É quase redundante dizer que a sustentabilidade, nos dias de hoje, é um tema fundamental em qualquer área. Pensar mais sobre como os produtos que consumimos são produzidos, comercializados e descartados é uma das formas de tornar o ambiente mais sustentável (lembra da economia colaborativa?). Alimentação, transporte, vestuário, são muitos os ramos que vem se envolvendo com essa corrente de pensamento. Mas, sem dúvida, um deles tem um destaque fundamental: a construção civil.
Certamente a decisão de comprar um imóvel implica em uma série de fatores, como financeiros, geográficos e muitos outros. Muito provavelmente, uma pessoa opta por adquirir uma casa ou apartamento que esteja dentro de padrões compatíveis com sua realidade, que atenda demandas pessoais, que fique em uma localização interessante para ela, que esteja dentro de seu orçamento. Porém, vamos imaginar o seguinte cenário: se você pudesse calcular o quanto sua habitação impacta negativamente o meio ambiente, você daria o mesmo valor à ela?
O conceito de sustentabilidade no setor da construção civil pode ser encarado de diferentes formas. Pode-se levar em conta apenas a parte de projeção e preparação de terreno, somente a etapa de construção e implantação de imóveis, ou também apenas os processos pós-produtivos. De qualquer forma, é possível destacar alguns pontos importantes para a denominação de um empreendimento sustentável.
Considerando que essa corrente é bastante recente, se levarmos em conta toda a história da construção civil, podemos aceitar que o atendimento de apenas alguns desses aspectos já é de grande valia. Focar, por exemplo, na concepção de um empreendimento é um grande passo, pode-se dizer que a fonte da solução está justamente aí, no início do projeto. Antes de partir para grande saltos tecnológicos, é importante refletir sobre como construções respondem à expectativas do ponto de vista ambiental, social e econômico, reduzindo o impacto do empreendimento ao longo de sua vida-útil.
Pensar hoje, para alcançar o bem-estar das gerações futuras. Essa é a chave para empreendimentos sustentáveis em construções civil. Caminhar ao lado do desenvolvimento sustentável é estar baseado em uma tríplice de benefícios (também conhecido como Triple Bottom Line): social, na valorização da economia local, geração de emprego e integração entre moradores e vizinhança; ambiental, na otimização de recursos, baixa demanda de energia e água e durabilidade; e econômico, na eficiência de recursos financeiros e incentivo à produtividade.
Sinceramente, você pode estar pensando que alcançar essa evolução no setor da construção civil seja algo bastante utópico, não é mesmo? Algo distante, imaginário, que só funciona em países totalmente desenvolvidos. Saiba que você está enganado. Segundo a Green Building Council, uma organização que avalia construções sustentáveis pelo mundo, o Brasil é o 5º país com mais empreendimentos sustentáveis (são mais de mil). Essa avaliação funciona a partir do selo criado pela instituição, chamado LEED, ou Leadership in Energy and Environmental Design, que certifica os prédios e residências que atendem requisitos de eficiência energética, uso racional da água, materiais e recursos e inovações e tecnologias.
Entre as tendências atuais em construções sustentáveis (ou verdes, como podemos chamar) estão, além da eficiência energética, a renovação ou retrofit de edifícios já existentes e a participação de pessoas na performance de prédios, em processos de construção colaborativa. Felizmente, existem diversos exemplos de construções sustentáveis, não só pelo mundo, mas também no Brasil. Um exemplo, é o empreendimento Cine Teatro Presidente, da Wikihaus. Mais que retrofit, esse projeto é uma homenagem a um local que foi palco de grandes shows, peças de teatro e filmes em Porto Alegre (RS). Um empreendimento moderno, com espaços de convivência integrados, e que pretende preservar e reaproveitar espaços já construídos.
Abaixo, uma galeria bem bacana com referências incríveis dessa tendência.
E se esses projetos implantados já são um grande avanço, imagine o que ainda está por vir. Se por um lado a escassez de recursos naturais torna-se cada vez mais assustadora, por outro a tecnologia vem evoluindo ao ponto de conseguir dar novas funções a materiais recicláveis. Já imaginou poder construir uma casa com plástico ou com papelão? Sim, ambas as opções são possíveis. Hoje, o descarte de materiais é um grande problema mundial e, pensando em uma solução para isso, o arquiteto colombiano Oscar Mendes, projetou uma residência construída com tijolos feitos com restos de plástico e borracha, com formato encaixável, também inovador, que não necessita de cimento. Há alguns milhares de quilômetros de lá, surge o projeto holandês Wikkelhouse, um imóvel formado por módulos de papelão, com isolamento térmico e acústico que pode ser montado e desmontado com cola sustentável a qualquer momento. Uma boa esperança para o futuro, não é mesmo?
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Olá Nathalia! O post foi publicado em 30/08/2016. Obrigado!