{"id":51814,"date":"2019-01-03T12:00:17","date_gmt":"2019-01-03T14:00:17","guid":{"rendered":"https:\/\/wikihaus.com.br\/2020\/?p=51814"},"modified":"2019-01-03T12:00:17","modified_gmt":"2019-01-03T14:00:17","slug":"6-lugares-abandonados-que-foram-transformados-em-lindos-parques-publicos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/wikihaus.com.br\/6-lugares-abandonados-que-foram-transformados-em-lindos-parques-publicos\/","title":{"rendered":"6 lugares abandonados que foram transformados em lindos parques p\u00fablicos"},"content":{"rendered":"

“Eu acredito que espa\u00e7os p\u00fablicos vivos e agrad\u00e1veis s\u00e3o a chave para planejar uma boa cidade.” A frase \u00e9 de um TED Talk<\/a> com Amanda Burden, que chefiou a pasta de planejamento urbano em Nova York na gest\u00e3o de Michael Bloomberg. Confira aqui<\/a> a palestra inteira.<\/p>\n

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Burden teve participa\u00e7\u00e3o ativa e importante na revitaliza\u00e7\u00e3o de Lower Manhattan, da orla<\/a> do Brooklyn e no projeto do High Line. O \u00faltimo, ali\u00e1s, \u00e9 um dos melhores exemplos de como \u00e9 poss\u00edvel transformar lugares abandonados<\/b> em espa\u00e7os p\u00fablicos de qualidade. A hist\u00f3ria do High Line \u00e9 t\u00e3o legal que motivou um artigo inteiro em nosso blog \u2014 confira aqui<\/a>.<\/p>\n

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Para a ex-chefe de planejamento urbano de Nova York, mais importantes que os pr\u00e9dios s\u00e3o os espa\u00e7os p\u00fablicos entre eles. O problema \u00e9 que nem todos os gestores p\u00fablicos t\u00eam essa vis\u00e3o e a prioridade, na ocupa\u00e7\u00e3o da superf\u00edcie urbana, costuma ser criar mais vias para os autom\u00f3veis.<\/p>\n

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Diante desse cen\u00e1rio, uma alternativa \u00e9 ampliar o campo de vis\u00e3o e procurar alternativas. \u00c9 a\u00ed que entram os lugares abandonados, como ferrovias inativas, usinas e f\u00e1bricas desativadas, dep\u00f3sitos de lixo e outras \u00e1reas esquecidas, mal cuidadas ou sem uso.<\/p>\n

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Se esses lugares est\u00e3o ociosos, por que n\u00e3o transform\u00e1-los em espa\u00e7os para as pessoas se encontrarem, conviverem<\/b>, praticarem esportes e se divertirem?<\/p>\n

Iniciativas transformadoras pelo mundo<\/h2>\n

Conscientizar nossos leitores quanto \u00e0 import\u00e2ncia de ressignificar espa\u00e7os p\u00fablicos<\/a> para termos cidades mais humanas<\/a> \u00e9 um dos nossos assuntos preferidos aqui no blog. Mas se voc\u00ea nos acompanha, sabe que tamb\u00e9m procuramos destacar a responsabilidade de cada um de n\u00f3s<\/a> nessas quest\u00f5es.<\/p>\n

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O primeiro passo \u00e9 tomar conhecimento de iniciativas inovadoras ao redor do mundo, que nos mostram que \u00e9 poss\u00edvel fazer diferente. Com criatividade, colabora\u00e7\u00e3o<\/b>, mobiliza\u00e7\u00e3o e boa vontade, \u00e9 poss\u00edvel transformar lugares abandonados em \u00e1reas para as pessoas. Veja, a seguir, 6 exemplos sensacionais de projetos desse tipo.<\/p>\n

Promenade Plant\u00e9e (Paris, Fran\u00e7a)<\/h3>\n

\"lugares-abandonados-promenade-plantee\"<\/p>\n

O Coul\u00e9e verte Ren\u00e9-Dumont, mais conhecido como Promenade plant\u00e9e (algo como “cal\u00e7ad\u00e3o arborizado” em franc\u00eas) \u00e9 um parque elevado que percorre 4,7 km no 12\u00ba arrondissement de Paris.<\/p>\n

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O Promenade plant\u00e9e \u00e9 um lindo jardim suspenso<\/b>, semelhante ao High Line \u2014 ambos foram constru\u00eddos em linhas ferrovi\u00e1rias desativadas. Por\u00e9m, \u00e9 anterior ao parque nova-iorquino, pois foi inaugurado em 1993. Outra diferen\u00e7a \u00e9 que, apesar de ter um grande potencial para isso, o parque parisiense n\u00e3o \u00e9 um ponto tur\u00edstico t\u00e3o conhecido.<\/p>\n

Gas Works Park (Seattle, Estados Unidos)<\/h3>\n

\"lugares-abandonados-gas-works-park\"<\/p>\n

O Gas Works Park \u00e9 um lindo parque que oferece aos visitantes uma vis\u00e3o panor\u00e2mica de Seattle. Ele foi constru\u00eddo no terreno de uma usina de g\u00e1s<\/b>, desativada em 1956. Em 1962, a administra\u00e7\u00e3o da cidade adquiriu o local, encomendou um projeto com o paisagista Richard Haag e abriu o parque ao p\u00fablico em 1975.<\/p>\n

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O grande diferencial \u00e9 que os equipamentos da usina de gaseifica\u00e7\u00e3o n\u00e3o foram totalmente removidos: h\u00e1 v\u00e1rias pe\u00e7as que permanecem l\u00e1, compondo um bonito contraste com o gramado verde, perfeito para fazer um piquenique. O solo, ali\u00e1s, teve que passar por um tratamento especial por conta da polui\u00e7\u00e3o recebida durante os anos de atividade da usina.<\/p>\n

Red Ribbon (Qinhuangdao, China)<\/h3>\n

\"lugares-abandonados-red-ribbon\"<\/p>\n

O Tanghe River Park \u00e9 o lar do premiado projeto Red Ribbon, um banco vermelho sobre uma passarela que serpenteia por meio quil\u00f4metro dentro do parque. Quem visita o local hoje n\u00e3o imagina que, antes da cria\u00e7\u00e3o do Tanghe River Park, em 2006, a \u00e1rea era de dif\u00edcil acesso e abrigava um dep\u00f3sito de lixo. Atualmente, \u00e9 um ponto de recrea\u00e7\u00e3o<\/b> de toda a comunidade da regi\u00e3o.<\/p>\n

Landschaftspark Duisburg-Nord (Duisburg, Alemanha)<\/h3>\n

\"lugares-abandonados-landschaftspark\"<\/p>\n

Esse parque alem\u00e3o \u00e9 parecido com o Gas Works Park, de Seattle, pois foi constru\u00eddo no terreno de duas usinas (uma de carv\u00e3o e outra de a\u00e7o), mantendo parte da sua estrutura.<\/p>\n

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Quando a usina de a\u00e7o foi abandonada, em 1985, a cidade de Duisburg resolveu fazer algo diferente e criou um projeto inovador de paisagismo<\/b> e recupera\u00e7\u00e3o da \u00e1gua e solo contaminados. Hoje, o parque \u00e9 um enorme jardim onde ocorrem exposi\u00e7\u00f5es de arte, gastronomia e at\u00e9 eventos esportivos.<\/p>\n

Sugar Beach (Toronto, Canad\u00e1)<\/h3>\n

\"lugares-abandonados-sugar-beach-jason-reibold\"<\/p>\n

Tudo bem que n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel nadar no Lago Ont\u00e1rio, mas s\u00f3 o fato de ter uma \u00e1rea na beira dele, com guarda-s\u00f3is, cadeiras de praia e areia, j\u00e1 \u00e9 muito legal. Estamos falando da Sugar Beach, um espa\u00e7o p\u00fablico inaugurado em 2010 em Toronto. Antes de ser transformado em praia, o local abrigava um estacionamento em uma zona industrial em decad\u00eancia.<\/p>\n

Baana (Helsinque, Finl\u00e2ndia)<\/h3>\n

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O Baana \u00e9 uma via separada de ruas, avenidas e rodovias, aberta 24 horas por dia. Assim como o High Line e o Promenade Plant\u00e9e, o local abrigava uma linha ferrovi\u00e1ria, constru\u00edda na \u00faltima d\u00e9cada do s\u00e9culo 19 e desativada em 2009.<\/p>\n

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Ap\u00f3s a desativa\u00e7\u00e3o, toda a comunidade \u2014 moradores, universit\u00e1rios e \u00f3rg\u00e3os municipais \u2014 foi envolvida no debate sobre qual destino a \u00e1rea teria. Acabou prevalecendo a ideia de criar um corredor para pedestres e ciclistas<\/b>, aberto em 2012, com aproximadamente 1,5 km de extens\u00e3o.<\/p>\n

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