{"id":46760,"date":"2017-02-13T12:08:19","date_gmt":"2017-02-13T14:08:19","guid":{"rendered":"https:\/\/wikihaus.com.br\/2020\/?p=46760"},"modified":"2024-08-08T15:29:32","modified_gmt":"2024-08-08T18:29:32","slug":"economia-criativa-um-novo-modelo-de-negocio","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/wikihaus.com.br\/economia-criativa-um-novo-modelo-de-negocio\/","title":{"rendered":"Economia criativa: um novo modelo de neg\u00f3cio"},"content":{"rendered":"\n

Dizem por a\u00ed que o brasileiro \u00e9 um dos povos mais criativos do mundo. Sabemos lidar bem com as adversidades e inovar em tempos de crise<\/b>, quando a instabilidade econ\u00f4mica impera. \u00c9 justamente em \u00e9pocas de transforma\u00e7\u00f5es, que novas ideias surgem.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

Um dos conceitos que vem sendo amplamente divulgado n\u00e3o foi efetivamente criado por brasileiros, mas tem sido muito discutido e aplicado por aqui: a economia criativa<\/b>.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 na crise, quando recursos materiais, intelectuais e humanos se tornam mais escassos, que surge a import\u00e2ncia de usar a criatividade para produzir mais r\u00e1pido e com mais qualidade.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

Vamos explorar um pouco da economia criativa<\/b> aqui. Vamos entender seus conceitos, os desafios e controv\u00e9rsias desse tema, e trazer exemplos pr\u00e1ticos. Vamos l\u00e1!<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

O que \u00e9 economia criativa?<\/h2>\n\n\n\n

O conceito de economia criativa<\/b> se define por todas as atividades que envolvem conhecimento, criatividade e cultura, mas que tenha gera\u00e7\u00e3o de renda envolvida. Ou seja, profissionais das mais diversas \u00e1reas, que produzem bens, servi\u00e7os ou ideias criativas que tenham valor econ\u00f4mico.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

O conceito \u00e9 extremamente abrangente e nada limitador. Profissionais de artes, design, publicidade, comunica\u00e7\u00e3o, podem tanto desenvolver seus potenciais art\u00edsticos e intelectuais em projetos diferenciados de empreendedorismo. S\u00e3o profissionais reinventando formas de criar<\/b>, de fazer, de pensar e entregar.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

Quem estuda e entende de economia criativa<\/b> afirma que o termo surgiu no Reino Unido e o respons\u00e1vel por conceituar e divulgar esse assunto foi o autor brit\u00e2nico John Howkins.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

Ao contr\u00e1rio da economia tradicional, a economia criativa<\/b> foca em recursos que se renovam<\/b>e podem se multiplicar em parcerias. A criatividade \u00e9 algo ilimitado e depende somente dos recursos humanos envolvidos. <\/p>\n\n\n\n

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\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n

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Falando em n\u00fameros\u2026<\/h2>\n\n\n\n

A economia criativa<\/b> \u00e9 hoje um dos setores que mais cresce. Isso com rela\u00e7\u00e3o \u00e0 gera\u00e7\u00e3o de renda<\/b>, cria\u00e7\u00e3o de empregos<\/b>, novos produtos, servi\u00e7os, inova\u00e7\u00f5es para diversos setores e tamb\u00e9m exporta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

Estimativas indicam que no Brasil a economia criativa<\/b> j\u00e1 responde por cerca de 3% a 7% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o mapeamento mais recente da Firjan (Federa\u00e7\u00e3o das Ind\u00fastrias do Estado do Rio de Janeiro), feito em 2016, as empresas da economia criativa<\/b> j\u00e1 movimentam R$ 381 milh\u00f5es por ano.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m de animar a economia brasileira, as empresas do setor tamb\u00e9m geram uma s\u00e9rie de empregos. Estima-se que o n\u00famero de profissionais da ind\u00fastria criativa tem crescido muito e os sal\u00e1rios s\u00e3o bem maiores do que os oferecidos no mercado. <\/p>\n\n\n\n

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\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n

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Economia criativa na pr\u00e1tica<\/h2>\n\n\n\n

Exemplos de ideias, empresas, projetos que fazem parte da ind\u00fastria criativa n\u00e3o faltam. O Brasil \u00e9 hoje uma grande incubadora do empreendedorismo e h\u00e1 muitos projetos e startups interessantes no mercado. Por\u00e9m, j\u00e1 falamos aqui que para ser considerada uma empresa da economia criativa<\/b> n\u00e3o basta uma boa ideia, \u00e9 preciso que haja tamb\u00e9m gera\u00e7\u00e3o de renda.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

Duas empresas costumam ser as mais cl\u00e1ssicas quando se fala em cases criativos que se tornaram rent\u00e1veis: Uber e Airbnb. Mas sendo mais realista, sabemos que a maioria dos projetos n\u00e3o tomam propor\u00e7\u00f5es como essas.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

O Laranjas Online<\/a> \u00e9 um exemplo disso. Em 2012, a criadora teve uma ideia de vender pela internet as laranjas que sobravam da fazenda do seu pai, que iriam direto para o lixo. O diferencial \u00e9 que laranja vai do p\u00e9, direto para a casa do consumidor, em at\u00e9 tr\u00eas dias. Por n\u00e3o passar por nenhuma ind\u00fastria, nem distribuidora, a fruta chega muito mais fresquinha. Parece loucura, mas hoje vender laranja pela internet<\/b> \u00e9 uma ideia que deu certo e \u00e9 super-rent\u00e1vel. <\/p>\n\n\n\n

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\"laranjas-online\"<\/figure><\/div>\n\n\n

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Outro projeto que j\u00e1 passou por seus anos de \u201cmatura\u00e7\u00e3o\u201d e merece destaque \u00e9 o Mapa da Cacha\u00e7a<\/a>. Trata-se de um portal que j\u00e1 foi reconhecido pelo Minist\u00e9rio da Cultura como melhor projeto de mapeamento cultural<\/b> do Brasil, em 2012. Em 2014 foi escolhido para representar a gastronomia brasileira durante a Copa do Mundo. Os criadores definem o portal como mais do que um reposit\u00f3rio de marcas e uma rede para conectar produtores e apreciadores da cacha\u00e7a. \u00c9 um site que relata e tamb\u00e9m ajuda a construir a hist\u00f3ria da bebida. <\/p>\n\n\n\n

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\"mapa-da-cachaca\"<\/figure><\/div>\n\n\n

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Criatividade para lidar com os desafios<\/h2>\n\n\n\n

Os n\u00fameros s\u00e3o \u00f3timos, as perspectivas tamb\u00e9m, por\u00e9m a economia criativa<\/b> tem muitos desafios para enfrentar. Faltam defini\u00e7\u00f5es mais claras do que \u00e9, o que abrange e onde se encaixa, o que acaba sendo uma dificuldade para a defini\u00e7\u00e3o de pol\u00edticas p\u00fablicas.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

Em v\u00e1rios pa\u00edses do mundo, h\u00e1 secretarias do governo exclusivas para isso. No Brasil, quem coordena projetos do setor \u00e9 o Minist\u00e9rio da Cultura. Ele que classifica empresas como sendo de economia criativa<\/b> por 20 setores, entre eles artes c\u00eanicas, m\u00fasica, literatura, gastronomia e design. Hoje s\u00e3o cerca de 400 mil empresas atuando no segmento, o que gera mais de dois milh\u00f5es de empregos.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n

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\"economia-criativa-2\"<\/figure><\/div>\n\n\n

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Outro debate presente na economia criativa<\/b> \u00e9 com rela\u00e7\u00e3o \u00e0 remunera\u00e7\u00e3o e valor dos servi\u00e7os e produtos. J\u00e1 que tudo \u00e9 menos material do que de costume, as ideias geradas tem um valor mais simb\u00f3lico<\/b>do que propriamente funcional. Em termos de recursos humanos, a economia criativa <\/b>costuma ter sal\u00e1rios bem maiores do que o restante do mercado. Os profissionais da \u00e1rea, geralmente jovens e capacitados, s\u00e3o bem remunerados, com valor em m\u00e9dia 42% acima do mercado nacional. Ainda assim, como na economia criativa<\/b> as regras e pol\u00edticas s\u00e3o bem relativas. Ainda h\u00e1 dificuldades em se calcular a remunera\u00e7\u00e3o, o valor das ideias e produtos para cobrar dos clientes ou oferecer a investidores.<\/p>\n\n\n\n

 <\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quem atua na ind\u00fastria criativa afirma que o foco principal n\u00e3o \u00e9 gera\u00e7\u00e3o de renda em si<\/b>. O foco est\u00e1 no desenvolvimento de projetos que realmente agreguem valor. Isso parece estar fazendo sentido para muitos empres\u00e1rios e consumidores. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Internacional do Trabalho (OIT), a economia criativa<\/b> deve crescer de 10% a 20% nos pr\u00f3ximos anos em todo o mundo. <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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