O fim dos engarrafamentos: as possíveis soluções

O fim dos engarrafamentos: as possíveis soluções

Quase impossível encontrar alguém em Porto Alegre que nunca tenha se incomodado ou reclamado do trânsito não é?

 

Vivemos sendo atrapalhados pelo trânsito intenso das ruas e essa não é uma reclamação só daqui. Quase todas as capitais do Brasil sofrem com o mesmo problema: engarrafamentos.

 

Essa questão vem atrapalhando aqueles que buscam qualidade de vida em uma cidade grande. Mas, a impressão é que com o passar do tempo o trânsito só piora.

 

A boa notícia é: existem soluções possíveis para amenizar este problema.

 

Algumas medidas já foram pensadas e até mesmo projetadas por arquitetos urbanistas, designers e engenheiros. O grande empecilho é o investimento que deveria ser realizado para tirar essas ideias do papel.

 

Veja agora quais as soluções possíveis para o fim dos engarrafamentos na cidade:

 

Diminuir a velocidade máxima permitida

Esta solução pode soar um tanto quanto absurda a primeira “lida” certo? Acredite, segundo diversos estudos sobre os impactos da redução da velocidade dos automóveis, um dos efeitos positivos é a redução da formação de gargalos.

 

A explicação por trás disso é bem simples. Imagine uma via com muitas pistas onde todos conseguem trafegar em alta velocidade, o trânsito é fluido e de repente esta via termina e se transforma em apenas duas pistas. Todos os carros que trafegavam pela via expressa em alta velocidade chegam ao mesmo tempo. Assim se forma um gargalo que em poucas horas vira um engarrafamento.

 

É literalmente um efeito em onda que pode ser comprovado. Este vídeo mostra uma via expressa na China com 50 pistas e em um determinado ponto a via diminui para 20 pistas.

 

 

Ao reduzir o limite de velocidade da via, há uma melhor distribuição dos carros ao longo da via. Diminuindo a velocidade não haverá tantos carros chegando simultaneamente nos pontos de gargalo. Faz sentido não faz?

 

Estacionamentos inteligentes

A falta de locais adequados para estacionar leva os motoristas a reduzirem a velocidade na busca por vagas para deixarem seus carros. Além da redução da velocidade, a falta de vagas apropriadas faz com que muitos parem em locais proibidos. Analisando esta situação, cidades como Pisa, na Itália, espalhou sensores pelas suas ruas. Estes sensores detectam vagas disponíveis e transmitem esta informação para o smartphone ou gps dos motoristas, além de mostrar também em painéis de direcionamento de tráfego pela cidade.

 

Os estacionamentos inteligentes são uma solução possível graças a internet das coisas, e podem ser facilmente implementados nos grandes centros e locais de maior fluxo. A internet das coisas vem se mostrando um grande investimento para o futuro que promete otimizar o funcionamento das ruas e a mobilidade urbana através de soluções como esta.

 

 

Inibir o uso de automóveis

A inibição do uso de automóveis pode ser praticada por diversas maneiras. Todas elas já provaram ser muito eficientes em incentivar as pessoas a não usarem um carro para se locomover ou até não comprar um segundo carro para a família.

 

Dentre as medidas para inibir o uso de automóveis está o famoso rodízio, implementado há 6 anos em São Paulo e que tira das vias cerca de 700.000 carros por dia.

 

Realizar promoções em corridas de Uber e táxi e desconto em passagens de transporte público também estão entre as medidas para incentivar as pessoas a não utilizarem um carro individual para se locomover.

 

Cidades como Nova Iorque já estão ousando mais nas medidas para inibir o uso de carro. Praticamente não existem mais ofertas de estacionamentos nas principais vias públicas da cidade. Alguns imóveis novos já estão sendo construídos até sem vagas de estacionamento, para que os moradores não tenham onde deixar seu veículo estacionado com facilidade. O jeito é não ter um carro.

 

Com menos carros na rua, a cidade fica definitivamente menos congestionada e isso é indiscutível.

 

 

Mais caronas e compartilhamento

 

Todos sabemos que a qualidade do transporte público brasileiro não estimula ninguém a se locomover. Rotas mal estruturadas, infraestrutura ruim, entre outras características fazem as pessoas buscarem um carro próprio.

 

Esperar pela melhora do transporte público não é uma opção. Não que isso não possa acontecer um dia, mas de fato não acontecerá a curto prazo. Por isso a solução é compartilhar! Hoje já existem grupos no facebook e até whatsapp que oferecem carona, uma rede de amigos que compartilham da mesma rota. Aplicativos como o próprio BlaBlaCar, oferecem a possibilidade de compartilhar viagens com outra pessoa que deseja ir para o mesmo destino que você.

 

 

Um carro pode levar pelo menos 5 pessoas, mas as pessoas utilizam apenas para uma pessoa se locomover. A cultura da carona e do compartilhamento de automóvel é uma excelente solução para os engarrafamentos nas cidades grandes. Se você tem um carro, comece oferecendo carona para conhecidos quando for sair de casa. Além de ajudar alguém e contribuir para um trânsito melhor, você ainda pode combinar algum tipo de divisão de custos com os caroneiros.

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