Vídeos, cursos, tutoriais. Já reparou o quanto a internet está repleta de conteúdos que ensinam a construir, consertar, modificar e fabricar? As novas tecnologias têm estimulado muito o fazer com as próprias mãos, de forma conjunta e colaborativa. Afinal, como a própria economia criativa propõe, não basta fazer: é preciso compartilhar.
Disseminar experiências e conhecimentos, como forma de encontrar soluções e conectar pessoas, é uma das premissas do movimento Maker. Nascida como uma extensão da corrente Faça Você Mesmo (Do It Yourself – DIY), essa tendência quer que você vá além do consumo e assuma a frente de produção, considerando a noção de comunidade e vínculo com as pessoas e com o mundo.
Nesse post, vamos falar um pouco mais sobre esse movimento e sobre como você pode começar hoje mesmo. Porto Alegre já faz parte desse cenário e os espaços Makers já estão invadindo a capital gaúcha, tudo em prol da construção conjunta de ideias. Quer ver? Então, prepare sua imaginação para colocar a mão na massa!
A origem de tudo está na década de 1970, com o advento da computação pessoal, mas sempre esteve presente de alguma forma na vida do ser humano. Ser maker é, literalmente, ser fazedor, dar vida a grandes ideias e à resolução de problemas. É brincar de ser criador, é impulsionar a invenção, é dar vasão a coisas inovadoras.
Foi a partir do surgimento da revista Make (em janeiro de 2005) e do lançamento da grande feira Maker Faire, proposta pela publicação, que o movimento Maker começou a ganhar adeptos ao redor do mundo. O lançamento de impressoras 3D autoreplicáveis, que permitiam a criação de protótipos a baixo custo e por qualquer pessoa, também ajudou a impulsionar a tendência – principalmente a partir do modelo RepRap, lançado por Adrian Bowyer no início da década de 2000.
Mas, muito além da cultura do “fazer” estão valores que sustentam a corrente Maker. Eles estão esclarecidos no The Maker Movement Manifesto, publicado por Mark Hatch em 2013, considerado a Bíblia Maker. São nove os pilares que fortalecem o movimento:
No Brasil, esse movimento tem ganho muita força nos últimos anos. A principal forma de disseminação da cultura está baseada no surgimento de espaços para a produção artesanal pelo país – laboratórios, garagens ou ateliês compartilhados que dispõem de ferramentas para que interessados possam criar e que estimulam a troca de saberes. Esses são os Makerspaces ou Fab Labs.
Independentes ou atrelados a instituições, são diversas opções de Makerspaces na capital gaúcha. Esses espaços de produção estão baseados nas premissas da cultura Maker e vão muito além da disponibilização de ferramentas para a fabricação de qualquer coisa que se possa imaginar: querem propor ambientes onde é possível dividir conhecimentos, ajudar a construir, compartilhar experiências de produção e compreender como uma criação pode interferir totalmente na sociedade que se vive.
Vinculada à rede mundial de Fab Lab, iniciada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a Usina Fab Lab é um espaço maker aberto ao público, onde estudantes, profissionais, inventores, makers, hackers, empresas, curiosos, artistas e especialistas podem adquirir conhecimento, trocar experiências e utilizar equipamentos para tornar realidade seus projetos, sempre respeitando o Fab Charter (carta de princípios dos Fab Labs pelo mundo). Lá você pode encontrar bancadas de trabalho com inúmeros instrumentos como impressora 3D, impressora de corte vinil e diversas outras ferramentas eletrônicas. No local, também são oferecidas oficinas, como modelagem e impressão 3D e Arduíno.
Mais informações
Rua Casemiro de Abreu, 570 – Bairro Boa Vista – Porto Alegre
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O Fabrique Maker Space gosta de se definir como uma escola não tradicional. E tem razão: trata-se de uma mistura de estúdio de design com marcenaria, onde é possível construir diferentes experiências práticas de aprendizagem. No espaço estão disponíveis diversas ferramentas que auxiliam na criação de produtos e protótipos. Além das diversas ideias compartilhadas, o Fabrique oferece oficinas para diferentes segmentos de criação, como tornearia, carriola, introdução à mercearia, hortas urbanas, luminárias e painéis ilustrados. Além do público em geral, o local está aberto a empresas, universidades e profissionais de áreas diversas que queiram desenvolver workshops e outras atividades.
Mais informações
Av. Polônia, 1073 – Bairro São Geraldo – Porto Alegre
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Também baseado nas premissas dos Fab Labs, o POALAB é um laboratório de fabricação digital, que permite a prototipagem rápida de projetos com foco em aprendizagem, inovação e invenção. Além de ajudar a fomentar o empreendedorismo local, a intenção do espaço é reunir a comunidade em torno de iniciativas de jogo, criação e orientação. No local, estão disponíveis impressoras 3D, cortadora a laser, plotters de impressão e recorte, fresadora, extrusora e bancada eletrônica com diversos equipamentos. O POALAB faz parte de um programa de extensão no IFRS Campus Porto Alegre.
Mais informações
Av. Cel Vicente, 281 – Bairro Centro – Porto Alegre
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Outro local conectado à rede de Fab Labs pelo mundo é o Fab Lab Unisinos, espaço maker mantido pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Campus Porto Alegre. O local foi concebido para o desenvolvimento de produtos, concebidos conjuntamente com empresas, startups, profissionais autônomos e makers. Além de estar disponível para alunos da universidade, profissionais da comunidade também podem aproveitar os equipamentos, desde que façam um curso de capacitação. No local, estão disponíveis máquinas manuais, de prototipagem rápida, máquina de corte e gravação a laser, vacuum forming, scanner 3D, biblioteca de materiais e componentes eletrônicos (arduinos, lilypads, sensores, etc).
Mais informações
Avenida Luiz Manoel Gonzaga, 744 – Bairro Três Figueiras – Porto Alegre
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E então, está esperando o que para colocar suas ideias em prática agora mesmo? Compartilhe esse conteúdo com seus amigos e faça parte da comunidade Maker você também! Vamos construir juntos? 🛠
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