A qualidade de vida que você leva dentro do seu apartamento está diretamente relacionada à escolha dos materiais e aos sistemas construtivos adotados durante a obra. Você sabia questões como conforto acústico e conforto térmico são bastante influenciadas pelo padrão das paredes do imóvel? Atualmente, dois sistemas são mais utilizados: alvenaria e drywall.
No processo construtivo da alvenaria, a parede é formada por tijolos ou blocos de concreto, que são assentados com argamassa.
No drywall, são montados esqueletos metálicos com perfis horizontais e verticais e esses quadros são revestidos com placas de gesso acartonadas. Apesar de sua versatilidade, o drywall não pode ser utilizado em paredes estruturais, nem em paredes externas que estejam submetidas à ação do tempo.
Geralmente, quem acaba tomando a decisão de qual método usar ou, ainda, se haverá uma combinação de ambos é o incorporador, que avalia o quanto a diferença de custo entre os dois métodos impactará em toda a obra, sem perder qualidade para os moradores. Enquanto o custo do drywall costuma ser mais elevado, seu tempo de execução é mais rápido. Já na alvenaria, os materiais e a mão de obra são mais acessíveis, mas os custos aumentam com um tempo maior de execução.
Conheça agora outras diferenças entre drywall e alvenaria e saiba quando cada técnica performa melhor.
“Parede seca”, em tradução livre. Drywall é um sistema de construção que não precisa de água em sua montagem. As placas de gesso acartonado são parafusadas em perfis metálicos que já vão prontos para a obra.
O sistema drywall é versátil, permitindo um ótimo acabamento em soluções personalizadas como paredes curvas, recortes para iluminação embutida em painéis e muito mais. Também pode ser uma alternativa mais acessível na construção de prateleiras, estantes e nichos – elementos que muitas vezes acabam onerando o custo de um projeto.
Além de ser um tipo de obra prática e limpa (não é necessário argamassa, areia ou cimento), o drywall gera menos entulho que a alvenaria. E seus resíduos são praticamente todos recicláveis.
Outro ponto positivo: o sistema permite construir paredes com menor espessura que as paredes em alvenaria. Com paredes mais estreitas, pode-se ganhar até 5% de área útil no projeto – o que pode representar uma bela diferença, principalmente em apartamentos menores.
Alguns técnicos não recomendam o uso de drywall em quartos e outros ambientes onde seja necessário silêncio, devido à sua estrutura oca – que dificulta um isolamento acústico adequado. Mas a verdade é que é possível obter um ótimo isolamento acústico e térmico, incluindo materiais específicos entre as chapas de gesso.
Mas é na hora de uma reforma ou manutenção (como vazamento de água) que o drywall se destaca. É possível reconstituir a parede de maneira rápida, sem “quebra-quebra” e sem sujeira. O que dificilmente acontece durante qualquer manutenção de uma parede de tijolos ou blocos.
A parede de alvenaria traz algumas etapas a mais na sua construção. Primeiro, os tijolos ou blocos de concreto são assentados com argamassa. Depois, a parede é chapiscada para receber o reboco e, posteriormente, nivelar e fazer o acabamento. Por possuir diversas etapas que demandam tempo de secagem, o processo todo acaba sendo mais demorado, e gera mais resíduos se comparado às paredes de gesso. Apesar disso, o resultado final é mais sólido e mais resistente a impactos do que uma parede de drywall.
A instalação de móveis e equipamentos mais pesados também exige menos cuidados em uma parede de alvenaria, que suporta bastante peso e dispõe de mais opções no mercado, sem necessitar de estruturas internas de reforço metálico como acontece em vários casos com o drywall.
Outra vantagem da alvenaria é sua menor vulnerabilidade aos insetos. Não existe um espaço vazio entre as placas, onde pode acontecer a proliferação de pequenos insetos.
Enfim, existem vantagens e desvantagens para os dois lados. Vale lembrar que atualmente ambas as alternativas apresentam ótima performance e precisam atender aos requisitos de desempenho técnico exigidos pelas normas e regulamentações. E nesse ponto, não há muita diferença: toda incorporadora quer oferecer o melhor conforto e segurança para seus clientes.
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Texto bem esclarecedor ! Obrigado !