Arquivos Smart Cities - Wikihaus / Uma incorporadora baseada na colaboração Mon, 26 Jun 2017 13:00:25 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://wikihaus.com.br/2020/wp-content/uploads/2024/05/cropped-favicon-wiki-32x32.png Arquivos Smart Cities - Wikihaus / 32 32 Transition Towns: resiliência em busca de cidades mais sustentáveis https://wikihaus.com.br/transition-towns-resiliencia-em-busca-de-cidades-mais-sustentaveis/ https://wikihaus.com.br/transition-towns-resiliencia-em-busca-de-cidades-mais-sustentaveis/#respond Mon, 26 Jun 2017 13:00:25 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=47905 O que você faz pela sua comunidade? O que você poderia mudar na rotina do seu bairro? Quais atitudes suas […]

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O que você faz pela sua comunidade? O que você poderia mudar na rotina do seu bairro? Quais atitudes suas poderiam tornar a vida em sociedade mais agradável, saudável e sustentável?

 

Se essas perguntas já rondaram a sua mente e, mesmo assim, você não sabe por onde começar, vamos apresentar um caminho. Um caminho não tão novo, mas com muito potencial e ótimos exemplos aplicados. Um caminho transformador, transmutável e transitável. Um caminho real! Vamos explorar as Transition Towns – ou, cidades em transição.

 

Cidades em transição: o movimento

Em 2004, o professor e entusiasta da permacultura Rob Hopkins cunhou o conceito de Transition Towns, em uma abordagem radical: criar sociedades totalmente independentes de combustíveis fósseis. Conhecido por muitos como o gigante gentil do movimento verde, Rob propôs reflexão complexa sobre as mudanças climáticas e estruturou o que seria o modelo de ideal de cidade.

 

A partir de uma vivência prática, na cidade de Totnes, na Inglaterra (falaremos dela mais adiante), o inglês passou a promover debates e lançou a versão piloto de uma cidade plenamente sustentável. É claro que sua ideia ganhou o mundo!

 

Os 12 passos para a transformação

Por meio de suas experiências práticas, Rob elencou o que seriam os 12 conceitos básicos que considera como iniciativas de transição. A partir dessas dicas, cada cidade possa adaptar ações ao seu cenário, abrindo os olhos para questões reais e cotidianas. São elas:

 

  1. Formar um grupo com direcionamento de transição;
  2. Desenvolver a consciência coletiva da comunidade;
  3. Estabelecer as bases das iniciativas de transição;
  4. Organizar um evento oficial de lançamento da ideia;
  5. Formar grupos de trabalho em temas específicos;
  6. Facilitar o envolvimento de toda a comunidade;
  7. Desenvolver materiais tangíveis de transição;
  8. Facilitar a requalificação de habilidades locais;
  9. Construir uma ponte entre a comunidade e o governo;
  10. Honrar os anciãos da comunidade e seguir seus conselhos;
  11. Manter sempre a flexibilidade e a resistência à mudanças;
  12. Criar um plano de ação de economia energética.

 

Esses passos devem estar baseados nos três R’s que guiam o conceito das cidades em transição: a Relocalização, a Regeneração e a Resiliência. Essa última tem papel essencial na constituição de uma Transition Town: é a capacidade de suportar o choque do lado de fora e seguir firme em seus ideais, acreditando nos pequenos resultados. Um desafio e tanto no mundo em que vivemos, certo?

 

Nessa conferência TED com Rob Hopkins, você pode conhecer ainda mais o conceito das cidades em transição.

 

Benefícios práticos das Transition Towns

Justamente motivados pela resiliência, os agentes das mudanças de transição tomam uma visão realista, mas positiva do que vem pela frente. Diante de previsões apocalípticas para os próximos anos, acreditam fortemente que a ação transformadora de comunidades e o trabalho árduo podem mudar muito as estatísticas.

 

transitions-towns_beneficios

 

São muitas as vantagens de implantar o modelo de transição, mas podemos destacar quatro delas:

 

  • Equilíbrio das mudanças climáticas: o movimento acredita na diminuição do aumento da temperatura global para índices menores que 2ºC. Isso está diretamente ligado a mudança de nossos hábitos de consumo, lembra?
  •  

  • Independência do petróleo: o movimento crê que a proatividade de cada um de nós é capaz gerar soluções energéticas que impactem nossas vidas de maneira mais positiva. É preciso aumentar nossa resiliência para lidar com imprevistos energéticos no futuro.
  •  

  • Extinção da economia distorcida: o movimento luta pela promoção do consumo local, a fim de fortalecer economicamente as comunidade. Acredita que a mudança está em nossas mãos, precisamos agir por nós mesmos.
  •  

  • Fim do mito da expansão infinita: o movimento acredita que o global é um reflexo do local, por isso, ao liberar o gênio coletivo da comunidade, é possível desenhar novas formas de viver (com mais futuro!). Colaboração é tudo, não é mesmo?

 

Transition Towns Network: transformação em rede

“Um movimento de comunidades unidas para reimaginar e reconstruir o mundo”. É assim que a Transition Towns Network denomina seu trabalho. E, se esse objetivo parece utópico ou ousado, saiba que mais 1400 comunidades, em mais de 50 países, já estão colocando a mão na massa para fazer acontecer.

 

Recuperar a economia, incentivar o empreendedorismo, repensar os modelos de trabalho e tecer conexões fortes são apenas alguns dos resultados já alcançados, tanto em espaços pequenos como escolas e vilas, quanto em grandes bairros e cidades inteiras. Este, aliás, é o caso da pioneira Totnes.

 

Transition Town Totnes (TTT)

A cidade do futuro. Não há melhor maneira de definir o primeiro município realmente em transição. Como citado anteriormente, Totnes, localizada na região sul da Inglaterra, foi cenário para Rob Hopkins aplicar todos os conceitos originários das Transition Towns.

 

Rob mudou-se com a família para a região em 2005 e detectou algo importante: a alta dependência de combustíveis fósseis. A partir desse cenário criou diretrizes de mudança e estipulou um objetivo: até 2030, a cidade deve utilizar apenas recursos renováveis, deve ter seus hábitos de consumos voltados somente para o local e deve instituir a educação das novas gerações como peça-chave.

 

Os resultados já podem ser notados e a prática deu tão certo que serve de inspiração para muitos outros lugares. Inclusive, a criação de um artefato para estimular a economia local, a Libra de Totnes (dinheiro fictício), é levado como exemplo a ser aplicado em comunidades que precisam movimentar a produção interna – e, claro, diminuir o consumo de energia e transportes.

transitions-towns_libra-totnes

 

Histórias de transição próximas a você

Se você pensa que iniciativas como a de Totnes só acontecem em países da Europa, está muito enganado! Elas podem estar muito mais perto do que você imagina. Quer acompanhar locais onde a transição já está a pleno vapor? A Rede IberoAmericana de treinadores e articuladores da Transition Towns mapeou iniciativas de transformação em toda a América Latina. Vale a pena conferir e pesquisar sobre cada uma delas!

 

transitions-towns_mapa

Clique aqui para ver o mapa interativo

Brasil: iniciativas de transformação

E, sim, você pode ver alguns pontinhos coloridos sobre nosso país. Isso porque a iniciativa das cidades em transição também já aterrisou em terras brasileiras e, desde 2009, vem transformando a realidade de alguns bairros e comunidades, principalmente na região sudeste.

 

O caso de maior destaque é o do bairro de Brasilândia, em São Paulo, composto por mais de 100 favelas. Desde 2010, a produção de hortas e panificadoras comunitárias, cursos de arte, feiras de troca, mutirões de limpeza vêm incentivando, desde então, a conservação do meio ambiente, a geração de renda, a segurança alimentar e a economia solidária. Um exemplo superlegal de seguir!

Para saber mais

Se, assim como nós da Wikihaus, você também ficou motivado pela iniciativa das cidades em transição, siga as dicas abaixo para embarcar em uma pesquisa mais aprofundada sobre o tema.

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Tecnologias emergentes que prometem mudar o mundo https://wikihaus.com.br/tecnologias-emergentes-que-prometem-mudar-o-mundo/ https://wikihaus.com.br/tecnologias-emergentes-que-prometem-mudar-o-mundo/#respond Mon, 24 Apr 2017 21:08:00 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=47205 O mundo está em constante e rápida transformação. A cada ano que passa diversos avanços são feitos e novas tecnologias […]

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O mundo está em constante e rápida transformação. A cada ano que passa diversos avanços são feitos e novas tecnologias surgem, capazes de tornar as nossas vidas melhores e mudar o mundo em que vivemos.

 

Já imaginou como será o futuro do planeta e o que podemos esperar? Se já tivemos até então inúmeras mudanças significativas, é de se pensar que daqui a dez, vinte ou cinquenta anos muitas inovações surgirão ao redor do mundo.

 

Diante desse rápido cenário de mudanças, já podemos encontrar diversas previsões feitas sobre esse iminente futuro. Com os avanços tecnológicos, é possível que algumas conjecturas possam ser feitas, a partir de tecnologias emergentes que prometem mudar o mundo.

 

Quer conhecer algumas delas? Então confira 6 destas tecnologias emergentes que elencamos a seguir!

 

A ascensão da energia solar

A energia solar é uma tecnologia desenvolvida há alguns anos e adotada já por diversos países, inclusive no Brasil. Hoje, o uso de painéis solares nas cidades ainda não se tornou uma prática popular. Mas, o que se espera é que muito em breve esta tecnologia seja capaz de gerar cerca de 30% da energia total do mundo. Se a previsão se concretizar, a energia solar, uma das fontes de eletricidade mais limpas e inteligentes, evitará que seis bilhões de toneladas de dióxido de carbono sejam emitidos a cada ano.

 

energia-solar

 

A comunicação universal dos tradutores de voz

Imagine se pudéssemos viajar para países diferentes e nos comunicar com todas as pessoas sem mesmo saber falar o idioma delas? Graças a tecnologia, as diferenças linguísticas não serão mais uma barreira! Em um futuro não tão distante, os tradutores automáticos de voz serão uma realidade. Assim, a tecnologia emergente permitirá que traduções sejam feitas simultaneamente conforme as pessoas vão conversando no idioma estrangeiro.

 

Uma empresa japonesa já desenvolveu um dispositivo, que possibilita traduzir o que é falado em inglês, japonês ou chinês em tempo real. O esperado é que em um futuro próximo tecnologias desse tipo permitam uma maior comunicação mundial entre todos.

 

tradutores-voz-automatico

 

A popularização dos carros autônomos

A difusão de carros que não precisam de motoristas é uma tecnologia que vai aumentar ao redor do mundo nos próximos anos. Além de modificar a experiência de locomoção, os carros autônomos vão impactar no planejamento do trânsito nas cidades. O futuro é tão promissor que diversas montadoras estão correndo para ver quem lança o primeiro carro autônomo. Atualmente, empresas como Google e Tesla já possuem a tecnologia para que o carro dirija automaticamente sem a intervenção de um motorista, ainda em testes.

 

carros-autonomos

 

As impressoras 3D na construção civil

A demanda por impressoras 3D tem crescido muito desde o seu lançamento e ganhando cada vez mais novas aplicações. Utilizar essa tecnologia na construção civil para construir casas e prédios já é uma realidade em alguns países. A tendência é que isso se torne algo mais comum nos próximos anos. Hoje, já existem impressoras capazes de “imprimir” estruturas de concreto de 230 m² em menos de 24 horas. Na China, uma construtora utilizou a tecnologia para montar casas em uma combinação de cimento e fibra de vidro, custando a metade do preço.

 

impressora-3d-construcao-civil

 

A tecnologia dos drones inteligentes

Os drones são amplamente utilizados hoje para diversas tarefas. No entanto, essa tecnologia ainda requer uma vigilância aérea a partir do manuseio de pilotos humanos. O próximo passo é que os drones sejam desenvolvidos para que voem por conta própria, permitindo uma série de novos usos. Isso possibilitará que estes robôs assumam outras tarefas, como a manutenção de redes elétricas, ou a entrega de medicamentos urgentes mais rapidamente.

 

drones-inteligentes

 

Os plásticos thermoset recicláveis

A maioria dos plásticos podem ser reciclado, mas nem todos são, como no caso dos thermoset. Por sua maior durabilidade, esse tipo de plástico é bastante utilizado em produtos como em celulares e computadores. Porém, nos últimos anos, houve avanços significativos nesta área, com a descoberta de uma nova categoria reciclável de plásticos thermoset. Isso garante sua reutilização na fabricação de novos produtos e mantendo as suas mesmas características. Dessa forma, os plásticos thermoset recicláveis podem se tornar uma realidade muito em breve, gerando grande redução no lixo descartado.

 

plastico-thermoset-reciclavel

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Conheça as 5 cidades mais inovadoras do planeta https://wikihaus.com.br/conheca-as-5-cidades-mais-inovadoras-do-planeta/ https://wikihaus.com.br/conheca-as-5-cidades-mais-inovadoras-do-planeta/#respond Mon, 10 Apr 2017 21:22:24 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=47130 A agência de consultoria 2thinknow, voltada a desenvolver modelos para medir cidades inovadoras, divulgou sua lista anual com as metrópoles […]

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A agência de consultoria 2thinknow, voltada a desenvolver modelos para medir cidades inovadoras, divulgou sua lista anual com as metrópoles mais inovadoras do mundo. A pesquisa avaliou as cidades que têm a capacidade de gerar produtos, processo e serviços através de economia urbana.

 

São cidades modelo que contam com infraestrutura de qualidade e que são autossuficientes, além de contar com projetos que estimulam a cultura, educação e saúde.

 

Confira aí!

 

5º – Boston

Capital de Massachusetts, Boston é modelo de inovação para o mundo inteiro. A cidade, que já foi a primeira do ranking em 2011, possui diversos atributos para estar tão bem ranqueada. São diversos museus, teatros, galerias de arte, além de contar com as três maiores bibliotecas do mundo e as renomadas universidades de Harvard e o MIT. Uma cidade rica em conhecimento e cultura para pessoas que buscam viver com qualidade e conhecimento.

 

 

4º – São Francisco

A cidade está localizada próxima da região mais rica dos Estados Unidos, o Vale do Silício. É lá que gigantes da tecnologia como Apple, Facebook, Google e outras estão sediadas. Além disso, São Francisco foi eleita a cidade mais verde dos EUA pela pesquisa “U.S and Canada Green City Index”, da Economist Intelligence Unit. Também é reconhecida no mundo inteiro por suas iniciativas ecologicamente corretas.

 

 

É uma cidade que alinha desenvolvimento à sustentabilidade. Para construir um prédio, por exemplo, as construtoras devem seguir normas de construção e fazer um projeto que esteja de acordo com as leis de zoneamento. A ideia proposta pela prefeitura é de estimular o desenvolvimento de projetos sustentáveis e criar áreas verdes como forma de compensar pela construção de mais prédios. Outro destaque é que a cidade de São Francisco foi a primeira a determinar a compostagem e reciclagem de lixo para residências, estabelecimentos alimentares e eventos.

 

3º – Tóquio

É difícil pensar em Tóquio e não falar de tecnologia e inovação. A capital japonesa é uma cidade de contrastes. Passado e futuro vivem lado a lado, tanto no que diz à cultura quanto à arquitetura. Exemplo disso é o Mode Gakuen Cocoon Tower, um dos mais altos da cidade, com 204 metros de altura. O prédio conta com três instituições educacionais: Tokyo Mode Gakuen (escola de moda), HAL Tokyo (tecnologia especial e faculdade de design) e Shuto Ikõ (faculdade de medicina).

 

 

Com forte estímulo do governo para a tecnologia e inovação, os japoneses têm cada vez mais se dedicado nesta área, além de alinhar seus projetos com a causa da sustentabilidade.

 

2º – Nova Iorque

Nova Iorque vive um novo “boom” de construção imobiliária e está cheia de projetos inovadores. No entanto, as construtoras devem respeitar leis de zoneamento que garantem que sejam entregues à cidade áreas verdes conforme o tamanho do prédio e o local onde será construído. É o caso do Hudson Yards, um novo bairro planejado construído na 11ª avenida no Midtown West, em Manhattan. Lá serão construídos diversos prédios e parques. Exemplos como esse mostram como a prefeitura e empresas estão alinhadas com o pensamento sustentável.

 

 

Mas, não é só isso. Nova Iorque é a cidade mais populosa dos EUA e uma das mais multiculturais do mundo!

 

1º – Londres

Líder do ranking, a metrópole é um dos maiores centros culturais e econômicos do mundo e conta com diversos empreendimentos atraindo grandes oportunidades e capital humano. A cidade possui um projeto proposto pela prefeitura, a Greater London Authority (GLA). O objetivo é tornar Londres uma cidade mais sustentável e inteligente, que alinhe tecnologia e recursos eficientes. A prefeitura tem investido cada vez mais em empregos, recursos e pesquisa, tecnologia, dados abertos, envolvimento da sociedade e experiências e desenvolvimento urbano inteligente.

 

 

Se você está se perguntando “será que o Brasil está nesta lista”. Bem, sim! São Paulo é o primeiro da lista brasileira, mas ocupa apenas a 76ª posição no ranking geral. Isso mostra o longo caminho que temos a percorrer para chegar nas primeiras posições.

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Cidade biofílica: integrando a natureza ao planejamento urbano https://wikihaus.com.br/cidade-biofilica-integrando-natureza-ao-planejamento-urbano/ https://wikihaus.com.br/cidade-biofilica-integrando-natureza-ao-planejamento-urbano/#respond Thu, 22 Dec 2016 20:42:49 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=46504 Amor pela vida. Este é o significado literal do termo popularizado em 1984 pelo ecólogo americano Edward O. Wilson: Biofilia. […]

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Amor pela vida. Este é o significado literal do termo popularizado em 1984 pelo ecólogo americano Edward O. Wilson: Biofilia.

 

Philia = amor

 

Bonito, né?

 

Além de bonito, o termo é utilizado por diferentes campos. Foi utilizado inicialmente na área de estudos psicanalíticos, para descrever a atração por tudo que é vivo.

 

Na perspectiva científica, a biofilia é compreendida como a atração pela natureza como um princípio evolutivo. No campo da filosofia o termo também tem um forte significado que reflete sobre a interação da natureza com os seres humanos.

 

Para este texto, vamos cruzar os campos que utilizam o termo para explicar sobre as cidades biofílicas e porque a tendência de integrar a natureza ao cenário urbano é uma orientação forte dentro do planejamento urbano do futuro.

 

O pesquisador estadunidense Timothy Beatley, autor do livro BiophilicCities: Integrating Nature into Urban Design and Planning, foi um dos primeiros estudiosos do assunto a aplicar a biofilia às cidades, ao desenho e planejamento urbanístico. Timothy acredita que mesmo que a biofilia seja uma condição e tendência natural genética do ser humano, existe a necessidade de intensificar e fortalecer o contato com a natureza para que a conexão se perpetue.

 

cidades-biofilicas-integrando-a-natureza-2

 

Basta pararmos para pensar quanto os imóveis que se localizam próximo a parques, praças e praia, são valorizados no mercado. Atributos como:

 

“De frente para o mar”,
“Há 5 minutos do parque da Redenção”,
“Próximo a praça da Encol”,
“A 200 metros da beira da praia”,

 

chamam a atenção de quem procura um imóvel para comprar ou alugar, não é?

 

Por quê?

 

Porque estes são atributos naturais, é natureza em meio a selva de pedra, provando o que a Biofilia expressa, de que os humanos buscam a interação e o contato com o que é natural.

 

Projetos biofílicos no cenário urbano vêm aumentando bastante nos últimos anos, especialmente em grandes cidades, em edifícios que procuram incorporar características naturais como ventilação, luz, vegetação, agricultura e cultivo, entre outros aspectos.

 

Estes esforços têm aparecido mais fortemente em países desenvolvidos, pois a maioria dos centros urbanos de países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos ainda não demonstram preocupação em colocar esta tendência em prática.

 

Timothy Beatley ajudou a criar a rede de Cidades Biofílicas, em um projeto que inclui 8 cidades do mundo. São elas:

 

  • Singapura
  • Vitoria-Gasteiz, Espanha
  • Oslo, Noruega
  • Portland, EUA
  • São Francisco, EUA
  • Birmingham, Inglaterra
  • Nova Iorque, EUA
  • Seattle, EUA

 

Assim como no design, as cidades biofílicas também possuem 7 princípios. As 8 cidades da rede foram planejadas para que seus habitantes desenvolvam atividades e estilo de vida ligados diretamente à natureza, conforme os 7 princípios das cidades biofílicas:

 

1º Princípio: Natureza em abundância localizada próxima a um grande número de habitantes

A ideia é que um grande número de pessoas tenha acesso fácil a grandes áreas naturais. Um exemplo desse primeiro princípio é o Central Park, localizado bem no meio da cidade de Nova Iorque.

 

O projeto biofílico da cidade não se limita ao Central Park,  até 2030 a cidade de Nova Iorque terá um espaço público verde a 10 minutos de caminhada para cada habitante da cidade.

 

cidades-biofilicas-integrando-a-natureza-3

 

2º Princípio: Conexão dos cidadãos com flora e fauna nativas

Valorização das riquezas naturais locais para que as pessoas possam conhecê-las e preservá-las através de programas educacionais. Este segundo princípio sugere principalmente que deve existir um comprometimento dos habitantes com a manutenção e cuidados com as áreas naturais em suas atividades cotidianas em conjunto com o apoio público e privado.

 

3º Princípio: Interligar espaços ao ar livre promovendo e facilitando o uso da população

A ideia é que as pessoas possam usufruir dos espaços naturais com facilidade para que a interação e integração com a natureza seja realizada facilmente, prazerosamente e com frequência.

 

Em Cingapura foram criadas passarelas suspensas com 200 km de caminhos que interligam os seus parques. Desse modo, a população tem acesso facilitado aos parques de diferentes pontos da cidade.

 

Em Oslo, capital da Noruega, dois terços da cidade é reserva florestal e há uma rota bastante abrangente de transporte público para ajudar as pessoas a circularem por estas florestas.

 

cidades-biofilicas-integrando-a-natureza-4

 

4º Princípio: Ambientes multissensoriais

Criação de espaços adaptados que oferecem experiências visuais, sonoras e ou olfativas relacionadas a natureza e biodiversidade local. O intuito é principalmente a interação e entretenimento com o ambiente natural. Em um mundo onde a diversão e o entretenimento estão basicamente ligados à tecnologia digital, esses ambientes multissensoriais não só aproximam as pessoas da natureza como são capazes de promover a ressignificação do entretenimento.

 

5º Princípio: Educação no campo da natureza

Este princípio incentiva a criação de ações comunitárias na busca pela integração das pessoas com a cidade em um estilo de vida mais natural. Caminhadas guiadas em espaços naturais, acampamentos, hortas comunitárias, recuperação de áreas degradadas através de programas de voluntários, entre outras atividades.

 

Two young women girlfriends wearing jeans shorts biking on sidewalk in park on sunny summer day, back view

 

6º Princípio: Investimento em infraestrutura que favoreça a conexão entre cidade e natureza

Criação de espaços para aulas que girem em torno da natureza e execução de design inteligente e sustentável, museus naturais, centros de convivência. Esses são alguns exemplos do 6º princípio das cidades biofílicas. O intuito essencial é fazer as pessoas interagirem de forma mútua com a natureza em todos os momentos do dia a dia, na hora da aula, na hora do lazer e descanso, etc.

 

Vitoria-Gasteiz, a capital do País Basco, na Espanha é muito conhecida por possuir caminhos de anéis verdes nas partes mais densamente urbanizadas da cidade. As pessoas caminham e se deslocam de um ponto a outro da cidade em contato contínuo com a natureza.

 

cidades-biofilicas-integrando-a-natureza-6

 

7º Princípio: Conscientização sobre os impactos de questões ambientais

Este princípio visa o planejamento e implementação de planos de ação que protegem a biodiversidade local. Muitas vezes a população não tem a intenção de prejudicar ou impactar negativamente a natureza em uma cidade. Simplesmente desconhecem o impacto das suas ações diárias para o meio ambiente não sabem o que fazer exatamente para protegê-la e preservá-la. Nas cidades biofílicas existem projetos de conscientização para a população contribuir para a preservação da natureza nos espaços urbanos.

 

Uma cidade biofílica possibilita aos seus habitantes desenvolverem atividades e um estilo de vida que os deixa aprender com a natureza e comprometer-se com seu cuidado. O futuro dos centros urbanos promete voltar às origens e tornar as cidades melhores. Permite que os habitantes se desloquem sem destruir o que é natural e preservem mais as áreas verdes, capazes de oferecer uma melhor qualidade de vida.

 

Integrar o conceito de biofilia ao desenvolvimento das cidades é a melhor solução para o futuro. E somente com um planejamento urbano sustentado nos princípios da cidade biofílica será possível promover esse maior contato com a natureza e a sua integração com a humanidade.

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Smart cities: tecnologia para gerar qualidade de vida https://wikihaus.com.br/smart-cities-tecnologia-para-gerar-qualidade-de-vida/ https://wikihaus.com.br/smart-cities-tecnologia-para-gerar-qualidade-de-vida/#respond Tue, 26 Jul 2016 17:50:32 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=44895 Você já ouviu a recomendação “think global, act local”? A frase, que significa “pense global, aja local”, é bastante utilizada […]

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Você já ouviu a recomendação “think global, act local”? A frase, que significa “pense global, aja local”, é bastante utilizada em vários contextos – na economia, meio ambiente e educação, por exemplo. É também uma síntese perfeita da importância de pensarmos em smart cities como soluções para muitos dos problemas que enfrentamos hoje.
 
A ideia é simples: desenvolver cidades inteligentes, que fazem um melhor uso de seus recursos, respeitando as suas particularidades.

O que são smart cities?

As smart cities, ou cidades inteligentes, são locais em que os serviços públicos e privados são mais eficientes devido ao uso criativo das tecnologias da informação (TIs). Essa característica se traduz em benefícios para seus habitantes, empresas e meio ambiente.
 
Os meios para alcançar o status de cidade inteligente são diversos, desde sistemas elétricos autônomos e transporte público integrado, até informações de big data para embasar a tomada decisões.

Características de uma cidade inteligente

A tecnologia ocupa um papel central na vida de uma smart city. É ela que permite, na maioria dos casos, um uso mais inteligente dos recursos da cidade. E a internet das coisas (IoT) é a tendência do momento, pois permite a instalação de sensores que fornecerão dados de todos os tipos, possibilitando que os gestores públicos baseiem suas ações no que os números mostram.
 
Porém, a maior eficiência na administração pública é apenas um dos fatores que caracterizam uma cidade inteligente. Entenda melhor, abaixo, quais são suas facetas.

Governança

Nas smart cities, ferramentas tecnológicas utilizam informações para melhorar as decisões e antever problemas. Assim, é possível mapear onde é mais importante investir no momento e onde o dinheiro mais é desperdiçado. O resultado é um orçamento muito eficiente.

Conectividade

Uma cidade inteligente se caracteriza pelo amplo acesso que seus cidadãos têm à internet. Isso se alcança com uma boa cobertura das operadoras, mas também com pontos públicos de wi-fi espalhados pelo município. Assim, os usuários poderão usar com mais frequência aplicativos que tornam sua rotina mais inteligente.

Sustentabilidade

Amplas áreas verdes, monitoramento permanente da qualidade do ar e reaproveitamento de resíduos são características fundamentais de uma cidade inteligente. Porém, a principal colaboração para a preservação do meio ambiente é a redução no consumo de combustíveis fósseis e uso de energias renováveis (e economia de energia elétrica).

Mobilidade

A inteligência da TI já é aplicada há bastante tempo para sincronizar os semáforos, mas hoje vai muito além. Coletar e interpretar os dados de trânsito permite tomar decisões mais acertadas para diminuir os acidentes e, principalmente, melhorar a oferta e qualidade do transporte público.

Smart people

Até aqui, falamos bastante de máquinas e pouco de pessoas – mas elas continuam sendo fundamentais. Uma cidade inteligente investe nos sistemas tecnológicos, mas também nas pessoas, proporcionando uma rede de ensino qualificada, formando cidadãos mais capazes de conviver em harmonia e com conhecimento para utilizar novos recursos da economia compartilhada.

Cidades inteligentes pelo mundo

Songdo (Coreia do Sul)

Segundo o jornal ingles The Guardian, Songdo é a primeira cidade inteligente do mundo. Ela está sendo desenvolvida em torno de um aeroporto internacional, com a intenção de ser um dos principais centros de negócios da Ásia. O destaque fica por conta de seu amplo planejamento de mobilidade urbana e uso da internet das coisas para monitorar desde o trânsito até o recolhimento de lixo.
 

Songdo, Coreia do Sul

Songdo, Coreia do Sul. Imagem via Future Tech

 

Singapura

Singapura é uma cidade-Estado, o que talvez facilite a implementação de políticas inovadoras. Como tem uma das maiores densidades demográficas do mundo, as autoridades se preocuparam em planejar soluções inteligentes de infraestrutura, energia e captação de água em cada construção da cidade. Houve também a preocupação em tornar cada distrito autossuficiente, para que os moradores não precisassem se deslocar para bairros vizinhos para satisfazer suas necessidades.
 

Singapura

Singapura. Imagem via Wikipedia

 

Copenhague (Dinamarca)

Copenhague entra na lista por ter um índice de emissão de carbono baixíssimo para o seu tamanho (quase 600 mil habitantes). O resultado foi alcançado porque as autoridades reconheceram o grande potencial ciclístico da cidade e implantaram um amplo e eficiente sistema de aluguel de bicicletas com equipamentos que fornecem à gestão pública dados valiosos sobre a qualidade do ar e condições do tráfego.
 

Singapura

Copenhage, Dinamarca. Imagem via Waynabox

 

A experiência brasileira

No Brasil, o menor município do estado de São Paulo, Águas de São Pedro, é um exemplo de cidade 100% conectada, na qual é possível usar a rede para tudo – desde encontrar vagas de estacionamento até marcar consultas médicas. Há, ainda, um projeto em desenvolvimento no interior do Ceará, o Croatá Laguna Ecopark, uma iniciativa do grupo italiano Planet Idea, que, em conjunto com a StarTAU (Centro de Empreendedorismo da Universidade de Tel Aviv, em Irsael), promoveu o concurso 3C Smart Cities, selecionando as empresas israelenses Magos Systems, GreenIQ e Pixtier para desenvolver o projeto.
 
A esperança é que essas iniciativas inspirem o poder público a implantar os conceitos das cidades inteligentes em municípios de diferentes portes, utilizando soluções tecnológicas para melhorar a qualidade de vida de todos os brasileiros.
 
Ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Deixe um comentário. Se você gostou do artigo, compartilhe o conteúdo nas redes sociais.

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