As iniciativas de economia colaborativa voltadas ao setor de serviços são as que melhor representam o principal conceito dessa nova forma de consumo: mais acesso e menos posse. É essa lógica que contribui para uma sociedade mais unida, com hábitos mais sustentáveis.
Você tem um quarto, um carro ou uma máquina de lavar roupas que são pouco usados? Os serviços de economia compartilhada permitem tirar esses bens da ociosidade, gerando uma renda extra para você e economia para quem contrata o serviço.
Isso tudo seguindo o conceito de peer-to-peer, ou usuário para usuário, fugindo dos modelos tradicionais, em que o monopólio dos bens de consumo ficam com as grandes empresas. As principais vantagens dos serviços da economia compartilhada são:
Esse vídeo da Cinese, uma plataforma de crowdlearning (aprendizagem colaborativa), traz um pouco da ideia de consumo colaborativo e pode ajudar a compreender ainda melhor esse conceito.
Se você nunca utilizou um serviço da economia colaborativa, certamente já ouviu falar de algum. Uber, Airbnb, Zazcar, são muitas as startups que apostam nesse modelo e se tornam bem-sucedidas, capazes de promover pequenas revoluções na maneira que os negócios são feitos. Veja, abaixo, alguns cases de sucesso, com destaque principal para projetos brasileiros.
A modalidade de hospedagem compartilhada vem ganhando cada vez mais força. O Couchsurfing é um serviço utilizado por mochileiros, que permite colocar o seu sofá à disposição para viajantes do mundo inteiro. Além de receber os hóspedes, você pode, ao viajar, procurar por anfitriões e conseguir uma acomodação gratuita.
Você precisa de ajuda com algo específico, como pintar uma parede ou consertar um chuveiro. Quem sabe seu próprio vizinho pode ajudar? O TaskRabbit é um aplicativo que conecta pessoas que estejam próximas e que possam se ajudar entre si. No Brasil, iniciativas como o FaZoQuê, a GetNinjas e a Servz reproduzem o mesmo formato.
O Eatwith é um aplicativo que conecta pessoas que gostam de cozinhar e usuários interessados em provar a sua refeição. Pelo serviço, combina-se qual será o cardápio e quanto cada participante irá colaborar, e a refeição é agendada.
Você não usa sua máquina de lavar roupas todos os dias ou, quando usa, acaba lavando poucas roupas, desperdiçando água e produtos de limpeza. Que tal lavar roupas para outras pessoas também? É a proposta do Wairon, uma plataforma brasileira que estimula o serviço de lavanderia colaborativa.
Semelhante ao Uber, o Shippify é uma plataforma que reúne pessoas que possuam veículos próprios e estejam dispostas a entregar encomendas. Entregas mais rápidas, com mais segurança e com acompanhamento em tempo real pela internet são alguns dos benefícios dessa iniciativa.
Serviços que auxiliam a diminuir os impactos causados pela poluição de carros estão entre os principais projetos de economia colaborativa. Os altos preços dos combustíveis também estimulam o crescimento de plataformas brasileiras como o Bynd, que promovem compartilhamento de caronas – dessa vez com foco específico para o trabalho.
O quão proveitoso seria trocar uma habilidade por outra? Ensinar alguém a tocar um instrumento em troca de aulas de algum idioma, por exemplo? A proposta da TimeRepublik é justamente essa: o tempo como moeda principal para aquisição de serviços. Nos mesmos moldes, outras propostas estão surgindo no Brasil, como o Bliive.
Para quem trabalha ou vai viajar, e não tem com quem deixar seus bichinhos de estimação, já existem diversas plataformas que conectam outros apaixonados por pets e que estão dispostos a passear ou hospedar cães e gatos por curtos períodos de tempo. Além das brasileiras DogHero e PetRoomie, a australiana DogShare, incentiva a criação compartilhada e prestam serviços de hospedagem compartilhada – dessa vez, para pets.
Segundo a consultoria PwC, a economia da colaboração deve movimentar, em 2025, US$ 335 bilhões em todo o mundo. Atualmente, o Brasil é líder latino-americano em economia colaborativa, de acordo com estudo da IE Business School, já à frente da Argentina e do México, e tendo como principais iniciativas as de serviço de transporte e aluguel de espaços físicos. Ainda segundo pesquisa, entre os principais objetivos dos projetos estão a criação de novas formas de economia, a melhoria da qualidade de vida e a recuperação da economia local.
Hoje, o principal impasse ainda é a falta de regulamentação e legislação e também o desagrado de operadores de modelos tradicionais, o que gera conflitos e ainda impede o avanço de plataformas colaborativas. A adesão do público e ação de empreendedores, que fazem emergir iniciativas de colaboração, permanecem sendo as chaves para um consumo mais sustentável.
E você? Já utilizou algum serviço colaborativo? Toparia compartilhar um bem seu? Deixe seu depoimento nos comentários e continue ligado no blog da Wikihaus.
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