Como uma das cidades mais antigas do Brasil, Porto Alegre podecontar sua história através de um ponto de vista arquitetônico. Quem analisa a estrutura urbana da cidade, baseando-se pela construção dos edifícios e monumentos históricos, consegue ver o mosaico de estilos espalhados pelo município.
É fácil traçar uma linha histórica dos movimentos estilísticos vigentes em cada época. Os primeiros projetos eram dotados de um estilo colonial português. Com o passar do tempo foi adotado o estilo neoclássico e eclético até chegar em um estilo mais moderno que configura Porto Alegre como metrópole que é hoje.
Com a atualização constante dos métodos e estilos utilizados atualmente, podemos dizer que a arquitetura da nossa cidade se caracteriza como estilo híbrido internacionalizante, pois são encontrados diversos estilos em um único lugar.
Porém, não são só rosas que descrevem a situação atual da estrutura urbana de Porto Alegre. Já faz algum tempo que a cidade parou de dar a atenção necessária para seus monumentos e prédios históricos. Diversas comunidades espalhadas pela cidade também ainda não possuem acesso a serviços básicos próximos.
Quem estuda arquitetura sabe que a principal função do profissional é facilitar a vida da população com a criação de projetos específicos para cada necessidade.
A Wikihaus preparou esse post especialmente para você que se interessa pelo mundo da arquitetura e também é apaixonado por Porto Alegre. Pegue sua caneta e anote nossas dicas! São os 3 lugares que todo arquiteto precisa conhecer em Porto Alegre.
Muitos não sabem, mas o projeto arquitetônico da Fundação Iberê Camargo foi vencedor do Troféu Leão de Ouro da 8ª Bienal da Arquitetura de Veneza, em 2002, láurea inédita na América. Seu investimento foi de R$ 40 milhões e contou com patrocínios da Gerdau, Petrobras, Camargo Corrêa, Itaú, Vonpar e outras empresas.
A estrutura constituída por concreto branco, criado pela mistura do concreto com pedras brancas do rio ao lado, chama atenção pelas suas curvas e retas no exterior e no interior do prédio. Junto com as curvas, diversos corredores e rampas vão da simetria à assimetria rapidamente, estreitando o diálogo com a natureza.
Outro ponto que é pouco conhecido sobre o local foi a preocupação com o meio ambiente no momento de sua construção. Todo o projeto foi elaborado sobre um terreno estreito, entre águas e pedras. O arquiteto soube aproveitar o ambiente sem precisar transformar todo o local ao redor.
A estrutura é semelhante ao Guggenheim nova-iorquino, de 1959. A Fundação Iberê Camargo leva seus visitantes, assim que chegam, para subir de elevador até o último andar. De lá, os visitantes vão descendo pelas rampas e desbravando as nove salas de exposição, distribuídas nos três andares superiores do prédio.
Iluminação: O sistema de iluminação do prédio é monitorado por sensores digitais baseados na luz externa que entra pela claraboia no último andar. As lâmpadas de todos os andares são controladas pelo mesmo sistema que permite a mesma intensidade de luz, variando com a iluminação que entra pela claraboia. É um sistema inovador que gera muita economia de energia.
Temperatura: Toda temperatura e umidade da fundação é gerenciada por um sistema de monitoramento digital que garante a proteção do acervo. O sistema de ar condicionado produz gelo durante a noite, quando o custo de energia é mais barato. Esse gelo resfria todas as salas durante o dia. Todas as paredes são feitas com lã de rocha, que isola termicamente o ambiente. Além disso, dentro das paredes passam tubos plásticos que correm água fria durante o dia para manter o prédio resfriado naturalmente.
Água: Um sistema de aproveitamento da água da chuva foi instalado no prédio. Esse sistema utiliza a água retida para as instalações de banheiros, esgotos e para regar as áreas verdes ao redor do projeto. Estima-se que todo esse sistema gera uma economia de 30% a 40% de energia do que um prédio comum.
Arquitetura: Álvaro Siza Vieira
Arquitetos coordenadores:Bárbara Rangel e Pedro Polónia
Ano: 2003
Endereço: Av. Padre Cacique, 2000 – Cristal
Tipo de projeto: Cultural
Materialidade: Concreto e Vidro
Estrutura: Concreto
Com um estilo renascentista, a Catedral Metropolitana foi um projeto realizado pelo arquiteto João Battista Giovanele e adota formas clássicas da arquitetura romana. Como o projeto foi executado em um local privilegiado, Giovanele teve espaço para arquitetar uma cúpula com um tamanho diferenciado.
O tamanho total do prédio é de 30 metros de altura na fachada principal e suas torres chegam a ter 50 metros, sendo que a cúpula atinge 65 metros de altura. O espaço foi construído pensando em acolher o maior número de pessoas possível. A Catedral pode abrigar cerca de 1.100 pessoas sentadas.
O projeto dedicado à Mãe de Deus começou a ser construído em 1921. Em 01 de janeiro de 1922 foi celebrada a primeira missa no local. Sua conclusão só foi realizada em 1986, quando todas as partes do projeto e pintura foram finalizados. Foram mais de 65 anos na realização da construção.
Sinos: No interior das torres da catedral existem 6 sinos, cada um pesando cerca de 3.800 kg.
Fachada: O projeto dos mosaicos em frente à Catedral foi elaborado por Dom Antônio Cheuiche, bispo de Santa Maria e Porto Alegre, e foi executado pela Academia de Mosaicos do Vaticano. O conjunto da obra apresenta cerca de dez mil nuances de cores.
Arquiteto:João Battista Giovenale foi professor da Academia de Belas Artes – São Lucas – de Roma, e foi membro da Comissão de Arte Sacra da Basílica de São Pedro. Além da Catedral Metropolitana de Porto Alegre, o arquiteto executou diversos trabalhos em Roma, como a cripta da Igreja de Santa Cecília e o novo Museu Patriciano.
Cúpula: O diâmetro interno da cúpula é extraordinário! São quase 18 metros, sendo que a cúpula da maior catedral de Roma, Santo André Della Valle, tem 16,5 metros. Ou seja, a cúpula da Catedral Metropolitana de Porto Alegre é maior do que todas as catedrais de Roma.
Arquitetura: João Batista Giovenale
Ano: 1996
Endereço: Rua Duque de Caxias,1047 – Centro Histórico
Tipo de projeto: Religioso
Materialidade: Granito, concreto e vidros
Estrutura: Concreto
Conhecido também como Arco da Redenção, o monumento histórico foi uma homenagem aos “pracinhas” da Força Expedicionário Brasileira (F.E.B) enviados para a II Guerra Mundial.
A ideia que gerou sua criação foi escolhida em um concurso público para a elaboração de um “arco do triunfo”, lançada pelo jornal Correio do Povo. Em 1946, foi escolhido o projeto de Antônio Caringi, também autor da famosa Estátua do Laçador.
Sua construção, contudo, atrasou. Durante a realização do projeto a escolha do vencedor gerou divisão de opiniões. Algumas pessoas alegavam que a estrutura do monumento projetado por Coringi não se parecia com um “arco do triunfo”, já que possuía duas entradas ao invés de apenas uma ou três. Depois de muita polêmica, a construção só conseguiu ser inaugurada em 1957, 11 anos depois.
Estátuas: A estrutura de bronze, uma figura feminina alegórica, foi inspirada nas estátuas de Atena. Além de estar equipada com armaduras, a estátua pisa em uma serpente passando uma ideia de vitória e bravura.
Relevos na lateral: É visível a semelhança entre as imagens em relevo na lateral do Monumento ao Expedicionário, com o monumento situado na cidade de Hamburgo (Alemanha). Ambos apresentam soldados de uma maneira muito semelhante em relevo.
Projeto: O nome do projeto de Antônio Caringi era “Altar da Pátria” e, segundo ele, tinha duas aberturas justamente para gerar uma subversão do arco convencional.
Arquitetura: Antônio Caringi
Ano: 1957
Endereço: Av. José Bonifácio, 245 – Farroupilha
Tipo de projeto: Cultural
Materialidade: Granito e concreto
Estrutura: Granito
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