Hack The City: ideias que geram impactos positivos nas cidades

A melhor forma de reclamar é fazendo. Esse é o pensamento do Hack The City, uma iniciativa que visa ir além das queixas, da vontade de mudar, da espera pelo outro para agir. Do verbo em inglês, hackear nada mais é do que a atitude incomum de conhecer e modificar aspectos para obter soluções e efeitos extraordinários, indo além do normal. Agora, imagine essa ação aplicada à sua vida, às ruas que você circula, à sua cidade.

 

Aqui na Wikihaus, acreditamos que a colaboração é a base de sustentação para todo e qualquer projeto. Criar a partir de ideias múltiplas, de olhares diferenciados e de realidades plurais contribui para a construção de cidades mais inteligentes, sustentáveis e ótimas para se viver. Consultar pessoas de diferentes áreas é uma das maneiras de promover a mudança. Já falamos um pouco sobre isso aqui.

 

Essa superideia da Shoot The Shit conversa muito com esse tipo de pensamento: acredita que todos somos capazes de transformar o mundo em um lugar mais criativo, divertido e colaborativo. Desde 2010, o Hack The City vem sendo realizado por meio de ações inovadoras na cidade de Porto Alegre, em workshops, encontros, congressos e eventos. Sua última edição, em abril de 2017, no Rio de Janeiro, foi financiada via crowdfunding e além do objetivo de impactar meio milhão de pessoas, deu origem a uma websérie e um guia de replicação de projetos – para inspirar mais lugares pelo Brasil.

 

Quer saber mais? Embarca nessa com a gente, acompanhe uma história sensacional e inspire-se para hackear sua própria cidade!

 

Bons motivos para hackear a cidade de forma colaborativa

48h para inspiração e troca de ideias fora do status quo, em um lugar sensacional, e com uma grana para colocá-las em prática. Parece um sonho? Foi a oportunidade que 25 jovens inquietos e com espírito fazedor tiveram no Hack The City Rio de Janeiro, edição realizada em abril do ano passado. O objetivo? Construir cinco projetos que impactassem positivamente a cidade e as pessoas que a habitam. Tudo como uma forma de fazer por conta própria aquilo que se cobra do governo ou de outras instituições.

 

No primeiro episódio da websérie Hack The City, é possível entender como funciona a imersão no projeto. Se (auto)reconhecer, entender como se pode ajudar a cidade e compartilhar suas próprias histórias fazem parte da iniciação para transformar. Algo que você também pode replicar no lugar onde vive!

 

 

Sem a colaboração, nada seria possível. Todo mundo sabe que juntos somos mais fortes, não é? É por isso que um dos principais focos do Hack The City é estimular o pensamento colaborativo. Entender que o grupo é sempre mais inteligente que o mais inteligente do grupo. A partir dos conhecimentos diversos, das diferentes histórias e percepções sobre o lugar onde se vive, é possível criar ideias realmente inovadoras. Ainda durante o processo de imersão, os participantes foram divididos em grupos com diferentes causas: cidade para pessoas, desigualdade social e educação.

 

No segundo episódio da websérie, inicia-se a discussão sobre quais perguntas vão ajudar a nortear os projetos. Afinal, o que move o mundo são as perguntas, não as respostas. E foram cinco as questões guias:

 

  • Como podemos estimular o rolê pela cidade?
  • Como podemos reconectar as pessoas através de não lugares?
  • Como podemos estimular a autoreflexão e empatia em relação a gênero, sexualidade e raça?
  • Como podemos contribuir para o empoderamento de mulheres das comunidades?
  • Como utilizar a cidade como interface de aprendizagem, valorizando o saber coletivo?

 

 

Como nasce uma ideia (e como ela é replicada)?

O brainstorm é o momento onde as ideias tomam conta da mente, são compartilhadas e nada (nem ninguém) podem ousar dizer que não fazem sentido. É o momento de colocar para fora tudo de mais criativo que nos habita. É assim que as ideias nascem e é isso que podemos realmente transformar nossas realidades. Quando mais pessoas se perguntam juntas, mais respostas interessantes emergem. Anotar as ideias, ter o máximo de ideias possível, não dizer não, aceitar o silêncio e divertir são as regras básicas para avançar projetos. Se falamos em transformação de cidades, falamos principalmente de indivíduos. O que pode gerar uma reação interessante em quem vê? Esse deve ser o motivador!

 

No terceiro episódio, é possível entender como fazer nascer ideias simples, criativas e replicáveis que gerem impacto real e positivo sobre a cidade. Uma lição inspiradora, para levar para todos os âmbitos da vida.

 

 

Depois de reunir tudo o que vem na mente, é chegada a hora de discutir, de conversar, de refletir. Afinal, já diria Raul: sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade. Poder compartilhar seus pensamentos é uma ótima forma de pensar sobre eles. Dar e receber feedbacks é uma ótima práticas para fazer florescer projetos. Mas, como dar retornos de uma forma positiva e construtiva? A prática do “eu gostei, eu gostaria” é uma excelente alternativa.

 

No quarto episódio da websérie, você confere como essa prática colaborativa pode impulsionar seus projetos e fazer suas ideias decolarem. Ideias pensadas não podem ser ideias fechadas!

 

 

Colocar as ideias em prática também faz parte do processo criativo. Infelizmente (ou felizmente) é preciso saber delimitar as ideias. É impossível transformar o mundo todo e é impossível fazer qualquer mudança do dia para a noite. Tornar as ideias mais simples pode ser uma forma de realmente colocar em prática aquilo que se quer. As transformações precisam se dar de uma forma simples e até pequena. Modificando aos poucos, ganha-se tempo e incentivo para ir contagiando tudo ao seu redor.

 

O quinto episódio da websérie fala justamente sobre como é essencial simplificar as ideias, não só como forma de conseguir agir hoje mesmo, mas pensando em como se fazer entender. Simplificar não se trata de diminuir, se trata de escalar, de multiplicar.

 

 

Repensar problemas, expor ideias e colocar as mãos na massa

Achar um novo propósito para algo que não se gosta. Essa é uma das intenções de hackear. Pense em tudo o que você não gosta no lugar onde vive, em tudo que incomoda você, em tudo que poderia ser diferente. Como você poderia ressignificar esses problemas? Esperar por outras pessoas, pela prefeitura, pelas grandes empresas nem sempre é uma boa alternativa. Ter coragem e fazer a diferença com o que se tem é possível, e nem sempre você precisa de autorização para isso. Mesmo que você não consiga cuidar do saneamento básico, colocar uma faixa de segurança onde não existe ou mesmo fazer com seu vizinho também separe seu lixo, você pode criar mecanismos que chamem a atenção de outras pessoas, que engajem e que promovam a mudança.

 

No sexto episódio da websérie, podemos refletir um pouco sobre resistência e persistência. Confiar no processo e aproveitar o caminho são determinantes para impactar.

 

 

Jogar suas ideias para o mundo, apresentar seus motivos, suas intenções. Expor também é uma forma de reflerir. No sétimo episódio da websérie, os participantes do Hack The City apresentam seus projetos e justificam suas escolhas, mostram como não só final é importante, mas todo o caminho até ele. Em poucos dias, eles precisavam colocar a mão na massa. Em poucos dias, você também pode fazer a diferença onde vive.

 

 

Chegada a hora de colocar os sonhos em prática. Algo que parece tão distante e tão difícil, mas que na verdade é resultado da atitude, da vontade de fazer, do desejo de mudar. Muros, postes, passarelas, paradas de ônibus, calçadas, asfalto. Lugares por onde passamos e nem reparamos. Por que não transformá-los em locais de reflexão? Esqueça as matérias de TV ou vídeos sensacionais nas redes sociais. Você também pode transformar e agir hoje mesmo. Em dois dias e meio, o Hack The City colocou em prática cinco projetos incríveis, com muita criatividade e pouca grana. Fazer é maior do que dizer, só é preciso mão na massa e no coração.

 

No último episódio da websérie, você pode conferir uma prévia dos projetos que saíram da imersão, ganharam as ruas da cidade e já estão inspirando milhares de pessoas.

 

 

Ficou empolgado? Ótimo! Essa não é a última edição do Hack The City. Muito mais coisas legais podem vir por aí. Acesse o site do projeto e faça a próxima edição acontecer. Independente da área que você atua, o Hack The City impulsiona pessoas a criar projetos que transformem cidades pelo Brasil. E saiba: você também pode reunir pessoas da sua cidade e começar a fazer a diferença hoje mesmo. Vamos mudar juntos? 🙂

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