Arquivos Cidades - Wikihaus https://wikihaus.com.br/category/cidades/ Uma incorporadora baseada na colaboração Thu, 25 Jul 2019 19:06:50 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://wikihaus.com.br/2020/wp-content/uploads/2024/05/cropped-favicon-wiki-32x32.png Arquivos Cidades - Wikihaus https://wikihaus.com.br/category/cidades/ 32 32 Perto ou longe: Qual o melhor bairro para morar? https://wikihaus.com.br/perto-ou-longe-qual-o-melhor-bairro-para-morar/ https://wikihaus.com.br/perto-ou-longe-qual-o-melhor-bairro-para-morar/#respond Thu, 25 Jul 2019 19:06:50 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=52684 Você encontrou o imóvel que sempre sonhou. O condomínio oferece opções para a família. O preço está dentro da sua […]

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Você encontrou o imóvel que sempre sonhou. O condomínio oferece opções para a família. O preço está dentro da sua expectativa, mas… precisa de carro para tudo! A farmácia fica longe, o trânsito até o trabalho é pesado, qualquer ida ao supermercado se torna uma “viagem”. E aí, vale a pena o bairro? Até onde você está disposto a mudar?

 

Mobilidade e conveniência são características desejadas que valorizam muito um bairro. Ainda mais com o trânsito do jeito que está nos dias de hoje. Morar perto do trabalho, da escola dos filhos, não precisar de grandes deslocamentos para resolver a vida, tudo isso proporciona qualidade de vida. E, é claro, gera valorização. O problema é que nem sempre aquele apartamento que você sonha, na rua perfeita do bairro que é a sua cara… vai caber no bolso.

 

Felizmente, dá pra tentar achar um equilíbrio, tudo depende de até onde você está disposto a mudar para isso – e, principalmente, quais são suas necessidades diárias e familiares?

 

Apartamentos novos, com infraestrutura completa, em regiões nobres ou centrais são extremamente valorizados hoje em dia. Mas existem excelentes lançamentos e opções em regiões muito boas, que oferecem tudo o que sua família precisa – incluindo a mobilidade e a conveniência.

 

1.  Defina o que você quer

Conhecer bem o seu próprio perfil – e de sua família é um ponto crucial para escolher uma localização para morar. Quais são as suas principais demandas sobre o local?

 

Por exemplo, se você possui filhos pequenos e prefere morar em casas amplas, procure por regiões calmas e afastadas das áreas centrais. Sem esquecer das escolas: existem próximas ou é fácil chegar nas que eles frequentam? Mas se você não abre mão da vida noturna, não adianta morar em um bairro que não conte com bares, boates, pubs ou estabelecimentos voltados para o entretenimento.

 

Lembre-se: mudar de endereço quase sempre implicar em uma mudança de hábito. Portanto, é fundamental definir o perfil do que você vai procurar: é a sua necessidade que determina o melhor imóvel e a localização ideal.

 

2.  Entenda quais são os seus deslocamentos mais frequentes

Quais são os pontos que você precisa visitar diariamente ou com maior frequência? Seu conforto e qualidade de vida em um bairro precisam responder a essa. É importante ter em mente sua rotina: como esses deslocamentos são feitos, com qual frequência eles acontecem e em que medida podem ou não ser alterados. Com base nisso, você deve escolher o bairro que melhor se encaixa nessa logística diária.

 

3.  Prefira o bairro que permita os menores deslocamentos

Na maioria das vezes, não dá pra gente mudar o local de trabalho. Então, um bairro mais próximo à empresa ou com boas vias de acesso é mais conveniente. Se for esse o caso, você pode pensar em alterar outras necessidades de deslocamento. Por exemplo, a conveniência de ter mercados, academias e comércio no bairro, ao redor de casa, com certeza facilitará sua rotina.

 

4.  Escolha sempre morar perto

Uma localização é mais interessante quando torna nossa rotina menos desgastante. Assim, estar perto do que importa significa viver melhor. Você passa menos tempo se deslocando, se estressa menos no trânsito, e ecomiza minutos preciosos que podem ser dedicados à família, aos amigos, estudos ou algum hobby. Para as coisas do dia a dia, você pode ir caminhando ou de bicicleta, sem enfrentar congestionamentos ou superlotações. Seu dia rende mais!

 

O mercado imobiliário está repleto de oportunidades e empreendimentos com perfis diferentes. Não é difícil encontrar aquele apartamento que, do muro pra dentro, oferece tudo e mais um pouco. Mas é a sua rotina quem determina se o endereço vale a pena.

 

Nossa dica é sempre buscar um lugar que seja perto. É difícil ver alguma desvantagem em escolher morar perto do trabalho ou da escola dos filhos. Assim, você economiza tempo, dinheiro e ganha qualidade de vida.

 

E você, está pensando em mudança? Até onde você está disposto a ir para conseguir morar naquele imóvel dos seus sonhos? Conte pra gente nos comentários.

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6 lugares abandonados que foram transformados em lindos parques públicos https://wikihaus.com.br/6-lugares-abandonados-que-foram-transformados-em-lindos-parques-publicos/ https://wikihaus.com.br/6-lugares-abandonados-que-foram-transformados-em-lindos-parques-publicos/#respond Thu, 03 Jan 2019 14:00:17 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51814 “Eu acredito que espaços públicos vivos e agradáveis são a chave para planejar uma boa cidade.” A frase é de […]

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“Eu acredito que espaços públicos vivos e agradáveis são a chave para planejar uma boa cidade.” A frase é de um TED Talk com Amanda Burden, que chefiou a pasta de planejamento urbano em Nova York na gestão de Michael Bloomberg. Confira aqui a palestra inteira.

 

Burden teve participação ativa e importante na revitalização de Lower Manhattan, da orla do Brooklyn e no projeto do High Line. O último, aliás, é um dos melhores exemplos de como é possível transformar lugares abandonados em espaços públicos de qualidade. A história do High Line é tão legal que motivou um artigo inteiro em nosso blog — confira aqui.

 

Para a ex-chefe de planejamento urbano de Nova York, mais importantes que os prédios são os espaços públicos entre eles. O problema é que nem todos os gestores públicos têm essa visão e a prioridade, na ocupação da superfície urbana, costuma ser criar mais vias para os automóveis.

 

Diante desse cenário, uma alternativa é ampliar o campo de visão e procurar alternativas. É aí que entram os lugares abandonados, como ferrovias inativas, usinas e fábricas desativadas, depósitos de lixo e outras áreas esquecidas, mal cuidadas ou sem uso.

 

Se esses lugares estão ociosos, por que não transformá-los em espaços para as pessoas se encontrarem, conviverem, praticarem esportes e se divertirem?

Iniciativas transformadoras pelo mundo

Conscientizar nossos leitores quanto à importância de ressignificar espaços públicos para termos cidades mais humanas é um dos nossos assuntos preferidos aqui no blog. Mas se você nos acompanha, sabe que também procuramos destacar a responsabilidade de cada um de nós nessas questões.

 

O primeiro passo é tomar conhecimento de iniciativas inovadoras ao redor do mundo, que nos mostram que é possível fazer diferente. Com criatividade, colaboração, mobilização e boa vontade, é possível transformar lugares abandonados em áreas para as pessoas. Veja, a seguir, 6 exemplos sensacionais de projetos desse tipo.

Promenade Plantée (Paris, França)

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O Coulée verte René-Dumont, mais conhecido como Promenade plantée (algo como “calçadão arborizado” em francês) é um parque elevado que percorre 4,7 km no 12º arrondissement de Paris.

 

O Promenade plantée é um lindo jardim suspenso, semelhante ao High Line — ambos foram construídos em linhas ferroviárias desativadas. Porém, é anterior ao parque nova-iorquino, pois foi inaugurado em 1993. Outra diferença é que, apesar de ter um grande potencial para isso, o parque parisiense não é um ponto turístico tão conhecido.

Gas Works Park (Seattle, Estados Unidos)

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O Gas Works Park é um lindo parque que oferece aos visitantes uma visão panorâmica de Seattle. Ele foi construído no terreno de uma usina de gás, desativada em 1956. Em 1962, a administração da cidade adquiriu o local, encomendou um projeto com o paisagista Richard Haag e abriu o parque ao público em 1975.

 

O grande diferencial é que os equipamentos da usina de gaseificação não foram totalmente removidos: há várias peças que permanecem lá, compondo um bonito contraste com o gramado verde, perfeito para fazer um piquenique. O solo, aliás, teve que passar por um tratamento especial por conta da poluição recebida durante os anos de atividade da usina.

Red Ribbon (Qinhuangdao, China)

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O Tanghe River Park é o lar do premiado projeto Red Ribbon, um banco vermelho sobre uma passarela que serpenteia por meio quilômetro dentro do parque. Quem visita o local hoje não imagina que, antes da criação do Tanghe River Park, em 2006, a área era de difícil acesso e abrigava um depósito de lixo. Atualmente, é um ponto de recreação de toda a comunidade da região.

Landschaftspark Duisburg-Nord (Duisburg, Alemanha)

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Esse parque alemão é parecido com o Gas Works Park, de Seattle, pois foi construído no terreno de duas usinas (uma de carvão e outra de aço), mantendo parte da sua estrutura.

 

Quando a usina de aço foi abandonada, em 1985, a cidade de Duisburg resolveu fazer algo diferente e criou um projeto inovador de paisagismo e recuperação da água e solo contaminados. Hoje, o parque é um enorme jardim onde ocorrem exposições de arte, gastronomia e até eventos esportivos.

Sugar Beach (Toronto, Canadá)

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Tudo bem que não é possível nadar no Lago Ontário, mas só o fato de ter uma área na beira dele, com guarda-sóis, cadeiras de praia e areia, já é muito legal. Estamos falando da Sugar Beach, um espaço público inaugurado em 2010 em Toronto. Antes de ser transformado em praia, o local abrigava um estacionamento em uma zona industrial em decadência.

Baana (Helsinque, Finlândia)

 

O Baana é uma via separada de ruas, avenidas e rodovias, aberta 24 horas por dia. Assim como o High Line e o Promenade Plantée, o local abrigava uma linha ferroviária, construída na última década do século 19 e desativada em 2009.

 

Após a desativação, toda a comunidade — moradores, universitários e órgãos municipais — foi envolvida no debate sobre qual destino a área teria. Acabou prevalecendo a ideia de criar um corredor para pedestres e ciclistas, aberto em 2012, com aproximadamente 1,5 km de extensão.

 

 

Esperamos que esses exemplos tenham inspirado você a olhar para os lugares abandonados de uma outra maneira. Será que, com colaboração e mobilização, não é possível transformá-los em espaços públicos de qualidade, para tornar a cidade mais humana?

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Mobiliário urbano: referências inovadoras pelo mundo https://wikihaus.com.br/mobiliario-urbano-referencias-inovadoras-pelo-mundo/ https://wikihaus.com.br/mobiliario-urbano-referencias-inovadoras-pelo-mundo/#respond Thu, 13 Dec 2018 14:00:14 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51840 Em locais sem um bom mobiliário urbano, pensado para tornar melhor a experiência de viver em uma cidade, parece que […]

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Em locais sem um bom mobiliário urbano, pensado para tornar melhor a experiência de viver em uma cidade, parece que está todo mundo apenas indo de um ponto a outro. Se você sempre viveu em um lugar assim, pode parecer difícil entender o que há de errado nisso.

 

Mas será que não estamos perdendo nada aí? Será que a rua é somente um espaço de transição até chegarmos em casa, no trabalho ou em estabelecimentos como restaurantes, lojas e shoppings? E o que o mobiliário urbano tem a ver com isso?

O que é mobiliário urbano?

Mobiliário urbano é um conjunto de elementos que são instalados em espaços públicos para cumprir determinada finalidade, idealmente colaborando com a convivência entre as pessoas e tornando a vida na cidade mais organizada e confortável.

 

A função de um elemento do mobiliário urbano pode ser separar e orientar a circulação de pedestres e veículos, oferecer áreas de descanso e lazer, embelezar a paisagem urbana, proporcionar serviços de utilidade pública, sustentar peças de comunicação, entre tantas outras.

 

Por isso, a lista de itens que podem ser considerados mobiliário urbana é extensa: desde bancos e áreas de descanso até pontos de ônibus, passando por postes de iluminação, canteiros e lixeiras.

Por que é importante falar em mobiliário urbano?

O mobiliário urbano de uma cidade diz muito sobre a maneira como ela é pensada. Infelizmente, ainda prevalece em muitos lugares a ideia de que o mais importante é pensar em estruturas para o tráfego de veículos automotores: ruas, avenidas, sinalização, semáforos, rótulas, viadutos…

 

E quanto aos pedestres? Constrói-se passarelas e pinta-se faixas de pedestre para que eles possam atravessar em segurança de um lado para o outro da via. Mas e depois disso?

 

Em cidades humanas, existe a preocupação com o bem-estar do cidadão depois que ele atravessa a rua e chega no passeio público. Será que ele encontra um ambiente convidativo, bom de circular e até mesmo de passar algum tempo desfrutando do ar livre?

 

Felizmente, não faltam bons exemplos no mundo de mobiliários urbanos inovadores, pensados para que as pessoas aproveitem mais a cidade onde vivem e se sintam à vontade para caminhar por ela.

 

A seguir, você conhece algumas dessas criações. Procuramos diversificar a lista, para apresentar soluções em vários tipos de elementos do mobiliário urbano.

9 exemplos positivos de mobiliário urbano pelo mundo

Bancos para ter onde sentar

Em Dandenong, subúrbio da cidade australiana de Melbourne, a Lonsdale Street foi totalmente revitalizada. Além das árvores, o destaque fica para os vários bancos de madeira instalados no passeio público, que convidam as pessoas a sentarem e tornam a avenida muito mais viva.

mobiliario-urbano-lonsdale-street

Luz e sombra

Em Jerusalém, o calor incomoda bastante. Na Vallero Square, um espaço que fica em frente ao Mahane Yehuda Market (local de grande circulação de pessoas), foram instaladas essas incríveis estruturas em forma de flor, que abrem ou fecham, dependendo da estação e da hora do dia.

 

Quando está quente, as pétalas abertas fornecem sombra para quem quiser sentar e aproveitar a praça. À noite, as lâmpadas das flores fornecem luz artificial para tornar o local mais convidativo aos pedestres.

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Incentivando o uso da bicicleta

Na capital americana Washington, D.C., tiveram uma ideia muito legal: aproveitar parquímetros velhos para fazer bicicletários — estruturas onde os ciclistas podem “estacionar” e prender o cadeado em suas bicicletas. Além de reaproveitar o equipamento, incentiva o uso desse meio de transporte sustentável.

mobiliario-urbano-bicicletario

Cobertura contra o sol

O Metropol Parasol é ao mesmo tempo uma estrutura que oferece conforto térmico aos transeuntes por filtrar a luz do sol e um ponto turístico. Desenvolvido pelo arquiteto alemão Jürgen Mayer-Hermann, é uma obra monumental que fica na Plaza de La Encarnación e é considerada a maior estrutura construída em madeira do mundo.

mobiliario-urbano-parasol

Ponto de ônibus criativo

Outra estrutura de madeira que chama a atenção é esse ponto de ônibus em Baltimore, nos Estados Unidos. Trata-se de um grande letreiro que forma a palavra BUS (“ônibus” em inglês). Além de permitir que as pessoas sentem nas partes vazadas das letras, é um local onde muitos param para tirar fotos.

mobiliario-urbano-ponto-onibus

Iluminação elegante e minimalista

Mais uma vez o High Line — parque elevado construído sobre uma antiga linha férrea em Manhattan — figura em uma lista aqui do blog. Dessa vez, por conta da solução que os designers encontraram para iluminar o local à noite: com lâmpadas instaladas embaixo dos bancos, sem precisar instalar postes, que dariam uma carga visual maior ao lugar.

mobiliario-urbano-iluminacao

Lixeiras inteligentes

Fechamos a lista com mais um bom exemplo de mobiliário urbano vindo da Austrália: as lixeiras Bigbelly. Elas compactam automaticamente o lixo jogado dentro delas, oferecendo uma capacidade até oito vezes maior que uma lixeira de rua comum. Como se não bastasse, as engrenagens funcionam por meio de energia solar e a lixeira está integrada com um sistema inteligente de coleta.

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Convivência e diversão

O parque Discovery Green, em Houston, Estados Unidos, recebeu em 2016 uma instalação temporária que era ao mesmo tempo mobiliário e parque de diversões. Foram 20 estruturas chamadas Los Trompos, inspiradas nos piões mexicanos, estimulando as brincadeiras, a convivência e a alegria no local.

mobiliario-urbano-los-trompos

Porto Alegre também está na lista

Em Porto Alegre, um exemplo legal de mobiliário urbano criativo está na Rua da Cultura, inaugurada no campus da PUCRS em junho de 2018. Ela faz parte de um movimento que pretende criar um novo polo cultural e gastronômico para a cidade.

 

O mobiliário do local conta com decks, arquibancadas e o assento em forma de rede, como ilustra a foto abaixo. Tudo estimular a convivência não apenas entre a comunidade acadêmica, mas na população de Porto Alegre em geral.

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PUCRS inaugurou um bom exemplo de mobiliário urbano pensado para o conforto das pessoas. Foto: Camila Cunha

 

Já pensou como seria a sua cidade com mais soluções como essas no mobiliário urbano? Se você gostou do artigo, compartilhe com seus amigos nas redes sociais e deixe um comentário com sua opinião sobre o assunto.

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Hortas urbanas mudam você e o mundo https://wikihaus.com.br/hortas-urbanas-mudam-voce-e-o-mundo/ https://wikihaus.com.br/hortas-urbanas-mudam-voce-e-o-mundo/#respond Thu, 22 Nov 2018 14:00:12 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51771 Pergunte para qualquer um que já mexeu na terra, seja para cuidar de flores, plantas ornamentais, árvores frutíferas ou para […]

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Pergunte para qualquer um que já mexeu na terra, seja para cuidar de flores, plantas ornamentais, árvores frutíferas ou para produzir hortaliças. Todos vão confirmar que essa é uma atividade terapêutica.

 

E a ciência comprova. No estudo Os benefícios da jardinagem e cultivo de alimentos na saúde e bem-estar (tradução livre), o professor da City, University of London, Tim Lang, mostra que esses hábitos aliviam os sintomas de doenças mentais, melhoram a forma física das pessoas e ainda ajudam pacientes com câncer a lidar com os efeitos do tratamento.

 

E não precisa viver na área rural, ter uma fazenda ou um sítio para aproveitar esses benefícios. Os resultados podem ser observados mesmo em quem cultiva hortas urbanas.

 

Ok, esses são os argumentos para lhe convencer que trabalhar em uma horta urbana é bom para você. E se disséssemos que cultivar alimentos na cidade é também uma maneira de colaborar no combate a alguns problemas sérios que o planeta enfrenta?

hortas-urbanas-agricultor

O problema

Segundo documento divulgado em 2017 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial deve chegar a 9,8 bilhões de pessoas até 2050 — hoje, é de 7,6 bilhões. Isso significa que o mundo terá 2,2 bilhões de bocas a mais para alimentar. O problema é que boa parte das terras cultiváveis do planeta já está sendo usada pela agricultura.

 

Para alguns especialistas, o caminho é aumentar a produtividade das lavouras. Outros afirmam que é preciso dar um jeito de criar mais áreas cultiváveis, o que implicaria em acabar com biomas — principalmente em países em desenvolvimento — importantes para o equilíbrio ambiental do planeta. Será que não existe uma outra possibilidade?

A solução

Aproveitando melhor o espaço disponível na cidade, as hortas urbanas se transformam em uma excelente alternativa para suprir o aumento na demanda por alimentos que está atrelada ao crescimento populacional. A ideia não é que elas substituam as fazendas, mas sim que tornem o desmatamento desnecessário.

 

Na prática, o crescimento da agricultura dentro do perímetro urbano permite a descentralização da produção de alimentos, o que diminui os custos de transporte — e as emissões de carbono — e movimenta a economia hiper local, criando uma nova fonte de renda para quem mora na cidade.

 

A logística facilitada e a possibilidade de eliminar os intermediários aumenta a margem de lucro e faz compensar o cultivo orgânico, sem agrotóxicos, priorizando a saúde e não a produtividade.

hortas-urbanas-folhas

Os benefícios

Como destacamos no início do texto, envolver-se no cultivo de plantas traz uma série de benefícios à saúde. Os primeiros a serem notados são a diminuição do estresse e da ansiedade.

 

Há também benefícios ao mesmo tempo mais sutis e profundos. A agricultura é uma atividade que proporciona o contato íntimo das pessoas com o alimento e com a natureza. Ela desperta, portanto, uma maior consciência ambiental e incentiva uma alimentação mais saudável.

 

Esse efeito é bastante evidente em quem efetivamente trabalhou na terra, mas também há vantagens para quem apenas compra ou recebe os alimentos cultivados na cidade. A distância entre o lugar de colheita e a mesa das pessoas — que, no caso das hortas urbanas, é a menor possível —, está diretamente relacionada com a qualidade do alimento.

 

Suas propriedades nutricionais, textura e sabor atingem níveis que os alimentos que percorrem longas distâncias jamais vão conseguir superar. Afinal, cada minuto após a colheita resulta em perda de nutrientes e outras qualidades — ainda mais com o transporte sendo feito em caixas escuras, apertadas e abafadas.

Como criar hortas urbanas?

hortas-urbanas-vasos

A maior diferença da cidade em relação ao campo é que a concentração de pessoas por metro quadrado é muito maior. Isso implica, é claro, em menos espaço disponível para plantar os alimentos. As possibilidades de criar uma hortinha nesse ambiente, no entanto, são bem maiores do que você pensa.

 

O melhor cenário é ter um espaço com solo natural disponível. Sim, isso é algo bastante raro na cidade. Por isso, existem outras possibilidades, como vasos e suportes. Com eles, é possível ter uma horta urbana no pátio, terraço, parede ou até no telhado do lugar onde você mora.

 

Seja qual for o local, é importante que ele tenha uma incidência regular de raios solares pelo menos durante parte do dia. E lembre-se que deve haver uma fonte de água próxima, para facilitar a irrigação com uma mangueira ou regador.

hortas-urbana-solo

Se você tiver um pedaço de solo natural disponível, ótimo. Mas isso não é garantia de que ele seja fértil. Seja para um terreno ou para a plantação em suportes, procure utilizar adubos naturais em vez de fertilizantes químicos.

 

A melhor alternativa é a compostagem: técnicas que têm o objetivo de formar o húmus, um material orgânico que torna a terra estável e rica em nutrientes. Ou seja, perfeita para receber as sementes e mudas que vão originar as hortas urbanas. A compostagem pode ser feita com restos de alimentos e galhos e folhas coletados nas ruas.

 

A partir daí, decida quais alimentos deseja plantar e pesquise (na internet, em livros e cursos) sobre as melhores condições para que o cultivo dê certo. O resultado será uma alimentação com hortaliças e temperos que vão tornar sua vida mais saudável e saborosa 🙂

 

Gostou do conteúdo? Então compartilhe este artigo com seus amigos e incentive todo mundo a fazer também sua horta urbana!

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Ecodesign nas cidades: pelo meio ambiente e pela qualidade de vida https://wikihaus.com.br/ecodesign-nas-cidades-pelo-meio-ambiente-e-pela-qualidade-de-vida/ https://wikihaus.com.br/ecodesign-nas-cidades-pelo-meio-ambiente-e-pela-qualidade-de-vida/#respond Thu, 08 Nov 2018 14:00:55 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51720 O ser humano depende de recursos naturais para sobreviver. Alguns desses recursos são renováveis, mas precisam das condições ideais para […]

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O ser humano depende de recursos naturais para sobreviver. Alguns desses recursos são renováveis, mas precisam das condições ideais para que seu ciclo não se encerre. O problema é que o modelo de produção que temos hoje não colabora com essa renovação.

 

O que nos leva a falar sobre o ecodesign, um conceito que hoje não é mais usado apenas na concepção de produtos, mas também para caracterizar alternativas verdes para o planejamento de cidades.

O que é ecodesign?

O ecodesign é a prática de desenvolver novos produtos respeitando princípios da sustentabilidade ambiental, ou seja, sem agredir o meio ambiente. Podemos definir como alguns dos pilares do ecodesign:

 

  • Matéria-prima sustentável: a matéria-prima deve ser obtida por meio da reciclagem ou com a exploração sustentável dos recursos naturais.
  • Cadeia produtiva eficiente: o ideal é usar o menos possível de energia e água na produção e transporte do produto.
  • Durabilidade: um dos grandes problemas ambientais da atualidade é a quantidade de lixo que a humanidade produz. Para não colaborar com essa realidade, o produto precisa durar bastante.
  • Destino: o que acontece quando o produto deixa de ter utilidade? Ele pode ser reciclado ou reutilizado, é biodegradável ou gerará mais resíduos que causam impacto ambiental?

 

Além da sustentabilidade ambiental, o ecodesign também tem a ver com preocupação com a responsabilidade econômica e social. Ou seja, não deve haver lucros abusivos e pessoas sendo exploradas na cadeia produtiva.

Ecodesign nas cidades

O consumo desenfreado e irresponsável já foi bastante problematizado, tanto é que hoje o cenário do mercado é de um público consumidor cada vez mais consciente de seu papel na preservação do meio ambiente. O passo seguinte é levar essa consciência para um plano maior.

 

“Há lugares que estão mesclando o design das cidades e subúrbios com a sustentabilidade ambiental. Que estão lidando com o aquecimento global, equilibrando o transporte, melhorando o design e gerenciando o crescimento urbano”, conta Jonathan Barnett, professor emérito da University of Pennsylvania, no vídeo de apresentação do curso Ecodesign for Cities and Suburbs.

 

Esse é o conceito de ecodesign aplicado às cidades, que propõe encontrar um meio termo entre natureza e desenvolvimento, atacando os problemas que tornam as esses locais disfuncionais, desagradáveis e prejudiciais ao meio ambiente.

ecodesign

O ecodesign, porém, não tem como foco apenas o meio ambiente. O objetivo é utilizar melhor os recursos, com eficiência energética, mas também criar cidades atrativas, boas de morar, com qualidade de vida.

 

O curso Ecodesign for Cities and Suburbs foi criado pela University of British Columbia e pode ser feito online, na plataforma de ensino a distância edX. É totalmente gratuito — para obter o certificado, no entanto, é preciso pagar US$ 99.

 

Segundo os professores, cada um pode — e deve — fazer a sua parte: profissionais do design, governo, empresários, estudantes e demais cidadãos. O curso se propõe a apresentar inspirações concretas e ideias específicas para ajudar o aluno a partir para a ação.

Exemplos de ecodesign nas cidades

Não faltam, mundo afora, bons exemplos de iniciativas que utilizaram os conceitos do ecodesign para tornar as cidades mais sustentáveis e agradáveis. Confira, a seguir, alguns deles.

Conselho Colombiano de Construção Sustentável (CCCS) — Bogotá

A Colômbia tem sido um grande exemplo para a América Latina na maneira como tem trabalhado para melhorar suas construções e aumentar a eficiência energética, e o CCCS lidera esses esforços. Desde 2009, o conselho faz parte do World Green Building Council.

 

Atualmente, Bogotá planeja seu novo plano diretor, para os próximos 12 anos, com a meta de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em 32% nas novas construções. Um projeto de ecodesign interessante em andamento são os prédios do complexo Elementos, feitos com material reciclado, painéis solares e telhados verdes.

elementos

Telhados e paredes verdes em São Paulo

É consenso entre todos que moram ou já visitaram a maior metrópole do Brasil: São Paulo é uma cidade muito cinza e pouco verde. Mas há iniciativas discretas que, embora não façam parte de um plano maior de disseminação da sustentabilidade, devem ser destacadas, como os edifícios com telhados verdes e jardins verticais.

 

Essa cobertura vegetal ajuda na purificação do ar notadamente poluído da capital paulista. Seu maior benefício, porém, é funcionar como um eficiente e natural isolante térmico, que reduz o gasto de energia com ar condicionado.

 

Um exemplo conhecido de telhado verde é o Edifício Conde Francisco Matarazzo, no Vale do Anhangabaú (centro). Também encontramos prédios com esse tipo de cobertura nas avenidas Faria Lima e Paulista, na Marginal Pinheiros e na Vila Madalena.

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Edifício Matarazzo, em São Paulo. Foto: Diego Torres Silvestre

Hammarby Sjöstad — Estocolmo

O Hammarby Sjöstad é uma região no sul de Estocolmo, capital da Suécia, que passa por um projeto de desenvolvimento urbano. É um dos principais exemplos de ecodesign em cidades da Europa e do mundo.

 

Antigamente, Hammarby Sjöstad era uma área industrial. Começou a ser reconstruída como bairro sustentável em 1993 e hoje está se tornando praticamente uma ecocidade. O plano integrado da localidade tem regras para novas construções, coleta de lixo, esgoto, uso da água e transporte. E a meta de reduzir em 50% o consumo de eletricidade.

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Foto: Anders Andermark/Flickr

Battery Park City — Nova York

A Battery Park City é uma área construída sobre o rio Hudson que integra a ilha de Manhattan, em Nova York. A área é conhecida pela vista do rio e por seus edifícios sustentáveis.

 

Um deles é o The Solaire, o primeiro grande edifício residencial americano desenvolvido com critérios de sustentabilidade. Ele é equipado com sensores de iluminação e climatização que permitem um uso mais inteligente de energia — o prédio consome 35% menos do que o máximo permitido pela lei.

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Prédio The Solaire, em Manhattan. Foto: Payton Chung

 

E você? O que pensa sobre os conceitos e iniciativas relacionadas ao ecodesign? Esperamos que, dentro de alguns anos, elas deixem de ser exemplos especiais e se tornem um padrão nas construções e projetos de urbanização. Deixe um comentário com a sua opinião.

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Conheça o High Line em NY: exemplo de colaboração e espaço público de qualidade https://wikihaus.com.br/conheca-o-high-line-em-ny-exemplo-de-colaboracao-e-espaco-publico-de-qualidade/ https://wikihaus.com.br/conheca-o-high-line-em-ny-exemplo-de-colaboracao-e-espaco-publico-de-qualidade/#comments Fri, 05 Oct 2018 18:39:13 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51641 Quando há um lugar abandonado na sua cidade, muita gente pensa apenas em evitá-lo. É como se aquela área deixasse […]

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Quando há um lugar abandonado na sua cidade, muita gente pensa apenas em evitá-lo. É como se aquela área deixasse de existir. Até o dia que alguém compra o terreno, derruba o que ainda está em pé e construa algo novo no lugar.

 

Quantas vezes você viu esse roteiro acontecendo perto de onde você mora? E o resultado muitas vezes é a construção de uma torre espelhada de imóveis corporativos.

 

Nada contra, o problema é que, não raro, acaba-se perdendo uma grande oportunidade de criar um lugar de convivência para população. Iniciativas que tornam as cidades mais humanas e melhoram a qualidade de vida nesses locais.

 

No texto sobre a ressignificação do espaço público abordamos essa questão e citamos o High Line — um parque construído em uma antiga ferrovia elevada em Nova York — como um dos exemplos em que o conceito foi aplicado.

 

A ideia da sua criação e o modo como ela foi executada são tão legais e tão exemplares que o High Line merece um texto à parte.

 

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High Line é uma das principais atrações turísticas de Nova York. Foto: Iwan Baan

Uma Nova York mais humana

A ilha de Manhattan, na cidade de Nova York, é a área com a maior densidade demográfica nos Estados Unidos. Com prédios de todos os tamanhos, de ponta a ponta, é a verdadeira selva de pedras — exceto pelo Central Park, um oásis verde no meio da ilha de concreto.

 

Nos últimos anos, porém, o poder público promoveu várias alterações na paisagem urbana de Manhattan. Com simples mudanças no mobiliário urbano — em iniciativas como a “pedestrização” da Times Square —, a cidade tem se tornado mais humana, com mais espaço para ciclistas e pedestres e menos para carros.

 

Certamente a criação do High Line contribuiu bastante para essa mudança de mentalidade.

História do High Line

O local fica em uma linha férrea que passa por cima de ruas e avenidas e entre prédios no bairro de Chelsea. A partir de sua desativação, em 1980, a ferrovia passou a se degradar e servir como área de prostituição e tráfico e consumo de drogas.

 

Até que Joshua David e Robert Hammond, moradores da vizinhança, perceberam ali um potencial muito grande e criaram a organização sem fins lucrativos Friends of the High Line, em 1999.

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Ferrovia elevada foi desativada em 1980. Foto: Kalmbach Publishing Company

A instituição passou a promover campanhas para a preservação da antiga linha férrea e transformação em um espaço público, aberto, convidativo a toda a população. Em 2003, foi criada uma competição que recebeu 720 ideias de como a ferrovia poderia ser utilizada, o que contribuiu para dar visibilidade à causa.

 

Em 2004, o então prefeito Michael Bloomberg engajou-se na causa e, junto com o conselho da cidade (City Council, órgão equivalente à nossa Câmara de Vereadores), tomou medidas para facilitar o uso do High Line como um parque público.

 

Em 2005, a empresa CSX Transportation, proprietária da ferrovia, doou a estrutura à cidade de Nova York e, em 2009, o primeiro trecho do parque foi aberto ao público. O projeto foi desenvolvido por três empresas de arquitetura e design.

Parque é atração turística imperdível

Desde então, outros trechos da ferrovia foram abertos ao público. Hoje, o parque High Line percorre 19 quadras, totalizando 2,3 quilômetros. É como se fosse um calçadão suspenso, com design moderno, bancos, lixeiras, gramados e mais de 500 espécies de plantas e árvores.

 

Em um ponto, os visitantes têm uma bela vista do Rio Hudson. É um passeio imperdível, tanto que se tornou uma das principais atrações turísticas da cidade que está entre as mais visitadas no mundo.

 

A manutenção, operação e gestão da agenda do local são feitas pela Friends of the High Line, em parceria com o Departamento de Parques e Recreação de Nova York. Na programação do parque estão atrações e performances artísticas dos mais variados tipos, abertas a todos e sempre com o engajamento da comunidade local.

 

Hoje, o High Line é, sem dúvida alguma, um ícone do urbanismo contemporâneo, que inspira iniciativas no mundo todo. Quer fazer um passeio virtual pelo parque? Navegue abaixo pelas imagens do Google Street View e imagine como seria percorrer a antiga via férrea pegando um sol e apreciando um bom chimarrão.

 

Faça a sua parte

Acorda, toma café da manhã, faz seu ritual de higiene, pega o carro, vai para o trabalho e, terminado o expediente, pega o carro novamente, volta para casa e descansa. Se quiser fazer um exercício, usa a academia do condomínio.

 

Essa é a rotina de muita gente, que acaba passando muito tempo no trânsito e pouco tempo aproveitando o ar livre. Você acha que isso é saudável?

 

Não é segredo para ninguém que sair para caminhar, encontrar outras pessoas e ter contato com o verde é uma receita infalível contra o estresse e, consequentemente, em benefício da saúde.

 

A mudança nesse estilo de vida passa pela existência de espaços públicos de qualidade. O que não é responsabilidade exclusiva do poder público. A Friends of the High Line, por exemplo, foi criada por dois membros da sociedade civil, sem cargos na administração municipal de Nova York.

 

Quer transformar a sua cidade? Então pense no que você mesmo pode fazer para alcançar esse propósito. Um bom ponto de partida é a leitura deste artigo sobre empoderamento coletivo, em que mostramos como criar um plano de ação e promover transformações positivas.

 

Você já conhecia o High Line? O que achou? Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, deixe um comentário abaixo. Não esqueça de compartilhar o conteúdo com seus amigos nas redes sociais 🙂

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Por que preservar e restaurar o patrimônio histórico? https://wikihaus.com.br/por-que-preservar-e-restaurar-o-patrimonio-historico/ https://wikihaus.com.br/por-que-preservar-e-restaurar-o-patrimonio-historico/#respond Fri, 14 Sep 2018 17:37:38 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51527 Na noite do dia 2 de setembro de 2018, o fogo começava a consumir as estruturas e o acervo do […]

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Na noite do dia 2 de setembro de 2018, o fogo começava a consumir as estruturas e o acervo do maior museu de história natural e antropológica da América Latina: o Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

 

Mais do que abrigar uma insubstituível coleção de itens que contavam a história do Brasil e do mundo, o próprio prédio tinha enorme valor histórico: nele se instalou a família real portuguesa quando aqui desembarcou, em 1808, fugindo das tropas napoleônicas.

 

As causas do incêndio ainda não foram divulgadas, mas de lá para cá governo federal e UFRJ (responsável pela administração do museu) trocaram acusações e o Ministério Público Federal pediu a interdição imediata de seis outros museus federais do Rio de Janeiro, até que eles adotem medidas de prevenção contra incêndios.

 

Anunciou-se a liberação de milhões para a reconstrução do Museu Nacional, mas o maior legado que a tragédia poderia proporcionar aos brasileiros seria a disseminação de uma mentalidade de preocupação real com a preservação do patrimônio histórico. Para que ações paliativas não fossem necessárias.

O que é patrimônio histórico?

Patrimônio histórico é um termo usado para se referir a bens naturais e físicos que contribuem para um maior entendimento e apreciação da riqueza histórica e cultural de uma nação. O que inclui sítios arqueológicos, ruínas, prédios, praças, monumentos, templos religiosos e outros.

 

No Brasil, o patrimônio histórico é protegido pelo Decreto-Lei Nº 25, de 1937, que em seu primeiro artigo o define da seguinte maneira (com a redação da época):

 

“Art. 1º Constitue o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interêsse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.”

 

Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto (MG)

Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto-(MG), é um exemplo de patrimônio histórico brasileiro. Foto: Antonio Correa

Por que é importante preservá-lo?

Parte da resposta está no trecho de lei que acabamos de transcrever. Segundo o artigo, a conservação é de interesse público pela sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil e “por seu excepcional valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico”.

 

Além de ajudar a montar o quebra-cabeça da história, o patrimônio histórico está repleto de informações sobre tradições e saberes da cultura de um povo e é importante fonte de pesquisa para diversas áreas do conhecimento.

 

Quem não tem o menor interesse nisso tudo ainda pode estar tentando entender qual a utilidade em preservar um prédio antigo como o do Museu Nacional, um palacete da primeira década do século 19.

 

Para esses, vale citar o velho chavão: “povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la”. A repetição, nesse caso, é no mau sentido, de passar novamente por episódios negativos que ocorreram no passado.

 

Em vez de esquecer, relembrar para não permitir que aquilo se repita. É por isso que, na Alemanha, a memória do nazismo, uma página negra na história do país, é tão preservada.

 

Há motivos mais concretos e imediatos para desejar a preservação de nosso patrimônio histórico: o principal é a qualidade de vida. Estamos falando de bens intimamente relacionados com a identidade do local e que, por isso, ajudam a construir em nós uma sensação de pertencimento, muito importante em um mundo cada vez mais homogêneo.

 

Isso tudo sem contar na beleza insuperável que a maioria das construções antigas possui. Veja, abaixo, a foto do Theatro São Pedro, de Porto Alegre, um prédio concluído em 1858, e diga se não é uma construção digna de uma demorada contemplação.

 

Theatro São Pedro, Porto Alegre

Theatro São Pedro, em Porto Alegre. Foto: Cristina Gehlen

 

O aspecto estético, às vezes mais que os aspectos cultural e histórico, também fomentam o turismo. Sem as ruas e casas bem preservadas do centro histórico de Ouro Preto e do Pelourinho, em Salvador, será que esses seriam destinos turísticos tão visitados?

Restaurando um prédio histórico

A estrutura já se deteriorou. O tempo passou e os responsáveis por conservar o patrimônio histórico não fizeram seu trabalho. E agora? Além de lamentar e apontar dedos para os culpados, há muitos casos em que vale a pena investir na restauração.

 

Esse é um processo que precisa ser feito por pessoas especializadas, com muita responsabilidade e cuidado, e sem interferir nas características da obra original. Na medida do possível, devem ser utilizados os mesmos métodos construtivos e materiais da época em que a construção foi feita.

 

Em seu blog, a empresa canadense Heather & Little, especializada na restauração de construções históricas, listou quais considera os cinco principais desafios nesse trabalho:

 

  1. Não provocar danos irreparáveis ao patrimônio enquanto o restaura;
  2. Avaliar quando o ideal é substituir e não Remendar;
  3. Não fazer acréscimos inadequados no prédio;
  4. Atender ou superar normas modernas de construção sem arruinar o prédio;
  5. Encontrar uma equipe de restauração que fará o trabalho direito.

 

Alguns podem perguntar como fica a questão ambiental. Com a necessidade de construções mais sustentáveis, prédios antigos ainda têm espaço em nossas cidades?

 

No Brasil, muitas casas antigas eram feitas com terra e tinham pés-direitos altos, características que beneficiam a circulação do ar e a manutenção de uma temperatura agradável em meio ao verão tropical. Exige-se muito menos do ar condicionado, portanto.

 

Sem contar que, demolindo um prédio para construir outro, há um impacto ambiental enorme, com geração de resíduos que serão descartados na natureza e gastos com energia, transporte, materiais e ferramentas para a construção.

 

E quanto ao dinheiro, o que é mais barato? Pode até acontecer de uma restauração ser tão complexa que custa mais dinheiro do que destruir a construção e fazer uma nova. Mas e o valor histórico e cultural do qual falamos antes, será que não deveria entrar nessa conta?

 

Para quem se preocupa tanto com o dinheiro, uma coisa é certa: os esforços constantes para a conservação, uma ação preventiva, custam dezenas de vezes menos que a restauração ou que construir uma obra nova no local. E ainda preserva melhor as características originais.

 

Que tal, então, começar a se preocupar mais com o impacto positivo de prezar pelo patrimônio histórico da sua rua, bairro, cidade e país?

 

Se você ficou com alguma dúvida ou sugestão sobre o tema, deixe um comentário abaixo. Gostou do artigo? Compartilhe com seus amigos nas redes sociais 🙂

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De olho no futuro: conheça o 4º Distrito de Porto Alegre https://wikihaus.com.br/de-olho-no-futuro-conheca-o-quarto-distrito-de-porto-alegre/ https://wikihaus.com.br/de-olho-no-futuro-conheca-o-quarto-distrito-de-porto-alegre/#comments Thu, 06 Sep 2018 19:25:02 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51504 O 4º Distrito de Porto Alegre é um belo exemplo de como cidades são organismos vivos e estão em constante […]

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O 4º Distrito de Porto Alegre é um belo exemplo de como cidades são organismos vivos e estão em constante transformação. É uma região histórica, que já foi o centro da atividade social e industrial da capital gaúcha. Há muitos anos, sofre com um certo abandono, mas aos poucos volta a reivindicar a importância de outrora.

 

Graças a iniciativas de empreendedores e criativos, que optam por instalar seus negócios e promover suas atividades na área. Não apenas por conta do incentivo tributário fornecido pela prefeitura, mas por acreditarem que o 4º Distrito tem potencial para conquistar um lugar cada vez maior no coração dos porto-alegrenses.

Onde fica o 4º Distrito de Porto Alegre?

É chamado de 4º Distrito a região que engloba os bairros porto-alegrenses Floresta, São Geraldo, Navegantes, Farrapos e Humaitá. A área forma uma faixa que faz limite com o Centro Histórico, passa ao lado da área nobre do Moinhos de Vento e vai até a fronteira noroeste da cidade, onde fica a Arena do Grêmio. Veja a área demarcada no mapa abaixo:

 

 

A área também faz limite com o rio Gravataí e delta do rio Jacuí, que desaguam no Lago Guaíba. Por isso, nem todas as porções de terra do 4º Distrito sempre estiveram ali: muitas delas são aterros. A Avenida Voluntários da Pátria, por exemplo, antigamente ficava na beira do rio.

História do 4º Distrito

Além da proximidade com os rios, pelo 4º Distrito passava uma linha férrea que ligava Porto Alegre a outras regiões do estado. Essas características garantiam a quem se instalasse no local facilidade para o abastecimento de matéria-prima e no escoamento da produção. Assim, foi natural que o desenvolvimento da indústria ocorresse nessa região da cidade.

 

A partir das primeiras décadas do século 20, as fábricas começavam a se instalar na Avenida Voluntários da Pátria. O desenvolvimento industrial trouxe também muita gente para morar e instalar estabelecimentos comerciais nas redondezas. Outras avenidas, como Farrapos, Cristóvão Colombo, Benjamin Constant e São Pedro, também passaram a abrigar fábricas importantes e ganharam relevância.

 

Segundo contou Leila Mattar, arquiteta e professora da PUCRS, em reportagem da Zero Hora sobre o 4º Distrito, a área entre as avenidas Farrapos e Voluntários da Pátria já chegou a ser chamada de “bairro-cidade, pois tinha o que se precisava para viver”.

 

Isso começou a mudar a partir da década de 1970, quando as indústrias migraram para outras cidades da Região Metropolitana e do estado. Com a saída das empresas, o interesse dos porto-alegrenses por viver no 4º Distrito foi diminuindo e a região começou a se degradar.

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Vista aérea do bairro Farrapos. Foto: Joel Vargas/PMPA.

Polo criativo

Apesar da degradação, os bairros do 4º Distrito não deixaram de compor uma área social e comercial vibrante. Com tanta história e uma localização privilegiada, a região tem um grande potencial cultural e econômico que tem sido melhor explorado nos últimos anos.

 

O poder público também passou a reconhecer a necessidade de resgatar a importância da região. Em 2015, a Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou uma Lei Complementar do Executivo que concede isenção de IPTU a imóveis utilizados por empresas de bases tecnológica nos bairros que compõem o 4º Distrito.

 

Os empreendedores também podem solicitar isenção do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) caso queiram adquirir sua sede no bairro Floresta, São Geraldo, Navegantes, Farrapos ou Humaitá.

 

Espera-se, porém, medidas mais contundentes como parte de um plano de revitalização efetiva da região. Enquanto isso não acontece, a comunidade de moradores e empreendedores do 4º Distrito vai fazendo a sua parte.

O que tem de legal no 4º Distrito?

Agora que você já conhece a história do 4º Distrito, onde fica e qual o seu potencial, que tal saber mais sobre as iniciativas e atrações da região? Veja a seguir.

ZISPOA

A Zona de Inovação Sustentável de Porto Alegre (ZISPOA) é um movimento independente que pretende transformar Porto Alegre em um dos lugares mais inovadores e sustentáveis da América Latina. Ela engloba startups e projetos criativos em alguns bairros da capital, entre eles o Floresta. Neste artigo, falamos mais sobre a ZISPOA e alguns de seus projetos que estão no 4º Distrito.

Vila Flores

O Complexo Arquitetônico Vila Flores (Rua São Carlos, 753) é uma das principais iniciativas inovadoras e colaborativas de Porto Alegre. Ele abriga uma associação que promove atividades sociais e culturais e também empreendimentos criativos de diversas áreas. Para saber mais, acesse este artigo de nosso blog.

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Complexo arquitetônico Vila Flores. Foto: Fernando Banzi e Lauro Rocha

Cluster criativo no bairro Floresta

Outra iniciativa legal do Floresta é o Distrito C, que reúne dezenas de empreendedores e artistas que ajudam a transformar o bairro em um polo de economia criativa. Para conhecer alguns dos lugares mais legais que fazem parte do projeto (criado pela UrbsNova Porto Alegre – Barcelona), confira este artigo.

Coworking da produção

O Galpão Makers (Rua Gaspar Martins, 267) é uma comunidade composta por vários empreendedores locais, que compartilham um pavilhão equipado com várias máquinas para trabalhos em madeira e metal. Além dos residentes, com livre acesso aos equipamentos, há a possibilidade de pagar diárias para usar o espaço. O coletivo ainda promove oficinas, workshops e debates.

Cervejas artesanais

O bairro São Geraldo tem atraído os amantes de uma boa cerveja. A Distrito Brewpub (Av. Amazonas, 835) abre as portas para cervejeiros interessados na produção colaborativa e a 4Beer (Av. Polônia, 200) tem 34 torneiras de chopp para quem gosta de experimentar vários estilos diferentes.

Música ao vivo

Inaugurado em agosto de 2017, o Agulha (Rua Conselheiro Camargo, 300) é um bar que busca agregar vários públicos e, por isso, evita estigmas. Desde que surgiu, tem feito sucesso na noite porto-alegrense, movimentando uma área antes pouco frequentada com ótimas atrações musicais locais, nacionais e internacionais.

Estúdio de primeiro nível

O estúdio Audio Porto (Rua Câncio Gomes, 609) foi criado com a intenção de transformar Porto Alegre em referência na produção de áudio a nível nacional e global. Tem mais de 900 m², as mais avançadas tecnologias e profissionais qualificados. Uma estrutura que deixa qualquer músico babando.

Lazer e comida

Além desses empreendimentos e iniciativas, o 4º Distrito pode ser um bom local para passear nos finais de semana. Alguns dos principais programas são assistir a um jogo do Grêmio em sua bela arena e almoçar em uma das ótimas churrascarias e galeterias do bairro São Geraldo. Ou então percorrer a Gonçalo de Carvalho, a “rua mais bonita do mundo”, que fica no bairro Floresta.

 

Não conhece nenhuma dessas atrações do 4º Distrito de Porto Alegre? Arrume um tempo na sua agenda para conferir as iniciativas e programas mais legais da nossa lista. Algo ficou de fora? Comente abaixo 🙂

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Cidades acessíveis para todos https://wikihaus.com.br/cidades-acessiveis-para-todos/ https://wikihaus.com.br/cidades-acessiveis-para-todos/#comments Thu, 23 Aug 2018 19:28:02 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51465 Quando ouvimos falar em cidades acessíveis, é comum pensar primeiro em pessoas com algum tipo de deficiência. Isso é ótimo, […]

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Quando ouvimos falar em cidades acessíveis, é comum pensar primeiro em pessoas com algum tipo de deficiência. Isso é ótimo, pois geralmente esses são os indivíduos que mais sofrem com ambientes urbanos mal planejados.

 

E não estamos falando de pouca gente: segundo dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6,2% da população brasileira tem deficiência auditiva, visual, física ou intelectual. Isso equivale mais ou menos a uma em cada 16 pessoas.

 

O que vamos propor aqui, no entanto, é ampliar essa visão, pensar em cidades acessíveis para todos. Não se trata de menosprezar a luta de cadeirantes, cegos e outros, mas sim de não deixar ninguém de fora.

 

Uma pessoa com autismo, por exemplo, pode ter hipersensibilidade a sons, luzes e movimento. Se a cidade onde ele vive tem poluição sonora e visual, trata-se de um ambiente pouco convidativo e, por que não, pouco acessível.

 

Mas será que o autismo está na lista de deficiências intelectuais? É aqui que queremos chegar: não importa. Para o debate sobre as cidades acessíveis, tanto faz. O que interessa é que a pessoa com autismo tem o direito de viver em uma cidade acolhedora, como qualquer um.

 

No fim, todo mundo é beneficiado: pessoas com deficiência, idosos, pessoas com mobilidade reduzida, pessoas com estatura reduzida, pedestres em geral e até mesmo motoristas, pode acreditar. Porque a cidade acessível tem mobilidade, melhor sinalização e infraestrutura de trânsito, o que torna o tráfego de veículos muito mais organizado e seguro.

escada

Escadarias como essa são grandes obstáculos para cadeirantes quando não há outra opção.

O que caracteriza as cidades acessíveis

As cidades acessíveis são aquelas que ajudam — e não dificultam — a locomoção das pessoas. Que estimulam a interação entre a cidade e a população. São mais agradáveis e convidativas, menos opressivas.

 

Para ajudar na definição, podemos pegar emprestados os critérios do prêmio Access City Award, concedido pela União Europeia às cidades com mais disposição, capacidade e esforços para se tornarem mais acessíveis.

 

São premiadas as cidades que garantem acesso igual a direitos fundamentais, melhoram a qualidade de vida de sua população e asseguram que todo mundo — independentemente de idade, mobilidade ou capacidade — tenha igual acesso a todos os recursos e prazeres que a cidade tem a oferecer.

 

Esse tipo de definição, embora seja subjetivo, é mais completo do que normas, que nem sempre dão conta de todas as variáveis que tornam uma cidade realmente acessível. Ainda assim, é claro que as normas são muito importantes.

 

No Brasil, é a NBR 9050, da ABNT, que trata do tema acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

 

Para sermos um pouco mais objetivos, podemos citar as escadas, passeio público estreito e esburacado, meio-fio sem rampa e portas-giratórias como alguns dos principais obstáculos enfrentados por pessoas com deficiência em ambientes públicos e privados.

 

As cidades acessíveis, por outro lado, estão repletas de rampas de acesso, elevadores, corredores mais largos, transporte público adaptado, piso tátil, sinalização em braille, avisos sonoros, assentos para pessoas com obesidade e outros recursos que tornam os ambientes mais inclusivos.

piso-tatil

O piso tátil é muito importante para ajudar na locomoção das pessoas com deficiência visual.

Cidades mais acessíveis do Brasil

O Brasil ainda tem muita coisa para melhorar em termos de acessibilidade. Mas por que não focar no impacto positivo do que já foi implantado com sucesso? O site do governo brasileiro já destacou alguns dos principais exemplos, que mostramos a seguir.

São Paulo (SP)

Maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo, São Paulo ganha destaque na lista por conta de atrações como o Memorial da América Latina e o Museu do Futebol, que contam com áudio-guias, totens em braille, maquetes táteis, imagens em relevo, piso tátil e acesso para cadeirantes.

Rio de Janeiro (RJ)

A Cidade Maravilhosa se tornou uma das referências desde que sediou as Paralimpíadas, em 2016. Foram investidos R$ 75 milhões em obras de acessibilidade. Hoje, o turista com deficiência pode acessar sem problemas atrações como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor.

Salvador (BA)

A primeira capital brasileira tem muita história, mas soube se adaptar aos tempos modernos. O centro histórico da cidade, patrimônio cultural da humanidade, agora tem guias rebaixadas, rampas e elevadores, recursos que tornam possível transitar pelas famosas escadarias e ladeiras de Salvador.

Foz do Iguaçu (PR)

Com as maravilhosas Cataratas do Iguaçu, Foz reúne multidões de turistas de todos os cantos do mundo e é pioneira no turismo de inclusão no país. É um dos destinos com maior número de pontos turísticos acessíveis.

Uberlândia (MG)

Não são apenas as cidades turísticas que são adaptadas para terem maior acessibilidade. Uberlândia não consta na lista do site do governo brasileiro, mas não poderia ficar de fora por ser talvez a principal referência em acessibilidade no Brasil.

 

Com 600 mil habitantes, a cidade possui rampas de acesso em todas esquinas, tanto no centro quanto nos bairros, piso tátil por tudo e uma frota com 100% dos ônibus com elevadores para cadeirantes. Qualquer projeto para uma nova rua, prédio ou loteamento só é aprovado se tiver um plano de mobilidade.

Exemplos de cidades acessíveis pelo mundo

Para seguir melhorando nossas cidades, que tal ficar de olho em exemplos legais de outros países?

Chester (Inglaterra)

A cidade britânica de Chester venceu o Access City Award em 2017 e se tornou um grande case para a Europa por ter transformado um centro histórico bastante antigo em um ambiente totalmente acessível. Permite ao viajante não apenas visitar o lugar, mas também conferir cada pequeno detalhe.

Londres (Inglaterra)

Ainda na Inglaterra, Londres sempre foi uma cidade pioneira em sua milenar história. Em 1995, foi aprovada lá uma lei que declara crime a discriminação contra pessoas com necessidades especiais.

 

Hoje, mesmo com uma malha ferroviária centenária, a maioria das estações do metrô têm adaptações — e pessoas com deficiência não pagam pelo transporte público.

londres

Liubliana (Eslovênia)

Além de ser uma das cidades mais sustentáveis do planeta, Liubliana possui ônibus modernos, com sinais de aviso sonoro e visual para pessoas com deficiência visual e auditiva. Nos pontos, há painéis em braille.

 

O principal local turístico da cidade, o Castelo de Liubliana, é adaptado. No centro, é possível se deslocar com os Kavalir, pequenos veículos elétricos que transportam passageiros gratuitamente.

Dubai (Emirados Árabes Unidos)

Como é uma cidade moderna, a maioria dos prédios, restaurantes e atrações de Dubai têm ótima acessibilidade para cadeirantes. Seu sistema de metrô é livre de barreiras para pessoas com mobilidade reduzida e se conecta ao aeroporto.

 

Aeroporto que, aliás, é um dos melhores do mundo no quesito acessibilidade, com salas de espera acessíveis, triagem acelerada e filas exclusivas para cadeirantes.

Melbourne (Austrália)

O sistema de transporte público de Melbourne é altamente acessível. Além disso, a grande maioria dos pontos turísticos da cidade são desenvolvidos para que todos possam apreciar do mesmo jeito. Na Ilha Phillip, por exemplo, existe um mirante totalmente acessível para cadeirantes.

 

E para você, o que torna uma cidade acessível? Reflita sobre o que você pode fazer para contribuir. Se você gostou do conteúdo, compartilhe o artigo com seus seguidores nas redes sociais.

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8 coisas para fazer na nova orla do Guaíba https://wikihaus.com.br/8-coisas-para-fazer-na-nova-orla-do-guaiba/ https://wikihaus.com.br/8-coisas-para-fazer-na-nova-orla-do-guaiba/#comments Thu, 16 Aug 2018 18:09:48 +0000 https://wikihaus.com.br/2020/?p=51420 Quem acompanha nosso blog sabe o quanto insistimos na necessidade de humanizar as cidades com espaços públicos bem cuidados e […]

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Quem acompanha nosso blog sabe o quanto insistimos na necessidade de humanizar as cidades com espaços públicos bem cuidados e ocupados. Com a liberação do primeiro trecho da nova orla do Guaíba, de 1,3 km (entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias), Porto Alegre deu um grande passo nessa direção.

 

O local, batizado como Parque Moacyr Scliar, foi aberto ao público oficialmente no dia 29 de junho de 2018, após um longo período com tapumes e cercas afastando a comunidade do seu querido Guaíba.

 

A cada fim de semana, o parque reúne multidões de todas as idades e estratos sociais. Afinal, no sábado e domingo, a Avenida Edvaldo Pereira Paiva é bloqueada ao trânsito de veículos, ampliando o espaço de lazer.

 

Ainda não foi conferir como ficou a nova orla? Aproveite a primeira oportunidade que tiver e visite a atração. O que não faltam são opções de atividades ao ar livre para curtir o Guaíba. A seguir, apresentamos algumas ideias.

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Primeiro trecho revitalizado da orla do Guaíba foi aberto ao público. Foto: Ana Krack/Divulgação PMPA

8 maneiras de curtir o Parque Moacyr Scliar

1. Tomar um bom mate

Há poucas coisas que o gaúcho gosta mais do que tomar um bom chimarrão. O hábito é ainda mais agradável quando feito ao ar livre, na companhia de pessoas queridas e com uma bonita paisagem a ser admirada. Então prepare a cuia, encha a térmica e aproveite a nova orla.

2. Caminhar

Tão simples quanto gratificante, uma caminhada despretensiosa tem poderes incríveis. Está estressado? Percorra a pé, ida e volta, o trecho revitalizado da orla. Colocando-se em movimento e contemplando as águas do Guaíba, é impossível não se sentir melhor. Apressando o passo, você ainda consegue queimar um bom número de calorias.

3. Apreciar o pôr do sol

O pôr do sol no Guaíba é realmente o melhor do mundo? Tanto faz, o que importa é que ele está no coração dos porto-alegrenses. Passeie pelo parque e aguarde o cair da tarde. Pode tirar selfies à vontade, mas a dica aqui é não deixar o momento especial passar sem ter apreciado com os próprios olhos em vez de assisti-lo pela tela do celular.

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Aprecie um lindo pôr do sol na nova orla. Foto: Brayan Martins/Divulgação PMPA

4. Andar de bicicleta

Uma das principais atrações da nova orla é a sua ciclovia. Nada como pedalar ao lado do principal cartão postal de Porto Alegre. O legal é que, além dos postes com iluminação LED, o próprio piso — da ciclovia e do passeio para pedestres — é iluminado com fibra ótica, tornando possível pedalar também à noite.

 

Quem não tem uma “magrela” pode aproveitar o sistema do Bike POA. Há estações no começo da Rua dos Andradas (ao lado do Museu do Trabalho, próximo ao Gasômetro); na rótula que liga as avenidas Presidente João Goulart, Loureiro da Silva e Edvaldo Pereira Paiva; e em frente ao Ministério Público Estadual (na Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, próximo à Rótula das Cuias).

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Aproveite a cicloria para pedalar com vista para o Guaíba. Foto: Ana Krack/Divulgação PMPA

5. Praticar esportes

Caminhar e andar de bicicleta, atividades que já mencionamos, podem ser considerados esportes, quando feitas com alguma intensidade. Mas outras práticas esportivas também têm na nova orla um ótimo lugar para sua prática: andar de skate e patins na ciclovia ou correr nos passeios, por exemplo.

 

O parque ainda conta com aparelhos de ginástica e quatro quadras: duas para futebol, com piso de concreto, e duas para vôlei, com areia. Reúna seus amigos, junte dois times e aproveite a nova estrutura.

6. Ler um bom livro

A proximidade com as águas acalma e é um ótimo cenário para quem gosta de ler. Ao longo do parque, há decks de madeira com bancos estilosos de frente para o Guaíba. Em finais de semana, a disputa por eles é acirrada, e a grande quantidade de pessoas pode dificultar a concentração do leitor.

 

Então a dica é tentar, se possível, visitar a nova orla em um dia de semana, mais sossegado. Que tal aproveitar e ler alguma obra de Moacyr Scliar, o imortal que deu nome ao local? Recomendamos O Centauro no Jardim e O exército de um homem só.

7. Brincar com os filhos

Quem tem filhos sabe o quanto de energia que uma criança tem. Que tal gastá-la brincando na nova orla? Além de andar de bicicleta e correr pela grama, os pequenos podem brincar no playground com balanço, gangorra, escorregador e outros brinquedos. Fique de olho: no fim de semana, com tanta gente circulando por lá, cuidado para não perder a criança de vista.

8. Contemplar obras de arte

O trecho revitalizado abriga três monumentos feitos para a Bienal do Mercosul de 2005, que apresentam um olhar dos artistas para o Guaíba:

 

  • Olhos Atentos, de José Resende, tem funcionado como um mirante;
  • Cascata, de Carmela Gross, uma escada de concreto desenvolvida para criar um efeito de cascata quando chove, levando as águas ao Guaíba;
  • Paisagem, de Mauro Fuke, composto por 648 degraus em diferentes níveis, cobertos por granito rosa, refletindo a luz do entardecer;
  • Espelho Rápido, de Waltercio Caldas, que remete ao espelho d’água do Guaíba, com suas rochas e laje de granito branco.

 

Para saber mais sobre os monumentos, confira esta reportagem do Jornal do Comércio.

Em breve: bares e restaurantes

Até o fim de setembro de 2018, a nova orla deve ganhar uma nova atração: um restaurante panorâmico construído sobre o Guaíba, próximo à Usina do Gasômetro. Essa é a previsão do permissionário, que planeja investir R$ 400 mil no local. O restaurante terá cardápio para almoço, happy hour e jantar.

 

Também foram lançados editais para a administração de quatro espaços para bares ao longo do trecho da nova orla. Um deles — o mais próximo do restaurante — também deve abrir em setembro. Outros dois estão com tudo pronto para a assinatura do contrato, e o último deve passar por um novo processo de licitação.

 

O projeto do Parque Moacyr Scliar ainda prevê a atuação de 19 ambulantes. O processo de regulamentação para essas atividades, porém, ainda está sendo analisado pela prefeitura. Nos finais de semana, enquanto o restaurante e os bares não abrirem, os visitantes podem aproveitar os foodtrucks espalhados ao longo da Avenida Edvaldo Pereira Paiva.

Mais novidades no Guaíba

Além do Parque Moacyr Scliar, outras obras que devem acontecer nos próximos anos vão continuar melhorando a relação dos porto-alegrenses com o Guaíba. Veja quais os status dos projetos:

 

  • Cais Mauá: a restauração dos armazéns, construção de centro de eventos, torre comercial, hotel e shopping a céu aberto tem previsão de entrega para 2024.
  • Usina do Gasômetro: a intenção da prefeitura é licitar as obras antes do fim de 2018, para realizar a reforma em 2019 e entregá-la em 2020.
  • Trecho 2 da orla: o projeto, que contempla a área que vai da Rótula das Cuias até o Arroio Dilúvio, ainda está em fase de captação de recursos. A intenção da prefeitura é licitar até o fim de 2019.
  • Trecho 3 da orla: para revitalizar o trecho entre o Arroio Dilúvio e o Parque Gigante, a situação é a mesma do trecho 2.

 

Para saber mais, acesse o infográfico publicado no dia 10 de agosto no GaúchaZH.

Dicas extras

Para finalizar, depois de tanto falar sobre as atrações da nova orla e novidades vindouras, temos algumas dicas para que a experiência seja positiva para você e para as demais pessoas que circulam no local:

 

  1. Proteja-se: quando está mais fresquinho, ou naqueles dias traiçoeiros em que a temperatura despenca quando o sol se põe, não economize no agasalho. A dica aqui é levar um casaco corta-vento e um cachecol para proteger o pescoço, pois venta muito às margens do Guaíba.
  2. Respeite o espaço do outro: se você está de bicicleta, patins ou skate, use a ciclovia. Se está a pé, cuide para não atrapalhar o espaço dos ciclistas. A faixa destinada às bikes está pintada com um vermelho bem chamativo, é fácil de notar.
  3. Recolha o lixo: foram instaladas lixeiras ao longo do parque. Mas se você não estiver enxergando nenhuma próxima a você, não jogue o lixo fora — lembre-se que ele pode acabar parando nas águas do Guaíba. Fique com ele até achar uma cesta, ou então guarde em uma sacolinha.

 

O que você achou das novidades? Tem alguma sugestão do que poderia tornar a orla do Guaíba um espaço público ainda melhor? Deixe seu comentário abaixo.

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