Quando o assunto é educação financeira, o Brasil está na retaguarda. A falta de experiência financeira se manifesta, hoje, no alto crescimento do número de devedores (59,4 milhões de consumidores, segundo oSPC Brasil) e no fato de que 70% da população não tem o hábito de poupar.
Refletir sobre o próprio dinheiro é uma tarefa essencial. E, quanto mais cedo se iniciar a consciência econômica, mais objetivos podem ser concretizados. Pode parecer óbvio, mas o tema ainda não é abordado como deveria. Não é disciplina escolar e não está tão presente na vida dos jovens-adultos.
Se identifica? Quer lidar melhor com seu próprio dinheiro, mas não sabe por onde começar? Fique tranquilo! Separamos algumas dicas valiosas para você iniciar sua jornada de educação financeira, já sair praticando e conquistar seus sonhos muito em breve. 💰
O primeiro passo de qualquer mudança e planejamento é se autoconhecer.
Você é do tipo consumista, que está sempre adquirindo itens, mesmo sem necessidade? Ou é do tipo mais controlado, que evita usar seu dinheiro ao máximo? Essas respostas são fundamentais na educação financeira, afinal, aprendemos melhor novas práticas quando reconhecemos nossas facilidades e limitações. São muitos os tipos financeiros (e você, inclusive, pode se identificar com mais de um), mas podemos destacar quatro principais:
Aquele que se preocupa com o futuro, sempre tem um dinheiro guardado, mas pela falta iniciativa, pode acabar deixando de fazer aplicações interessantes. Poupadores que não têm objetivo são um problema: não adianta economizar se você não sabe porque está fazendo isso.
Aquele que vive apenas o aqui e o agora, que enxerga o dinheiro como uma recompensa, que compra tudo o que precisa (e o que não precisa também). Gastadores podem até fazer um bom uso do dinheiro, mas devem cuidar para não se endividar.
Aquele que pensa menos em si e mais nos outros, que a qualquer sinal de necessidade alheia acaba emprestando dinheiro. Doadores, apesar do perfil solícito e da empatia, podem acabar sendo explorados.
Aquele que pensa no futuro, mas que estabelece metas financeiras para diferentes tipos de objetivo, pensa em aplicações e investimentos. Planejadores são ótimos empreendedores, mas precisam cuidar com a teimosia e estarem abertos para outras vertentes.
E aí, já sabe qual é o seu? Sugerimos que você analise seu último mês: guardou dinheiro, gastou tudo, emprestou para alguém ou fez algum investimento? Se reconheça antes de tudo!
Agora, você pode partir para uma etapa fundamental: a definição do objetivo. Sim, você precisa estipular um objetivo, que pode ser de curto, médio ou longo prazo (inclusive, você pode ter um para cada período). Para facilitar, vamos focar em um só objetivo, sempre pensando em algo que você almeja muito. Um exemplo: comprar seu primeiro apartamento. Depois de definido, responda às seguintes questões:
Quem não tem um objetivo, por menor que seja, não chega a lugar algum. Juntar dinheiro só porque é legal, não é uma boa maneira de começar uma organização financeira. Projete!
Não é somente na entrada de dinheiro que sua educação financeira precisa estar baseada. Você precisa refletir sobre todos os seus comportamentos relacionados à grana. Algumas atitudes podem ser consideradas e, certamente, podem trazer resultados significativos, inclusive a curto prazo – e que podem estimular ainda mais a continuar.
Então, não são hábitos tão complicados assim, não é mesmo? Experimente agir diferente no próximo mês e note que os benefícios já poderão ser sentidos. Acredite!
Agora que você já considera algumas boas práticas de planejamento financeiro, que tal aplicar a premissa básica da organização financeira? Vamos a regra 50-35-15! Essa é uma lei comum da educação orçamentária. Então, se você não sabe por onde começar, invista na seguinte ordenação:
Sabe aqueles gastos que são fundamentais para você se manter no dia a dia? Aluguel, contas de luz, água, telefone, internet, faculdade, plano de saúde e alimentação. Pois bem, esses podem ocupar até 50% do seu orçamento mensal.
Voltando à meta do apartamento: se você ainda mora com sua família, considere reservar até 30% desses gastos para investir no seu objetivo mais adiante.
Você também precisa pensar no hoje e no agora, afinal, ser escravo do seu próprio dinheiro não é legal. Logo, você pode investir 35% do seu orçamento em entretenimento, viagens, hobbies e complementações em geral. Lembre-se que dinheiro também deve ser sinônimo de satisfação.
É claro que esses gastos podem ser diminuídos ainda mais: assim, você reserva mais dinheiro para seu financiamento ou compra da casa própria.
Para não comprometer o seu bem-estar, cogite reservar apenas 15% dos seus ganhos em investimentos ou poupanças. É essa parcela que vai aproximar você do seu sonho, da sua meta! Muito provavelmente você não conseguirá diminuir seus gastos essenciais, mas você pode reduzir o investimento no seu estilo de vida e ampliar a quantia para investimentos.
O investimento vai depender de seu perfil, mas você começar com opções de baixo risco, como poupança ou CDB e, mais adiante, apostar em fundos de índices de ações, por exemplo.
Já está com muita vontade de colocar todas essas dicas em prática? Saiba que existem muitos aplicativos que podem ajudar você, seja para anotar gastos, fazer projeções, calcular descontos e muito mais. Aproveite seu melhor amigo (o celular) para criar o hábito de pensar na sua situação financeira. Selecionamos algumas boas opções de app:
O GuiaBolso é um dos aplicativos de finanças mais populares do país, já utilizado por mais de três milhões de usuários. É 100% gratuito e, nele, você pode registrar todas as suas transações de forma automática, lançar suas despesas e acompanhar o alcance de objetivos.
O Mobills é uma ótima opção para cadastro de despesas categorizado, controle de cartões de crédito, gráficos dinâmicos e interativos, além de um controle de metas e orçamentos. Possui versão gratuita e também paga.
O Organizze é um aplicativo muito clean e fácil de usar. Permite adicionar entradas e saídas de dinheiro, alertas de pagamento, planejamento e acompanhamento de metas, agenda, conciliação bancária e muito mais. Conta com versão gratuita e paga.
O Wally é outro sistema muito fácil e prática. Nele, basta inserir salário e gastos, assim, o app já apresenta orçamentos diários. Tem scanner para recibos e reconhece os lugares que você frequenta – como forma de mostrar onde você gasta seu dinheiro.
E então, pronto para mudar seus hábitos e repensar sua situação financeira? Comece pelo básico e certamente a evolução virá. Compartilhe esse conteúdo com seus amigos e ajude a mudar a vida deles também! 🙂
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Aprendi muito com esse artigo, vou pegar algumas ideias também para usar em nosso blog de finanças. Aprenda mais sobre finanças em nosso blog, temos muito conteúdo sobre financiamentos, empréstimos, economizar dinheiro e muito mais, acesse: https://tudosobrefinancas.com