Pergunte para qualquer um que já mexeu na terra, seja para cuidar de flores, plantas ornamentais, árvores frutíferas ou para produzir hortaliças. Todos vão confirmar que essa é uma atividade terapêutica.
E a ciência comprova. No estudo Os benefícios da jardinagem e cultivo de alimentos na saúde e bem-estar (tradução livre), o professor da City, University of London, Tim Lang, mostra que esses hábitos aliviam os sintomas de doenças mentais, melhoram a forma física das pessoas e ainda ajudam pacientes com câncer a lidar com os efeitos do tratamento.
E não precisa viver na área rural, ter uma fazenda ou um sítio para aproveitar esses benefícios. Os resultados podem ser observados mesmo em quem cultiva hortas urbanas.
Ok, esses são os argumentos para lhe convencer que trabalhar em uma horta urbana é bom para você. E se disséssemos que cultivar alimentos na cidade é também uma maneira de colaborar no combate a alguns problemas sérios que o planeta enfrenta?
Segundo documento divulgado em 2017 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial deve chegar a 9,8 bilhões de pessoas até 2050 — hoje, é de 7,6 bilhões. Isso significa que o mundo terá 2,2 bilhões de bocas a mais para alimentar. O problema é que boa parte das terras cultiváveis do planeta já está sendo usada pela agricultura.
Para alguns especialistas, o caminho é aumentar a produtividade das lavouras. Outros afirmam que é preciso dar um jeito de criar mais áreas cultiváveis, o que implicaria em acabar com biomas — principalmente em países em desenvolvimento — importantes para o equilíbrio ambiental do planeta. Será que não existe uma outra possibilidade?
Aproveitando melhor o espaço disponível na cidade, as hortas urbanas se transformam em uma excelente alternativa para suprir o aumento na demanda por alimentos que está atrelada ao crescimento populacional. A ideia não é que elas substituam as fazendas, mas sim que tornem o desmatamento desnecessário.
Na prática, o crescimento da agricultura dentro do perímetro urbano permite a descentralização da produção de alimentos, o que diminui os custos de transporte — e as emissões de carbono — e movimenta a economia hiper local, criando uma nova fonte de renda para quem mora na cidade.
A logística facilitada e a possibilidade de eliminar os intermediários aumenta a margem de lucro e faz compensar o cultivo orgânico, sem agrotóxicos, priorizando a saúde e não a produtividade.
Como destacamos no início do texto, envolver-se no cultivo de plantas traz uma série de benefícios à saúde. Os primeiros a serem notados são a diminuição do estresse e da ansiedade.
Há também benefícios ao mesmo tempo mais sutis e profundos. A agricultura é uma atividade que proporciona o contato íntimo das pessoas com o alimento e com a natureza. Ela desperta, portanto, uma maior consciência ambiental e incentiva uma alimentação mais saudável.
Esse efeito é bastante evidente em quem efetivamente trabalhou na terra, mas também há vantagens para quem apenas compra ou recebe os alimentos cultivados na cidade. A distância entre o lugar de colheita e a mesa das pessoas — que, no caso das hortas urbanas, é a menor possível —, está diretamente relacionada com a qualidade do alimento.
Suas propriedades nutricionais, textura e sabor atingem níveis que os alimentos que percorrem longas distâncias jamais vão conseguir superar. Afinal, cada minuto após a colheita resulta em perda de nutrientes e outras qualidades — ainda mais com o transporte sendo feito em caixas escuras, apertadas e abafadas.
A maior diferença da cidade em relação ao campo é que a concentração de pessoas por metro quadrado é muito maior. Isso implica, é claro, em menos espaço disponível para plantar os alimentos. As possibilidades de criar uma hortinha nesse ambiente, no entanto, são bem maiores do que você pensa.
O melhor cenário é ter um espaço com solo natural disponível. Sim, isso é algo bastante raro na cidade. Por isso, existem outras possibilidades, como vasos e suportes. Com eles, é possível ter uma horta urbana no pátio, terraço, parede ou até no telhado do lugar onde você mora.
Seja qual for o local, é importante que ele tenha uma incidência regular de raios solares pelo menos durante parte do dia. E lembre-se que deve haver uma fonte de água próxima, para facilitar a irrigação com uma mangueira ou regador.
Se você tiver um pedaço de solo natural disponível, ótimo. Mas isso não é garantia de que ele seja fértil. Seja para um terreno ou para a plantação em suportes, procure utilizar adubos naturais em vez de fertilizantes químicos.
A melhor alternativa é a compostagem: técnicas que têm o objetivo de formar o húmus, um material orgânico que torna a terra estável e rica em nutrientes. Ou seja, perfeita para receber as sementes e mudas que vão originar as hortas urbanas. A compostagem pode ser feita com restos de alimentos e galhos e folhas coletados nas ruas.
A partir daí, decida quais alimentos deseja plantar e pesquise (na internet, em livros e cursos) sobre as melhores condições para que o cultivo dê certo. O resultado será uma alimentação com hortaliças e temperos que vão tornar sua vida mais saudável e saborosa 🙂
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