{"id":50157,"date":"2018-01-08T08:00:50","date_gmt":"2018-01-08T10:00:50","guid":{"rendered":"https:\/\/wikihaus.com.br\/?p=50157"},"modified":"2018-01-07T14:16:42","modified_gmt":"2018-01-07T16:16:42","slug":"novo-urbanismo-como-essa-corrente-pode-inspirar-grandes-cidades","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/wikihaus.com.br\/novo-urbanismo-como-essa-corrente-pode-inspirar-grandes-cidades\/","title":{"rendered":"Novo Urbanismo: como essa corrente pode inspirar grandes cidades?"},"content":{"rendered":"
Voc\u00ea j\u00e1 ouviu falar que as tend\u00eancias vivem de ciclos, certo? Que a moda est\u00e1 sempre se apropriando do passado para se reinventar, inovar e ressignificar. Mesmo em um mundo cada vez mais digitalizado e moderno, onde as rela\u00e7\u00f5es basicamente se sustentam por dispositivos eletr\u00f4nicos, onde o tempo de vida \u00fatil dos aparelhos vem caindo drasticamente e onde o temor de perder o emprego para um rob\u00f4 j\u00e1 desponta no horizonte, alguns h\u00e1bitos tendem a retomar um pret\u00e9rito (nem t\u00e3o distante).<\/p>\n
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C\u00e2meras anal\u00f3gicas ressurgem com vinis e outros artigos vintage, numa tentativa de liga\u00e7\u00e3o com o real. Os mercadinhos de bairro voltam como um neg\u00f3cio inovador, em meio a grandes redes de varejo – focadas mais em n\u00fameros do que em humaniza\u00e7\u00e3o. Produ\u00e7\u00f5es artesanais, em pequena escala, retomam a preciosidade da personaliza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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S\u00e3o exemplos que demonstram nossa mais pura vontade de se aproximar mais, dos outros e do lugares onde estamos. Nessa linha, seria imposs\u00edvel deixarmos de notar que as formas de urbanas de habita\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m tendem a voltar no tempo. Viver em comunidade, se sentir inserido em um contexto, estender a moradia para al\u00e9m da demarca\u00e7\u00e3o de um terreno e retomar a sensa\u00e7\u00e3o de pertencimento s\u00e3o inten\u00e7\u00f5es n\u00e3o t\u00e3o novas, mas que est\u00e3o sendo resgatadas a partir de um conceito bem interessante: o novo urbanismo. Vamos entender um pouco mais sobre ele?<\/p>\n
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Um (n\u00e3o t\u00e3o) novo urbanismo<\/h2>\n
\u201cN\u00f3s defendemos a reestrutura\u00e7\u00e3o das pol\u00edticas p\u00fablicas e pr\u00e1ticas desenvolvimentistas que sustentem os seguinte princ\u00edpios: as vizinhan\u00e7as devem ser diversificadas em uso e popula\u00e7\u00e3o; devem ser projetadas para o pedestre como tamb\u00e9m para o carro; cidades grandes e pequenas devem ser conformadas por espa\u00e7os p\u00fablicos fisicamente definidos e universalmente acess\u00edveis e por institui\u00e7\u00f5es de comunidade; os s\u00edtios urbanos devem ser moldados pela arquitetura do edif\u00edcio e da paisagem, que celebram a hist\u00f3ria local, o clima, a ecologia, e a pr\u00e1tica de edif\u00edcio.\u201d<\/em><\/p>\n
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Essa proposi\u00e7\u00e3o bastante atual, na verdade, data de 1993. Sim, estamos falando de uma iniciativa estruturada h\u00e1 mais de 24 anos, mas projetada ainda antes, no in\u00edcio da d\u00e9cada de 1980. Influenciados pelas organiza\u00e7\u00f5es urbanas anteriores \u00e0 populariza\u00e7\u00e3o do autom\u00f3vel, a partir da II Guerra Mundial, um grupo de urbanistas se uniu em torno de uma corrente nomeada Novo Urbanismo. Apesar da defini\u00e7\u00e3o de 10 princ\u00edpios b\u00e1sicos, o movimento se constituiu sobre dois pilares principais: a constru\u00e7\u00e3o do senso de comunidade e o desenvolvimento de pr\u00e1ticas sustent\u00e1veis.<\/p>\n