Financiamento ou consórcio imobiliário? Não fique na dúvida, entenda as diferenças

Se você está pensando em investir no mercado imobiliário, já deve ter se pego diante da seguinte pergunta: “financiamento ou consórcio imobiliário?”. Bem, em primeiro lugar, é importante entender as diferenças que existem entre esses dois produtos.

 

Em seguida, é fundamental avaliar como as características de cada um deles podem ser úteis para os objetivos do comprador. Portanto, leia com atenção este artigo e reflita sobre o que você espera desse investimento. Vamos lá?!

 

Entenda cada um dos produtos

  • Financiamento imobiliário

De um modo resumido, podemos definir o financiamento como um empréstimo financeiro. Nele, o cliente paga juros ao banco pelo capital emprestado. Por isso, ao amortizar a dívida, o impacto dos juros pode cair — tornando o negócio mais barato. No Brasil, o cálculo dos juros é feito de duas maneiras: seguindo a tabela Price ou a SAC. Na primeira, o valor das mensalidades será o mesmo até o fim do negócio. Na segunda, os primeiros pagamentos são mais caros do que os últimos.

 

A principal vantagem do financiamento é a rapidez do processo de compra. Feita a análise de crédito, o banco libera o capital e o comprador já pode se mudar — caso esteja comprando um imóvel pronto.

 

  • Consórcio

O consórcio é um modelo de compra no qual diversas pessoas unem seu dinheiro para adquirirem, juntas, um bem. O capital é dirigido por uma empresa que administrará o consórcio. Nesse caso, não há cobrança de juros, mas de taxas — essa é a principal vantagem dessa modalidade de compra.

 

Além disso, o consórcio também é recomendado para as pessoas que não têm pressa para se mudarem, incluindo investidores imobiliários. Por último, temos como vantagem o fato da venda desse imóvel ter grandes chances de trazer boa margem de lucro ao vendedor, uma vez que ele adquiriu a propriedade por um custo mais baixo do que outras modalidades, como a compra à vista e o financiamento.

 

Estabeleça um comparativo

  • Prazo para se mudar

Cada pessoa tem uma realidade financeira diferente. Por isso, é importante que ela contextualize as características do consórcio diante da sua realidade financeira.

 

Uma dessas realidades é o tempo que você dispõe para se mudar para a sua casa nova. Se você tiver pouco tempo, o financiamento é a melhor opção. Agora, se você puder aguardar para se mudar, o consórcio e, até mesmo, o financiamento de um imóvel na planta podem ser saídas mais baratas.

 

O consórcio se torna ainda mais vantajoso se o comprador tem uma reserva para poder dar lances nas cartas de crédito — e, com isso, ter acesso ao imóvel antes de terminar de quitar o negócio.

 

Para aqueles que estão contando apenas com a possibilidade de serem sorteados, o consórcio pode não ser tão interessante, pois o indivíduo terá que arcar com a mensalidade do serviço e com o aluguel que ainda pagará para morar.

 

  • Impacto dos juros

O grande argumento das empresas de consórcios é a isenção de juros. No lugar deles, essas empresas cobram taxas de reajuste, com o objetivo de fazer com que o capital dos investidores ainda seja capaz de comprar o imóvel no momento da contemplação.

 

Acontece que o ideal não é comparar os juros de um financiamento imobiliário com a taxa dos consórcios. No lugar disso, o comprador deve verificar o Custo Efetivo Total (CET) desses negócios.

 

O CET engloba todos os valores que comporão as mensalidades (seguros, taxas, multas etc.). Quanto maior o CET de um negócio, mais caro ele é para o consumidor.

 

  • Uso do FGTS

Se você tem saldo no FGTS, o financiamento pode ser vantajoso, já que é possível usar esse capital para dar de entrada, amortizar a dívida ou pagar mensalidades atrasadas — desde que você esteja financiando pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o imóvel custe até R$ 1,5 milhão. Ademais, o imóvel precisa estar na cidade em que o comprador trabalha — e ser o primeiro imóvel dele naquele município.

 

Pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), outra modalidade de financiamento, não é possível usar o saldo do FGTS. Essa tipo de financiamento costuma ser mais caro do que os regulados pelo SFH e do que o consórcio. Normalmente, ele é usado por investidores e empresários.

 

Agora que você entendeu as principais diferenças entre financiamento ou consórcio imobiliário, deve ter ficado mais simples descobrir qual das opções é a mais recomendada para o seu objetivo, certo?

 

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