoas, acesse o site da empresa. O que você achou da história e dos conceitos de Jan Gehl? Se gostou, compartilhe o conteúdo nas redes sociais. Ficou com alguma dúvida? Deixe um comentário abaixo.

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