Em algum momento, você já parou para pensar se o que consome atualmente possui um lado sustentável? E a praticidade da tecnologia? Tem um preço justo? Se sim, você já está próximo do que propõe a economia colaborativa, uma tendência que valoriza mais o acesso e o reaproveitamento do que a aquisição, a posse e a produção.
É comum que iniciativas de economia colaborativa sejam divididas em três modalidades básicas.
São iniciativas em que o usuário não paga pela posse de um produto, mas sim pelo seu uso. Entre os principais exemplos estão as plataformas de carsharing, como as americanas Turo e Getaround e as brasileiras Fleety e Zazcar, em que você aluga o carro de outro usuário – apenas por algumas horas, se assim desejar. Outro exemplo é o site de hospedagem Airbnb, no qual é possível alugar casas, apartamentos ou quartos por poucos dias ou por temporada, em qualquer lugar do mundo, na modalidade de hospedagem compartilhada.
Nessa modalidade, o bem troca de dono. Mercado Livre, eBay, e até mesmo o Estante Virtual são exemplos de sites nos quais é possível anunciar objetos que não são mais utilizados. Opções como a Tribo Viva, de Porto Alegre (RS), inserem, inclusive, a alimentação no contexto colaborativo, fazendo a ponte entre produtos orgânicos, cultivados por pequenos produtores, e o consumidor.
Esse tipo de modelo contempla as iniciativas de financiamento coletivo (crowdfunding), como o Kickstarter, em que os usuários são convidados a colaborar financeiramente para viabilizar projetos e, em troca, recebem contrapartidas do realizador.
O crowdsourcing também se encontra nessa categoria. O conceito é usado para serviços em que é utilizada a colaboração da rede de usuários para produzir algo – Wikipedia e Waze são exemplos. Há também referências de compartilhamento de bens menos tangíveis, como o tempo. A partir do site Bliive, por exemplo, é possível pagar uma aula de inglês ensinando o professor a tocar violão.
É possível que depois de conferir esses exemplos você esteja se perguntando: o que um site de carsharing tem de diferente de uma locadora de veículos? A novidade não é apenas o preço mais acessível ao consumidor, mas, sim, a mudança do eixo da operação. Em vez do tradicional B2C (business-to-consumer, ou negócio para consumidor), vem o P2P (peer-to-peer, ou usuário para usuário).
A economia colaborativa coloca os usuários no centro de tudo. O que as plataformas fazem é mediar e facilitar a comunicação entre eles. Mas, é claro, que não se trata de filantropia. Desenvolver um serviço desse tipo envolve muito risco. Mas, se o empreendedor consegue tornar o seu serviço bem conhecido, geralmente tem nas mãos uma ótima oportunidade de negócio. A vantagem é que ninguém é prejudicado: no final, a experiência demonstra-se vantajosa para todos.
Sabendo que o consumo colaborativo não traz somente benefícios financeiros, mas também para outros setores, iniciativas de economia colaborativa costumam prever três características principais:
O pilar social da economia colaborativa é decisivo, porque, além da colaboração entre dois ou mais usuários, que é um ato completamente social, há uma faceta sustentável, de reaproveitamento de bem ocioso.
A economia colaborativa gera economia para três partes envolvidas: os dois usuários e a empresa que faz a mediação entre eles. No carsharing, por exemplo, quem aluga um carro paga menos do que em serviços tradicionais; quem disponibiliza seu carro para a locação tem uma renda extra; e a empresa que desenvolve a plataforma ganha uma comissão.
Por último, mas não menos importante, está a tecnologia. É ela que permite alugar, distribuir ou financiar projetos de maneira colaborativa, econômica e sustentável. São soluções tecnológicas que conectam usuários e desburocratizam processos que antes eram complicados.
Qualquer contexto econômico recebe bem os três pilares da economia colaborativa, mas, em um cenário de crise econômica como o atual, as oportunidades para modelos de negócios sociais, econômicos e tecnológicos são ainda melhores.
Em um exercício de futurologia, podemos tentar prever algumas tendências da economia compartilhada que devem ganhar mais força nos próximos anos:
Transporte: com a gasolina e o transporte público mais caros, locomover-se do modo tradicional é cada vez mais sinônimo de dor de cabeça. Além do carsharing, alternativas interessantes são plataformas de mediação de caronas, como o BlaBlaCar.
Economia: alternativas P2P podem ganhar ainda mais força e contar mais com o auxílio de transações virtuais. Além do tradicional PayPal, há moedas virtuais como o Bitcoin e serviços de transferências internacionais menos onerosas, como o Transferwise.
Viagem: além do Airbnb, há alternativas como o Couchsurfing (acomodação em uma família local) e novas plataformas que conectam viajantes com moradores da região visitada, que se disponibilizam a servir como guias turísticos.
Previsões são complexas, mas tudo indica que a economia colaborativa deve continuar se expandido pelo Brasil e pelo mundo, por ser uma maneira mais inteligente e sensata de consumo.
E você? Já é adepto ou tem vontade de participar de iniciativas baseadas na economia colaborativa? Conte pra nós e continue ligado no blog!
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