{"id":51360,"date":"2018-07-26T08:54:09","date_gmt":"2018-07-26T11:54:09","guid":{"rendered":"https:\/\/wikihaus.com.br\/2020\/?p=51360"},"modified":"2018-07-26T08:54:09","modified_gmt":"2018-07-26T11:54:09","slug":"empreendedorismo-social-o-proposito-como-ponto-de-partida","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/wikihaus.com.br\/empreendedorismo-social-o-proposito-como-ponto-de-partida\/","title":{"rendered":"Empreendedorismo social: o prop\u00f3sito como ponto de partida"},"content":{"rendered":"
Se compararmos com o cen\u00e1rio de d\u00e9cadas atr\u00e1s, nunca foi t\u00e3o f\u00e1cil abrir uma empresa. No mundo todo, o acesso ao cr\u00e9dito foi ampliado e, gra\u00e7as \u00e0 internet, conhecimento e comunica\u00e7\u00e3o foram democratizados. Por conta disso, a concorr\u00eancia tamb\u00e9m nunca foi t\u00e3o grande.<\/p>\n
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\u00c9 uma realidade que leva muita gente a crer que todas as \u00e1reas nas quais se pense em empreender j\u00e1 est\u00e3o ocupadas por companhias com uma certa trajet\u00f3ria, conhecidas pelo p\u00fablico.<\/p>\n
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Mas n\u00e3o \u00e9 bem assim. Se ampliarmos nosso olhar al\u00e9m do \u00f3bvio<\/b>, vamos perceber que nossa sociedade ainda tem uma s\u00e9rie de quest\u00f5es mal resolvidas:<\/p>\n
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Mesmo as na\u00e7\u00f5es mais ricas t\u00eam defici\u00eancias evidentes nessas e em outras tantas \u00e1reas. O problema \u00e9 que poucos empreendedores enxergam a\u00ed oportunidades de neg\u00f3cio<\/b>.<\/p>\n
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Veja bem, n\u00e3o estamos falando em se aproveitar das mazelas da popula\u00e7\u00e3o, explorando-as comercialmente, mas justamente do contr\u00e1rio: colaborar para acabar com elas. Porque esperar que o poder p\u00fablico se encarregue disso n\u00e3o \u00e9 a \u00fanica op\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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Neste artigo, vamos mostrar como o empreendedorismo social<\/b> \u00e9 capaz de fazer uma diferen\u00e7a positiva frente a esses problemas e ainda gerar lucro.<\/p>\nLucro n\u00e3o \u00e9 o prop\u00f3sito<\/h2>\n
Alguns leitores podem achar contradit\u00f3rio falarmos em lucro e iniciativa social para descrever o mesmo empreendimento. Afinal, convencionalmente, as organiza\u00e7\u00f5es s\u00e3o separadas em tr\u00eas grupos distintos:<\/p>\n
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Hoje, \u00e9 cada vez mais comum ouvir falar de empresas do setor 2.5<\/b>, ou seja, que ficam no meio do caminho entre o segundo e o terceiro setor, pois t\u00eam finalidade social e visam lucro ao mesmo tempo.<\/p>\n
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Como isso \u00e9 poss\u00edvel? O segredo de tudo est\u00e1 o prop\u00f3sito<\/b>. Sim, o lucro se faz presente no empreendedorismo social, mas a diferen\u00e7a \u00e9 que ele n\u00e3o \u00e9 o centro de tudo. Em uma empresa 2.5 \u00e9 o social que vem primeiro.<\/p>\nO “porqu\u00ea” em primeiro lugar<\/h2>\n
O consultor brit\u00e2nico Simon Sinek bolou uma maneira simples e inspiradora para explicar a import\u00e2ncia do prop\u00f3sito. Segundo ele, todas as pessoas e organiza\u00e7\u00f5es com grande potencial para inovar e liderar seguem um padr\u00e3o, que ele codificou no que chamou de Golden Circle<\/i><\/b>. A ideia foi apresentada em um famoso TED Talk em 2009<\/a>:<\/p>\n <\/p>\n Traduzindo: Why = Por qu\u00ea?; How = Como?; What: O qu\u00ea?.<\/b><\/p>\n <\/p>\n \u00c9 interessante notar que Why tamb\u00e9m pode ser traduzido como “porqu\u00ea”. Assim, junto e com acento, ele \u00e9 um substantivo que significa causa, motivo<\/b>. O que nos remete novamente a ele, o prop\u00f3sito.<\/p>\n <\/p>\n A ideia do Golden Circle<\/i> \u00e9 mostrar como algumas organiza\u00e7\u00f5es s\u00e3o capazes de inspirar e outras n\u00e3o. E a conclus\u00e3o \u00e9 que, enquanto a maioria come\u00e7a pela quest\u00e3o mais f\u00e1cil \u2014 respondendo primeiro “por que”, depois “como” e por \u00faltimo “o que” \u2014, l\u00edderes inspiradores fazem o contr\u00e1rio: pensam, agem e se comunicam de dentro para fora<\/b>.<\/p>\n <\/p>\n Quer um exemplo? Sinek apresenta da seguinte maneira o jeito Apple<\/b> de fazer as coisas:<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Se usasse a l\u00f3gica de outros fabricantes de computadores, a Apple iria se comunicar assim:<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Sequer chegaria ao porqu\u00ea e perderia, portanto, seu grande diferencial.<\/p>\n Note que, ao falar do Golden Circle<\/i> e da Apple, em nenhum momento citamos o lucro, porque ele n\u00e3o \u00e9 o prop\u00f3sito, \u00e9 sempre o resultado. \u00c9 claro que isso n\u00e3o \u00e9 o suficiente para tornar a ic\u00f4nica fabricante dos MacBooks, iPhones e iPads em um exemplo de empresa do setor 2.5, por mais que pensemos que esses produtos tornam a nossa vida melhor.<\/p>\n <\/p>\n O que acontece \u00e9 que, no empreendedorismo social, pensar de dentro para fora do Golden Circle \u00e9 uma necessidade, n\u00e3o um diferencial de mercado. E a resposta para o WHY sempre ser\u00e1 uma causa social<\/b>.<\/p>\n <\/p>\n Para que voc\u00ea entenda melhor, vamos apresentar uma empresa porto-alegrense, a Revoada<\/b><\/a>, que cria produtos estilosos como bolsas, mochilas e carteiras a partir de materiais como c\u00e2maras de pneus inutilizadas e n\u00e1ilons de guarda-chuvas quebrados.<\/p>\n\n
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E o empreendedorismo social?<\/h2>\n